Qual A Importância Do Código De Limpeza Iso 4406:1999 Em Uma Análise De Óleo?
Por Eng° Alex Peixoto De Alenc
Edição Nº 62 - Maio/Junho de 2013 - Ano 12
A ISO (Organização Internacional para Padronização) desenvolveu um código de limpeza que é um dos principais pontos observados em um laudo de análise de óleo.
A ISO (Organização Internacional para Padronização) desenvolveu um código de limpeza que é um dos principais pontos observados em um laudo de análise de óleo. A interpretação deste código pode ajudar a determinar o nível de limpeza do sistema monitorado, sendo recomendado estabelecer-se um limite a ser obtido e mantido durante o funcionamento do sistema hidráulico ou de lubrificação, oferecendo assim um nível de confiabilidade seguro.
A tendência mundial é reportar as análises informando apenas o resultado conforme a ISO 4406:1999, uma vez que esta representação é uma ferramenta fantástica adotada para definir alarmes e estabelecer um valor ideal para a utilização de indicadores chave de desempenho (KPI - keyperformanceindicator). No entanto, o código ISO não é o único aspecto a ser avaliado numa análise rotineira de fluidos hidráulicos e de lubrificação.
Como o código de limpeza ISO 4406 é determinado?
A maior parte das amostras de óleo hidráulico e de lubrificação enviadas para análise de contaminação por partículas sólidas são avaliadas através de contadores automáticos de partículas (APC - automaticparticlecounter) cujo padrão de calibração segue a ISO 11171. Um APC típico efetua a contagem das partículas na amostra de óleo através do bloqueio de um feixe de luz, sendo o meio mais adotado aquele que utiliza um emissor a laser. Ao passar por este facho luminoso, as partículas bloqueiam o sinal gerando uma "sombra" na placa receptora que é interpretada como sendo maior ou igual a alguns tamanhos pré-estabelecidos conforme o aparelho utilizado. As quantidades ordenadas por tamanhos são então registradas na memória do contador.
Há aparelhos que contam com até oito diferentes faixas de tamanho de leitura como 4, 6, 10, 14, 21, 38, 70 e 100 µm (c), porém a ISO 4406:1999 reporta a distribuição mais importante para modernos sistemas hidráulicos e de lubrificação que identifica os tamanhos maiores ou iguais a 4, 6 e 14 µm (c).
A quantidade de partículas que foi contada no APC em cada mililitro de amostra é registrada e plotada conforme a faixa correspondente. Cabe ressaltar que ao efetuar a leitura, o volume de amostra analisado é superior a 1mL, mas sua representação deve corresponder a este volume. Isso explica as faixas das escalas inferiores com partículas decimais, uma vez que não existe uma fração de partícula.
Além disso, uma única análise mostra um resultado pontual e que deve ser juntado às demais leituras anteriores para se avaliar a tendência de limpeza do sistema.
O que podemos extrair de uma leitura conforme a ISO 4406:1999
A escala das faixas da ISO 4406:1999 mostra sua distribuição de quantidades de partículas em uma escala crescente e ordenada em uma progressão geométrica, denominada série de Renard, em que os limites inferior e superior de cada faixa são o dobro dos respectivos limites inferior e superior da faixa anterior.
Uma observação que se faz destacar na classificação ISO 4406:1999, é que a cada grau que se eleva a faixa de leitura, admite-se o dobro de partículas no mesmo volume. Em outras palavras, se uma amostra está 5 graus acima da referência, isso significa que no mesmo volume de óleo há 32 vezes mais partículas que esta referência, uma vez que uma diferença de cinco graus representa o expoente 5 da base 2, ou seja, 25 = 32.
Este fenômeno nos obriga a estarmos alertas as variações que aparentemente são pequenas, mas que podem representar um aumento significativo de contaminação no sistema.
Se utilizarmos como referência uma análise feita anteriormente num sistema que apresentou o nível de limpeza ISO 18/16/13 e que numa segunda análise apresentou ISO 19/17/14, tanto é possível estarmos falando de praticamente a mesma contaminação nos dois casos, como até quatro vezes mais contaminação no mesmo volume.
No exemplo abaixo, é possível clarear um pouco mais este conceito utilizando uma representação de quatro diferentes contagens e da relação entre elas. Aqui fica claro que se uma leitura isolada mesmo que comparada com uma referência pode trazer uma interpretação equivocada da tendência, ou seja, é recomendável manter o acompanhamento periódico e, se possível, em tempo real através de contadores on-line de partículas:
O código de limpeza ISO deve ser utilizado para se estabelecer uma meta de limpeza. É um valor que é facilmente rastreado para indicadores de desempenho KPI em um formato que a maioria das pessoas consegue entender.
Entretanto, em muitos casos é fortemente recomendável o acompanhamento de outras características do fluido hidráulico e de lubrificação como:
• Contaminação química;
• Degradação física;
• Perda de propriedades;
• Envelhecimento;
• Alterações de natureza elétrica.
A importância de se manter o sistema hidráulico limpo
Por que a limpeza do fluido hidráulico é tão importante? A resposta é simples: a concorrência. Em um mercado tão competitivo em âmbito mundial no qual os produtos podem potencialmente ser fabricados e enviados do exterior a um custo menor que aqueles produzidos no país, é essencial manter um nível preciso de confiabilidade e disponibilidade de máquina para manter os custos em um nível administrável. Em outras palavras, um óleo limpo prolonga a vida útil dos componentes e eleva a confiabilidade das máquinas.
A tendência mundial é reportar as análises informando apenas o resultado conforme a ISO 4406:1999, uma vez que esta representação é uma ferramenta fantástica adotada para definir alarmes e estabelecer um valor ideal para a utilização de indicadores chave de desempenho (KPI - keyperformanceindicator). No entanto, o código ISO não é o único aspecto a ser avaliado numa análise rotineira de fluidos hidráulicos e de lubrificação.
Como o código de limpeza ISO 4406 é determinado?
A maior parte das amostras de óleo hidráulico e de lubrificação enviadas para análise de contaminação por partículas sólidas são avaliadas através de contadores automáticos de partículas (APC - automaticparticlecounter) cujo padrão de calibração segue a ISO 11171. Um APC típico efetua a contagem das partículas na amostra de óleo através do bloqueio de um feixe de luz, sendo o meio mais adotado aquele que utiliza um emissor a laser. Ao passar por este facho luminoso, as partículas bloqueiam o sinal gerando uma "sombra" na placa receptora que é interpretada como sendo maior ou igual a alguns tamanhos pré-estabelecidos conforme o aparelho utilizado. As quantidades ordenadas por tamanhos são então registradas na memória do contador.
Há aparelhos que contam com até oito diferentes faixas de tamanho de leitura como 4, 6, 10, 14, 21, 38, 70 e 100 µm (c), porém a ISO 4406:1999 reporta a distribuição mais importante para modernos sistemas hidráulicos e de lubrificação que identifica os tamanhos maiores ou iguais a 4, 6 e 14 µm (c).
A quantidade de partículas que foi contada no APC em cada mililitro de amostra é registrada e plotada conforme a faixa correspondente. Cabe ressaltar que ao efetuar a leitura, o volume de amostra analisado é superior a 1mL, mas sua representação deve corresponder a este volume. Isso explica as faixas das escalas inferiores com partículas decimais, uma vez que não existe uma fração de partícula.
Além disso, uma única análise mostra um resultado pontual e que deve ser juntado às demais leituras anteriores para se avaliar a tendência de limpeza do sistema.
O que podemos extrair de uma leitura conforme a ISO 4406:1999
A escala das faixas da ISO 4406:1999 mostra sua distribuição de quantidades de partículas em uma escala crescente e ordenada em uma progressão geométrica, denominada série de Renard, em que os limites inferior e superior de cada faixa são o dobro dos respectivos limites inferior e superior da faixa anterior.
Uma observação que se faz destacar na classificação ISO 4406:1999, é que a cada grau que se eleva a faixa de leitura, admite-se o dobro de partículas no mesmo volume. Em outras palavras, se uma amostra está 5 graus acima da referência, isso significa que no mesmo volume de óleo há 32 vezes mais partículas que esta referência, uma vez que uma diferença de cinco graus representa o expoente 5 da base 2, ou seja, 25 = 32.
Este fenômeno nos obriga a estarmos alertas as variações que aparentemente são pequenas, mas que podem representar um aumento significativo de contaminação no sistema.
Se utilizarmos como referência uma análise feita anteriormente num sistema que apresentou o nível de limpeza ISO 18/16/13 e que numa segunda análise apresentou ISO 19/17/14, tanto é possível estarmos falando de praticamente a mesma contaminação nos dois casos, como até quatro vezes mais contaminação no mesmo volume.
No exemplo abaixo, é possível clarear um pouco mais este conceito utilizando uma representação de quatro diferentes contagens e da relação entre elas. Aqui fica claro que se uma leitura isolada mesmo que comparada com uma referência pode trazer uma interpretação equivocada da tendência, ou seja, é recomendável manter o acompanhamento periódico e, se possível, em tempo real através de contadores on-line de partículas:
O código de limpeza ISO deve ser utilizado para se estabelecer uma meta de limpeza. É um valor que é facilmente rastreado para indicadores de desempenho KPI em um formato que a maioria das pessoas consegue entender.
Entretanto, em muitos casos é fortemente recomendável o acompanhamento de outras características do fluido hidráulico e de lubrificação como:
• Contaminação química;
• Degradação física;
• Perda de propriedades;
• Envelhecimento;
• Alterações de natureza elétrica.
A importância de se manter o sistema hidráulico limpo
Por que a limpeza do fluido hidráulico é tão importante? A resposta é simples: a concorrência. Em um mercado tão competitivo em âmbito mundial no qual os produtos podem potencialmente ser fabricados e enviados do exterior a um custo menor que aqueles produzidos no país, é essencial manter um nível preciso de confiabilidade e disponibilidade de máquina para manter os custos em um nível administrável. Em outras palavras, um óleo limpo prolonga a vida útil dos componentes e eleva a confiabilidade das máquinas.
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