A perda de mercados para empresas nacionais competitivas não justifica qualquer tentativa de difamação de concorrentes nem da Indústria Nacional como um todo.

O artigo "Elemento filtrante absoluto Original x Pirata" publicado na edição n.º 12 da Revista Meio Filtrante apresenta informações contraditórias e, no mínimo, equivocadas que podem confundir usuários de Elementos Filtrantes Absolutos. Cabe à HDA, que construiu sua reputação ao longo de 28 anos de trabalho honesto e dedicação integral aos interesses de nossos clientes, esclarecer algumas das questões levantadas.
O artigo tenta confundir o consumidor indicando que os produtos similares de empresas nacionais são produtos "piratas". Pirataria é o ato de copiar algum produto, idéia ou serviço, tentando fazer com que não se note a diferença entre a cópia e o original. Cabe lembrar que pirataria é crime. A oferta de elementos filtrante similares por sua vez, é uma prática amplamente difundida no Brasil e no exterior, e oferece aos consumidores a liberdade de escolher os fornecedores que melhor atendam às suas necessidades. A HDA, há muitos anos, disponibiliza aos seus clientes elementos filtrantes similares e intercambiáveis com diversas marcas internacionais, mas sempre destacou, com orgulho, que se trata de elemento HDA (Foto 1).

Nossos elementos intercambiáveis são desenvolvidos com critérios técnicos rigorosos, e com base nas características dimensionais e especificações originais e são uma alternativa confiável para usuários que não desejam depender de apenas um fornecedor, o que poderia deixá-los vulneráveis a fatores como greves portuárias, variações bruscas de moeda estrangeira, o longo prazo de entrega de encomendas ao estrangeiro e, sobretudo, à prática de preços abusivos.
Mostrar fotografias de nossos produtos e trechos de textos de nossos catálogos em um artigo que cita produtos piratas e práticas desonestas é uma atitude de caráter, no mínimo, questionável.
Além de apresentar textos e afirmações que não são de nossa autoria, alguns trechos foram reproduzidos parcialmente e fora de seu contexto original dando margem para interpretações distorcidas.
O leitor do artigo que conhece nossos produtos e já teve contato com nossos catálogos percebe que se trata de artigo intencionalmente produzido para tentar prejudicar nossa imagem e difamar nossos produtos e de outros concorrentes.
O artigo claramente salienta certos aspectos e menospreza ou simplesmente ignora observações que possivelmente iriam colocar suas conclusão em perigo. Um exemplo claro disso é comparar os testes de um elemento filtrante do tipo BN com um elemento do tipo BN3HC.
O antigo modelo BN que foi substituído pelo atual BN3HC possui diâmetro externo menor que o modelo atual, o que faz com que mesmo elementos "originais" apresentem diferenças significativas de área de filtragem (0,55 m² contra 1,2 m², conforme catálogos "originais" (Fotos 2.1 e 2.2)).

A diferença de quase duas vezes e meia na área filtrante deixa claro que os produtos são completamente diferentes e qualquer comparação entre os resultados dos testes fica comprometida. Apesar de o modelo BN ter sido substituído e de ter sua produção original descontinuada, elementos intercambiáveis BN continuam a ser solicitados por alguns usuários satisfeitos com seu desempenho e que optam pelo modelo antigo de diâmetro menor e, portanto ainda disponibilizamos as duas alternativas.
Outro exemplo de incoerência é o fato de o autor do artigo considerar que os testes que realizamos são propaganda enganosa por "não estabelecer nem certificar desempenho e eficiência" e, no entanto, no artigo utiliza-se do mesmo teste para justificar o desempenho de seus próprios produtos. Os catálogos atuais da empresa para a qual trabalha indicam claramente que seus "dados sobre taxas de retenção absoluta foram estabelecidos por teste Multi-Passo (procedimento de teste para determinação e prova do desempenho de filtragem, ampliado para a mais fina filtragem) em uma bancada de testes em conformidade com a norma ISO 4572." (Foto 3)
A crítica apoiada em informações distorcidas tenta desviar o foco de atenção do que é realmente importante para os usuários de elementos filtrantes absolutos: o controle efetivo do nível de contaminação dos sistemas hidráulicos e de lubrificação, e os enormes benefícios financeiros e operacionais obtidos com isso. Constatamos que alguns usuários ao adquirirem equipamentos sofisticados e imprescindíveis para seus processos produtivos, são intimidados a utilizar somente elementos filtrantes originais, sob pena de perda de garantia. Alguns deles no entanto, ao serem questionados sobre os níveis de contaminação encontrados em seus equipamentos, não sabem sequer quais os níveis de contaminação recomendados para os componentes mais críticos de seus importantes equipamentos. É natural que usuários que conhecem os níveis de contaminação recomendados e, efetivamente os mantém controlados por meio de um programa de controle efetivo, são muito mais capazes de avaliar os elementos filtrantes que utilizam e podem escolher com segurança, dentre as alternativas disponíveis no mercado, as que mais lhes convém. Por outro lado, é evidente que isso não interessa à alguns fornecedores de elementos importados "originais" pois, quanto mais esclarecidos estiverem os usuários e quanto mais controlarem os níveis de contaminação de forma independente, maior seu poder de decisão e autonomia.
A prática de atemorizar e até intimidar usuários menos esclarecidos tem sido muitas vezes a maneira usada para tentar garantir o fornecimento de elementos filtrantes importados a preços exorbitantes e é lamentável constatar que, por falta de conhecimento e discussões mais amplas sobre esse tema, essa prática tem dado alguns resultados. Há casos em que, os usuários se deparam com a falta de elementos filtrantes no estoque dos fornecedores "originais" e, com receio de utilizar elementos filtrantes intercambiáveis e perder a garantia, chegam ao cúmulo de deixar que seus sistemas trabalhem sem filtragem adequada, comprometendo seu bom funcionamento. Vale notar que os recorrentes desabastecimentos são motivados por fatores que não competem aos usuários, como atrasos de importações, problemas alfandegários ou previsões de consumo equivocadas por parte dos importadores.
A HDA fornece regularmente elementos filtrantes intercambiáveis de reposição de diversas marcas importadas para importantes empresas dos mais variados ramos de atividades como Metalurgia, Injeção de Plástico, Siderurgia, Mineração, Papel e Celulose, Indústrias Petrolíferas e Aeronáuticas, Fabricantes de Máquinas, Prestadores de Serviços de Filtragem, entre outras, que além de estarem capacitadas tecnicamente, para avaliar a qualidade e desempenho dos nossos produtos, têm comprovado, na prática, os excelentes resultados alcançados com sua utilização.
Os Elementos Filtrantes Absolutos HDA são fabricados com os modernos meios filtrantes da série Betaplus, desenvolvidos dentro da mais alta tecnologia para conseguir a máxima eficiência e capacidade de retenção de contaminantes na filtragem de óleo hidráulico e de lubrificação (Filtragem Absoluta). Os resultados obtidos com a correta utilização dos nossos Filtros e Elementos Filtrantes superam as rigorosas exigências dos mais modernos equipamentos no tocante ao controle das Classes de Contaminação (conforme normas ISO 4406 e NAS 1638). Nossos meios filtrantes em microfibras inorgânicas de última geração são importados de um dos maiores e mais reconhecidos fabricantes mundiais e são acompanhados de certificado de qualidade emitido para cada rolo fornecido. A garantia de desempenho dos nossos produtos é, de fato, assegurada por diversos testes de acordo com as normas internacionais ISO, incluindo os realizados em laboratório independente de pesquisa internacional homologado em Oklahoma, EUA (Teste Multi-passo ( ISO 4572), e isto não é propaganda enganosa.
Realmente não deve estar sendo fácil explicar à matriz a perda de mercados importantes para uma empresa nacional supostamente menos qualificada. Mesmo assim, admira-nos que alguém que oferece produtos apresentados como tão superiores entenda que a tentativa de difamação de seus concorrentes e da indústria nacional como um todo, seja a melhor maneira de enfrentar adversidades normais de mercado. Será que os consumidores não são capazes de perceber diferenças de desempenho tão significativas como as que anuncia o autor do artigo ou, na prática, não tem sido assim tão simples demonstrar suas vantagens? Acreditamos que a segunda alternativa é a que esclarece as reais motivações do artigo e melhor representa a realidade que vivemos hoje em nosso mercado.