A Tecnologia Grander mostra os resultados
das avaliações feitas no Brasil

Na edição de Abril/Maio de 2003, publicamos um primeiro relato sobre a TECNOLOGIA GRANDER, fazendo então referência ao seu emprego visando o equilíbrio microbiológico da água sem o uso de biocidas. Descrevemos ali, de uma forma breve, os resultados locais dos quais dispúnhamos, que envolviam além de aplicações domésticas, o emprego desta tecnologia em um lago da região de São José dos Campos e em uma fábrica de médio porte, atuando na área de confecção.
Tínhamos então um ano para a instalação do sistema do lago e um ano e meio para a instalação do circuito semi-fechado de geração de vapor da fábrica.
Este artigo gerou uma polêmica muito grande, pois estávamos abordando uma concepção de tratamento físico da água, não só nova no mercado, mas baseada em conceitos e ações que quebravam paradigmas.
Então na edição de Outubro/Novembro/Dezembro de 2003 publicamos um relato mais completo sobre a TECNOLOGIA GRANDER, com vários exemplos de aplicações em outros países, principalmente europeus, no segmento industrial, hospitalar, hoteleiro e restaurantes, mostrando o excelente desempenho desta tecnologia não só nos circuitos fechados de resfriamento e aquecimento, como em diversos segmentos que utilizavam água no processo.
O nosso próximo passo foi então selecionar empresas de grande porte, expressivas no mercado nacional e desenvolver em conjunto com as mesmas uma avaliação longitudinal do processo de revitalização de sistemas promovido pela TECNOLOGIA GRANDER.
Foram escolhidas três empresas, localizadas nos municípios de São José dos Campos, Jacareí e Caçapava. Nestas empresas selecionamos circuitos semelhantes que envolviam torres de resfriamento. Os equipamentos Grander foram instalados no início de 2004 e avaliados ao longo de um ano nas referidas empresas, através de análises sistemáticas físico-químicas e microbiológicas; avaliações periódicas dos sistemas envolvidos, tanto visual quanto fotográficas, e computação dos dados referentes à manutenção das linhas de produção assistidas por estas torres de resfriamento.
Os resultados foram unânimes nas três empresas ao demonstrarem:

• Aumento da estabilidade microbiológica - eliminação completa (100%) de biocidas dos circuitos com a obtenção do equilíbrio microbiológico da água dos mesmos;
• Evidente redução na formação dos depósitos associada a um aumento na facilidade da remoção dos que se formavam;
• Redução das paradas para manutenção, com a possibilidade de planejamento de manutenções preventivas;
• Aumento da confiabilidade operacional;
• Conseqüente redução geral dos custos de manutenção das linhas;
• Redução dos odores desagradáveis na área instalada;
• Economia significativa de água, com a redução das purgas necessárias para manter o sistema em equilíbrio;
• Economia de energia, visto que as trocas de calor ficam otimizadas com a redução das incrustações.

Estas situações podem ser evidenciadas nos gráficos ao lado, que mostram as variações em alguns dos parâmetros avaliados nestes sistemas de refrigeração, fazendo uma comparação entre duas torres: uma com o sistema Grander (torre 4) e outra sem o sistema Grander (torre 2); comparando os valores também com os da água de make-up.
Os gráficos da pág 12 mostram as economias de água e de produtos químicos evidenciadas em um dos sistemas onde a TECNOLOGIA GRANDER foi aplicada.
As avaliações realizadas não deixam dúvidas quanto ao desempenho desta tecnologia e quanto aos resultados que podem ser obtidos.
Os projetos realizados são individualizados, porém os resultados se equiparam com relação ao efeito e à relação custo-benefício.
As economias são substanciais, não só do ponto de vista operacional como no que se refere à água. Questão essa que tem se tornado cada vez mais um foco de interesse das empresas. Todos nós temos plena consciência de que a água é direito de todos. De que a existência do ser humano, por si só, garante-lhe o direito de consumir água ou ar. O direito à vida antecede os outros direitos. Porém, todos temos também plena consciência de que já existe uma crise da água.
A poluição - somada aos dejetos industriais - está na base da crise da água. Atualmente, estima-se que haja 120 mil km³ de água contaminada no mundo - uma quantidade maior do que o total existente nas dez maiores bacias hidrográficas do planeta. Se o ritmo de contaminação não se alterar, o número pode chegar aos 180 mil km³ em 2050. Segundo a ONU, um litro de água com dejetos contamina oito litros de água pura.




O crescimento populacional, particularmente nos países em desenvolvimento, e a maior demanda de água para usos agrícola e industrial, provocaram o aumento do consumo global de água de 1.060 Km3/ano para 4.130 Km3/ano nos últimos 50 anos.
Na Terra tudo é mantido graças à presença desse líquido vital: nossas cidades, nossas indústrias, nossas plantações e, mesmo o oxigênio que respiramos, cerca de 70% dele, vem das microscópicas algas habitantes dessa enorme massa formada por rios, lagos e oceanos.
Apenas 2,59% do volume total de água existente na Terra são de água doce, sendo que mais de 99% estão sob a forma de gelo ou neve nas regiões polares ou em aqüíferos muito profundos. Do restante, quase metade está nos corpos dos animais e vegetais (biota), como umidade do solo e como vapor d’água na atmosfera, e a outra metade está disponível em rios e lagos.
A água não é só uma mera substância química formada por átomos de hidrogênio e oxigênio. Nela surgiu a primeira forma de vida do planeta há milhões de anos; dela o processo evolutivo caminhou até formar nossa espécie e continua a manter toda a diversidade que conhecemos.Pesquisas recentes têm mostrado que integra a água um universo químico, físico e biológico; que não só dão à água características específicas como também a colocam como um dos mais intrincados quebra-cabeças que a ciência tem diante de si.
Uma tecnologia limpa que se alia às exigências ambientais, pode vir a ser parceira para as empresas voltadas para o desenvolvimento ecologicamente viável, com paralela redução de custos. A cobrança, que integra o sistema de outorgas, adotado para prevenir a escassez de água, já está sendo aplicada para várias bacias hidrográficas do país. No rio Paraíba do Sul, o valor por metro cúbico varia entre R$ 0,08 a R$ 0,28, dependendo da atividade do usuário. Quanto mais poluente o empreendimento, mais cara a taxa.
A implantação de mudanças se faz necessária. E para tal teremos que muitas vezes quebrar paradigmas.