O mercado de filtros e seus sistemas também é alvo de cópias, mas no final o resultado é sempre o mesmo: o barato sai caro

por Eng. Carlos Filartiga

O avanço do conhecimento, através das pesquisas e desenvolvimentos nas mais diversas áreas da ciência, traz impor-tantes informações e confirmações à comunidade científica e a população em geral.
Entre elas, podemos destacar as pesquisas sobre engenharia genética, que vem confirmar e consolidar ainda mais uma evidência que há muito tempo vemos acontecer: “Toda e qualquer tentativa de cópia, nun-ca terá a confiabilidade de um produto original”. A mais recente comprovação deste fato foi demonstrada pelo relatório conclusivo do acompanhamento do desenvolvimento da ovelha clonada, a Dolly, a qual apresentava evidências de envelhecimento precoce de suas células e de seus órgãos, deficiência imunológica, entre outros fatores.
Esta afirmação poderá ainda ser comprovada nas mais diversas atividades, desde as artísticas até as industriais, como cópias ou produtos piratas de obras de arte, jóias, CD’s, acessórios e peças de automóveis, etc. Todos esses produtos guardam entre si algumas características comuns, como a baixa qualidade e o baixo domínio tecnológico. Esta deficiência proporciona ao produto uma reduzida vida útil, baixa performance, baixa confiabilidade, comprometimento da segurança, e outras evidências. O risco de prejuí-zos econômicos, comprometimento da garantia da qualidade do meio ambiente, e principalmente da segurança de vidas humanas, aumentam ainda mais quando nos referimos às cópias, clones e produtos piratas de acessórios e equipamentos industriais, que são utilizados em sistemas pressurizados e que trabalham com altas temperaturas, como: válvulas, filtros, visores de fluxo, purgadores de vapor e outros equipamentos. As perdas econômicas das indústrias devido aos produtos “copiados” de baixa qualidade e deficiência tecnológica, instalados em sistemas de drenagens de condensado, chegam a índices médios de 20% de perdas de energia térmica sobre o total de energia gerada, ou seja, considerando uma média de U$ 50 a tonelada de vapor, aproximadamente U$ 10 sistematicamente são gastos para alimentar as perdas energéticas de sistemas de drenagem deficiente, onde em muitos deles se encontram instalados “produtos copiados” de baixa qualidade e performance ou, como podemos chamar, “PD-Produtos Desperdiçadores” ou ainda “PP-Produtos Prejuízo”.

Esse tipo de produto, além de proporcionar gastos desnecessários e aumentar o custo de manutenção, interfere na produtividade e no custo final do produto, fazendo com que a indústria reduza a sua competitividade, bem como sua sobrevida no mercado. Contribuíram para esta atividade as empresas “copiadoras de produtos”, empresas fornecedoras de “produtos piratas” ou recuperadoras de produtos originais usados e vendidos como novos, entre outras atividades que botam em risco a segurança, o meio ambiente e a saúde das pessoas.
Não seja mais um responsável pelo desperdício, pela alta de seus custos de manutenção, pelo alto custo de produção, pela baixa produtividade e pela falta de competitividade de sua empresa. O mercado globalizado trará oportunidades de crescimento para o negócio de empresas, que estarão sempre com suas atenções voltadas para programas e atitudes que buscam implementar projetos de “Conservação e Eficiência Energética”, e que trabalham com produtos originais de alta qualidade e performance, que dominam alta tecnologia e de alta confiabilidade, deixando para trás a insegurança, a não confiabilidade e os prejuízos financeiros, proporcionados pela utilização de produtos “piratas”, “clones” e “cópias” - os verdadeiros produtos desperdiçadores.