Visão Empresarial
Por Meio Filtrante
Edição Nº 23 - Novembro/Dezembro de 2006 - Ano 5
Há vinte anos atrás, eu e o André Azevedo éramos ilustres pilotos desconhecidos de moto. Participar do rali Paris-Dakar parecia um sonho impossível. Hoje nossa equipe já tem vários títulos na prova...
por Klever Kolberg
Há vinte anos atrás, eu e o André Azevedo éramos ilustres pilotos desconhecidos de moto. Participar do rali Paris-Dakar parecia um sonho impossível. Hoje nossa equipe já tem vários títulos na prova e estamos nos preparando para a nossa 20ª participação consecutiva neste desafio.Quando nós começamos éramos jovens, engenheiros, inexperientes e até, por que não dizer, inconseqüentes. De certa forma, isto até ajudou, pois as coisas pareciam mais fáceis. Nós começamos bastante pequenos. Não éramos conhecidos para conseguir um patrocínio, mas nem tínhamos recursos próprios para tal, muito menos tempo e experiência. Nós só chegamos ao que somos hoje graças a nossa proatividade. Sempre iniciamos um planejamento com antecedência. E nós sabíamos que sozinhos não conseguiríamos nada, então sempre trabalhamos em equipe.
A maioria das pessoas define planejamento como o ato ou processo de estabelecer objetivos (metas), diretrizes (princípios orientadores) e procedimentos (metodologia). Como resultado deste processo forma-se um plano. Isso provoca a impressão que planejar é apenas pensar antes de atuar, organizar, administrar recursos e evitar riscos. Esta visão não está errada, mas pode provocar certa confusão.
Para o pessoal da Equipe Petrobras Lubrax, procuramos mostrar isto de outra forma. Na nossa opinião, planejar começa com o ato de projetar, na qual você deve perceber onde está e onde quer chegar. Nesta etapa envolvemos todo o time, inclusive nossos patrocinadores, para que possamos compreender as expectativas e interesses deles.
Tendo esta percepção, começa a fase da pesquisa, do diagnóstico, da investigação, da busca de informações para entender quais são os fatores críticos de sucesso. Então, você poderá estabelecer quais são os pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades. Para nós, este processo é contínuo, já que nosso ambiente envolve muita tecnologia e concorrência, então mesmo durante a disputa de um rali, como o Dakar, estamos envolvidos com esta fase.
Só então temos subsídios para estabelecer as metas, que devem ser audaciosas, mas factíveis com nossos recursos e com o domínio da tecnologia disponível. Com as metas estabelecidas, precisamos escolher um caminho: a estratégia. De que maneira vamos chegar lá? Quais serão os passos? As prioridades? Ao que será dado ênfase? Como vamos buscar o resultado? Mas antes de dar início a ação, ainda precisamos criar indicadores, para que durante o processo possamos monitorar, verificar e melhorar nossa performance. Ou seja, planejar envolve não somente otimizar metas ou racionalizar recursos, mas prever problemas, administrar riscos, identificar os gargalos e estabelecer prazos. Custos ou prazos apertados podem prejudicar a qualidade e o desempenho, mas é importante lembrar que prazos e custos folgados prejudicam os benefícios esperados, e qualidade em demasia custa caro e consome tempo, não podemos ficar eternamente aperfeiçoando, fazendo valer o velho ditado que o ótimo é inimigo do bom. No caso de um rali, nem somos nós que os estabelecemos, afinal a largada tem dia e hora marcada para acontecer e não podemos adiá-la. É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim dinamismo, interatividade e integração.
Há vinte anos atrás, eu e o André Azevedo éramos ilustres pilotos desconhecidos de moto. Participar do rali Paris-Dakar parecia um sonho impossível. Hoje nossa equipe já tem vários títulos na prova e estamos nos preparando para a nossa 20ª participação consecutiva neste desafio.Quando nós começamos éramos jovens, engenheiros, inexperientes e até, por que não dizer, inconseqüentes. De certa forma, isto até ajudou, pois as coisas pareciam mais fáceis. Nós começamos bastante pequenos. Não éramos conhecidos para conseguir um patrocínio, mas nem tínhamos recursos próprios para tal, muito menos tempo e experiência. Nós só chegamos ao que somos hoje graças a nossa proatividade. Sempre iniciamos um planejamento com antecedência. E nós sabíamos que sozinhos não conseguiríamos nada, então sempre trabalhamos em equipe.
A maioria das pessoas define planejamento como o ato ou processo de estabelecer objetivos (metas), diretrizes (princípios orientadores) e procedimentos (metodologia). Como resultado deste processo forma-se um plano. Isso provoca a impressão que planejar é apenas pensar antes de atuar, organizar, administrar recursos e evitar riscos. Esta visão não está errada, mas pode provocar certa confusão.
Para o pessoal da Equipe Petrobras Lubrax, procuramos mostrar isto de outra forma. Na nossa opinião, planejar começa com o ato de projetar, na qual você deve perceber onde está e onde quer chegar. Nesta etapa envolvemos todo o time, inclusive nossos patrocinadores, para que possamos compreender as expectativas e interesses deles.
Tendo esta percepção, começa a fase da pesquisa, do diagnóstico, da investigação, da busca de informações para entender quais são os fatores críticos de sucesso. Então, você poderá estabelecer quais são os pontos fortes e fracos, as ameaças e as oportunidades. Para nós, este processo é contínuo, já que nosso ambiente envolve muita tecnologia e concorrência, então mesmo durante a disputa de um rali, como o Dakar, estamos envolvidos com esta fase.
Só então temos subsídios para estabelecer as metas, que devem ser audaciosas, mas factíveis com nossos recursos e com o domínio da tecnologia disponível. Com as metas estabelecidas, precisamos escolher um caminho: a estratégia. De que maneira vamos chegar lá? Quais serão os passos? As prioridades? Ao que será dado ênfase? Como vamos buscar o resultado? Mas antes de dar início a ação, ainda precisamos criar indicadores, para que durante o processo possamos monitorar, verificar e melhorar nossa performance. Ou seja, planejar envolve não somente otimizar metas ou racionalizar recursos, mas prever problemas, administrar riscos, identificar os gargalos e estabelecer prazos. Custos ou prazos apertados podem prejudicar a qualidade e o desempenho, mas é importante lembrar que prazos e custos folgados prejudicam os benefícios esperados, e qualidade em demasia custa caro e consome tempo, não podemos ficar eternamente aperfeiçoando, fazendo valer o velho ditado que o ótimo é inimigo do bom. No caso de um rali, nem somos nós que os estabelecemos, afinal a largada tem dia e hora marcada para acontecer e não podemos adiá-la. É importante que o planejamento seja entendido como um processo cíclico, o que lhe garante continuidade, havendo uma constante realimentação de situações, propostas, resultados e soluções, lhe conferindo assim dinamismo, interatividade e integração.
Klever Kolberg é piloto do Mitsubishi da Equipe Petrobras Lubrax.
Atualmente, ele está se preparando, junto com seus companheiros, para representar o Brasil pelo 20º ano consecutivo no
rali mais difícil do mundo, o Dakar, onde já subiu ao pódio de uma categoria por 18 vezes, sendo seis como primeiro lugar. Klever também é engenheiro de produção e diretor da Dakar Promoções e Publicidade, e ao lado de André Azevedo, também piloto, realiza palestras, seminários e ralis corporativos desde 1994. Para saber mais sobre a equipe e as palestras acesse o site www.parisdakar.com.br, entre em contato pelo e-mail dakar@parisdakar.com.br ou pelo telefone (55-11) 3865-5741. |