Novas Tecnologias De Motores: A Vez Dos Motores Diesel
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Edição Nº 2 - Julho/Agosto de 2002 - Ano 1
Na região metropolitana de São Paulo, a quantidade de emissão de CO é de aproximadamente 1,75 milhões de ton. ano, de acordo com...
Luis Fernando Tocci, Gerente de Vendas e Marketing da Parker Hannifin
Na região metropolitana de São Paulo, a quantidade de emissão de CO é de aproximadamente 1,75 milhões de ton. ano, de acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico (Cetesb). Desse total, 50% são produzidos pela circulação de carros a gasolina; 22,5% pelos veículos movidos a diesel; 12,5% pelos carros a álcool; 9,5% por motocicletas e similares; 3% pelos táxis; e 2,5% resultam do processo industrial.
Para tentar controlar a poluição do ar nas cidades, o Conama criou, em 1986, o Programa de Controle da Poluição do Ar para Veículos Automotores (Pro-conve), que estabeleceu limites para a emissão de poluentes. Segundo técnicos do Ministério do Meio Ambiente, os veículos emitiam até 50 g de CO por km rodado, índice de poluição considerado alto. O programa, previu etapas e prazos para a indústria automobilística equipar os automóveis novos com filtros e catalisadores que reduzissem esse valor para até 2 g por km rodado.
Nos anos 90, o meio ambiente passou a ser o carro chefe da indústria automotiva. Com a instalação dos equipamentos antipoluentes, a emissão de CO da frota paulistana, por exemplo, caiu de 20,6 g/km para 16,2 g/km em 1998. Hoje é preciso 28 veículos novos para lançar na atmosfera uma quantidade de CO equivalente à emitida por um automóvel fabricado em 1980. A modificação contribuiu para reduzir em 21,4% a taxa de emissão de CO, a partir de 1997, nas grandes cidades. Os picos de poluição do ar passaram a ser registrados basicamente no inverno, entre os meses de maio a setembro, época em que as condições atmosféricas, favorecem a concentração de poluentes.
A região metropolitana de São Paulo, é um exemplo dos ganhos ambientais que podem ser obtidos com a renovação da frota automobilística. Entre 1997 e 1999, entraram em circulação cerca de 900 mil automóveis novos, e foram retirados das ruas quase 500 mil veículos antigos. Mesmo com o aumento significativo da frota aproximadamente 400 mil automóveis -, os índices de poluição caíram.
Segundo levantamento da Cetesb, seis dos sete principais poluentes do ar analisados nesse período apresentaram queda. No caso do CO, por exemplo, a diminuição foi de 290 ton. diárias. Isso acontece, porque um automóvel antigo polui até 40 vezes mais, que um veículo de fabricação recente, que já incorpora tecnologias como filtros, catalisadores e injeção eletrônica. O estudo feito pela Cetesb revela ainda que o único poluente cuja concentração continua crescendo é o ozônio, uma tendência verificada também em outras grandes cidades do planeta.
Calcula-se que 60% da frota de automóveis à gasolina, já estejam equipados com sistemas antipoluentes. Agora, é a vez das montadoras de motores e veículos movidos a diesel partirem para a fase, de aplicação dos motores eletrônicos na frota brasileira. Neste contexto, convidamos Luis Fernando Tocci, gerente de vendas e marketing da Divisão Filtros da Parker Hannifin, para falar sobre o imprescindível "papel" dos filtros do combustível, para aplicação em motores diesel com sistemas de injeção eletrônica, onde existe o aumento da eficiência de filtragem de partículas sólidas e separação de água, segundo os novos requisitos dos fabricantes de injeção do mundo inteiro.
Meio Filtrante: Qual a função do filtro do combustível no sistema de injeção eletrônica para motores diesel?
Luis Fernando Tocci: Desde a invenção dos motores à combustão interna, existe a
necessidade de filtragem do combustível. Com o passar dos anos, foram desenvolvidos meios filtrantes mais eficientes. O meio filtrante de feltro, é da década de 20, a utilização de papel como meio filtrante iniciou-se na década de 30. Hoje, com o desenvolvimento dos sistemas de injeção eletrônica para motores diesel, existem requisitos de filtragem muito mais severos, porque partículas de contaminantes sólidas, e água podem causar problemas de funcionamento com grande facilidade. Ou seja, para atingir o seu objetivo de aumentar o desempenho, a economia, e diminuir a emissão de poluentes do motor, a eficiência da injeção eletrônica requer necessariamente um combustível limpo e isento de impurezas. E combustível isento requer filtros muito mais eficientes, dos que são fabricados mundialmente hoje em dia.
MF: Quais as características desses filtros?
LFT: Em primeiro lugar, esses filtros devem atender aos requisitos de filtragem dos motores fabricados atualmente conforme os níveis EURO de emissões. Os filtros para diesel, são construídos com meios filtrantes especiais, que evitam a passagem de contaminantes para o sistema de injeção. Para uma injeção perfeita, além de limpo, o combustível deve estar 100% isento de água. A má qualidade do combustível associada à presença de água, está entre as principais razões do ataque dos sistemas de injeção, bicos injetores e corrosão da câmara de combustão. Além de apresentar toda esta eficiência de separação, a vida dos elementos deverá no mínimo permanecer inalterada quando comparada aos elementos utilizados atualmente.
MF: Quais os sistemas de injeção eletrônica para diesel, mais utilizados atualmente?
LFT: Os sistemas totalmente eletrônicos, utilizados hoje mundialmente são HEUI (Hydraulic Electronic Unit Injector) e Common Rail, que são muito mais eficientes na injeção de combustível na câmara de combustão, entre-tanto, apresentam uma maior
sensibilidade a impurezas quando comparados as bombas injetoras utilizadas atualmente.
MF: Fale-nos sobre a participação da Parker nesse novo nicho de mercado.
LFT: Após anos de pesquisa a Racor marca pertencente à Parker Hannifin desenvolveu um sistema de filtragem de combustível, com a capacidade de filtragem de partículas sólidas com separação de água, conjugados em um único filtro. Esta forma de separação de sólidos e água do diesel tornou-se possível, graças ao desen-volvimento de um meio filtrante com alta capacidade na separação de sólidos e água, denominado AquaBloc® que atende plenamente os requisitos das normas SAE e ISO utilizadas pelas montadoras. Dispomos hoje, da mais alta tecnologia de filtragem, estando totalmente aptos para aplicação dos sistemas de filtragem nos novos sistemas eletrônicos de injeção que equiparão os lançamentos das montadoras, daqui para frente. A Racor foi pioneira no conceito de separação de água multi-estágio e filtragem de combustível. Estamos em constante desenvolvimento, para que permaneçamos insuperáveis em nossa habilidade de filtrar combustível, em qualquer aplicação e nas mais variadas vazões.
Na região metropolitana de São Paulo, a quantidade de emissão de CO é de aproximadamente 1,75 milhões de ton. ano, de acordo com a Companhia de Tecnologia de Saneamento Básico (Cetesb). Desse total, 50% são produzidos pela circulação de carros a gasolina; 22,5% pelos veículos movidos a diesel; 12,5% pelos carros a álcool; 9,5% por motocicletas e similares; 3% pelos táxis; e 2,5% resultam do processo industrial.
Para tentar controlar a poluição do ar nas cidades, o Conama criou, em 1986, o Programa de Controle da Poluição do Ar para Veículos Automotores (Pro-conve), que estabeleceu limites para a emissão de poluentes. Segundo técnicos do Ministério do Meio Ambiente, os veículos emitiam até 50 g de CO por km rodado, índice de poluição considerado alto. O programa, previu etapas e prazos para a indústria automobilística equipar os automóveis novos com filtros e catalisadores que reduzissem esse valor para até 2 g por km rodado.
Nos anos 90, o meio ambiente passou a ser o carro chefe da indústria automotiva. Com a instalação dos equipamentos antipoluentes, a emissão de CO da frota paulistana, por exemplo, caiu de 20,6 g/km para 16,2 g/km em 1998. Hoje é preciso 28 veículos novos para lançar na atmosfera uma quantidade de CO equivalente à emitida por um automóvel fabricado em 1980. A modificação contribuiu para reduzir em 21,4% a taxa de emissão de CO, a partir de 1997, nas grandes cidades. Os picos de poluição do ar passaram a ser registrados basicamente no inverno, entre os meses de maio a setembro, época em que as condições atmosféricas, favorecem a concentração de poluentes.
A região metropolitana de São Paulo, é um exemplo dos ganhos ambientais que podem ser obtidos com a renovação da frota automobilística. Entre 1997 e 1999, entraram em circulação cerca de 900 mil automóveis novos, e foram retirados das ruas quase 500 mil veículos antigos. Mesmo com o aumento significativo da frota aproximadamente 400 mil automóveis -, os índices de poluição caíram.
Segundo levantamento da Cetesb, seis dos sete principais poluentes do ar analisados nesse período apresentaram queda. No caso do CO, por exemplo, a diminuição foi de 290 ton. diárias. Isso acontece, porque um automóvel antigo polui até 40 vezes mais, que um veículo de fabricação recente, que já incorpora tecnologias como filtros, catalisadores e injeção eletrônica. O estudo feito pela Cetesb revela ainda que o único poluente cuja concentração continua crescendo é o ozônio, uma tendência verificada também em outras grandes cidades do planeta.
Calcula-se que 60% da frota de automóveis à gasolina, já estejam equipados com sistemas antipoluentes. Agora, é a vez das montadoras de motores e veículos movidos a diesel partirem para a fase, de aplicação dos motores eletrônicos na frota brasileira. Neste contexto, convidamos Luis Fernando Tocci, gerente de vendas e marketing da Divisão Filtros da Parker Hannifin, para falar sobre o imprescindível "papel" dos filtros do combustível, para aplicação em motores diesel com sistemas de injeção eletrônica, onde existe o aumento da eficiência de filtragem de partículas sólidas e separação de água, segundo os novos requisitos dos fabricantes de injeção do mundo inteiro.
Meio Filtrante: Qual a função do filtro do combustível no sistema de injeção eletrônica para motores diesel?
Luis Fernando Tocci: Desde a invenção dos motores à combustão interna, existe a
necessidade de filtragem do combustível. Com o passar dos anos, foram desenvolvidos meios filtrantes mais eficientes. O meio filtrante de feltro, é da década de 20, a utilização de papel como meio filtrante iniciou-se na década de 30. Hoje, com o desenvolvimento dos sistemas de injeção eletrônica para motores diesel, existem requisitos de filtragem muito mais severos, porque partículas de contaminantes sólidas, e água podem causar problemas de funcionamento com grande facilidade. Ou seja, para atingir o seu objetivo de aumentar o desempenho, a economia, e diminuir a emissão de poluentes do motor, a eficiência da injeção eletrônica requer necessariamente um combustível limpo e isento de impurezas. E combustível isento requer filtros muito mais eficientes, dos que são fabricados mundialmente hoje em dia.
MF: Quais as características desses filtros?
LFT: Em primeiro lugar, esses filtros devem atender aos requisitos de filtragem dos motores fabricados atualmente conforme os níveis EURO de emissões. Os filtros para diesel, são construídos com meios filtrantes especiais, que evitam a passagem de contaminantes para o sistema de injeção. Para uma injeção perfeita, além de limpo, o combustível deve estar 100% isento de água. A má qualidade do combustível associada à presença de água, está entre as principais razões do ataque dos sistemas de injeção, bicos injetores e corrosão da câmara de combustão. Além de apresentar toda esta eficiência de separação, a vida dos elementos deverá no mínimo permanecer inalterada quando comparada aos elementos utilizados atualmente.
MF: Quais os sistemas de injeção eletrônica para diesel, mais utilizados atualmente?
LFT: Os sistemas totalmente eletrônicos, utilizados hoje mundialmente são HEUI (Hydraulic Electronic Unit Injector) e Common Rail, que são muito mais eficientes na injeção de combustível na câmara de combustão, entre-tanto, apresentam uma maior
sensibilidade a impurezas quando comparados as bombas injetoras utilizadas atualmente.
MF: Fale-nos sobre a participação da Parker nesse novo nicho de mercado.
LFT: Após anos de pesquisa a Racor marca pertencente à Parker Hannifin desenvolveu um sistema de filtragem de combustível, com a capacidade de filtragem de partículas sólidas com separação de água, conjugados em um único filtro. Esta forma de separação de sólidos e água do diesel tornou-se possível, graças ao desen-volvimento de um meio filtrante com alta capacidade na separação de sólidos e água, denominado AquaBloc® que atende plenamente os requisitos das normas SAE e ISO utilizadas pelas montadoras. Dispomos hoje, da mais alta tecnologia de filtragem, estando totalmente aptos para aplicação dos sistemas de filtragem nos novos sistemas eletrônicos de injeção que equiparão os lançamentos das montadoras, daqui para frente. A Racor foi pioneira no conceito de separação de água multi-estágio e filtragem de combustível. Estamos em constante desenvolvimento, para que permaneçamos insuperáveis em nossa habilidade de filtrar combustível, em qualquer aplicação e nas mais variadas vazões.