Assegurar que as especificações de um determinado produto ou processo estejam sob controle e atendam às suas exigências de qualidade e segurança. Este é o papel do manômetro no sistema de filtração.

O manômetro, muitas vezes, é visto apenas como um instrumento que serve para atender às exigências dos fabricantes de quipamentos, um custo necessário para sua manutenção e proteção.

Porém, mais do que isso, o manômetro é o instrumento imprescindível para assegurar que as especificações de um determinado produto ou processo estejam sob controle e que o funcionamento correto e seguro de qualquer vaso filtrante seja garantido.

Na maioria dos casos, os processos de filtração trabalham pressurizados e os produtos podem estar quentes e ou serem nocivos à saúde humana .

Desta forma, o vaso filtrante tem que ser projetado e fabricado segundo normas rigorosas de segurança para atender sua pressão de trabalho . Esta pressão, chamada de "máxima admissível de trabalho" tem que ser controlada rigorosamente pelo manômetro para que se evite possíveis acidentes de explosão do vaso com conseqüente dano ao meio ambiente e aos operadores do equipamento .
Com a utilização deste instrumento, permite-se a redução das tolerâncias do processo e a obtenção de produtos mais uniformes, o que representa uma vantagem em relação aos concorrentes que não utilizam manômetros em seus vasos filtrantes, pois se os equipamentos de filtração utilizados não fornecerem informações corretas sobre o processo produtivo, a qualidade do produto poderá estar comprometida e decisões erradas sobre dados duvidosos poderão ser tomadas, o que pode ser muito desastroso.

O P (diferença entre a pressão de entrada e pressão de saída do filtro) interfere diretamente na qualidade do produto filtrado, pois as partículas podem ser extrudadas através do meio filtrante a medida que à força que atua sobre sua área aumenta , vencendo outras forças ou fenômenos que as estão retendo . Pressão é igual a uma determinada força que atua sobre uma determinada área . Ex. kgf/cm2.

Para que se garanta a indicação de valores corretos nas leituras do manômetro, são necessários certos cuidados para sua aquisição e manutenção . Por isso é muito importante o certificado de calibração do manômetro, que deve ser exigido de seu fabricante ou revendedor. Este certificado deve ser analisado criticamente para verificar se os resultados atendem aos requisitos estabelecidos para aquele instrumento de medição.

A verificação da incerteza da medição, comparada com os erros máximos especificados para o manômetro, garante decisões corretas sobre dados corretos.

O manômetro deve ser recalibrado periodicamente, conforme procedimento de qualidade e (ou) suas condições de trabalho .

Assim, é fundamental que se utilizem manômetros nos vasos filtrantes, pois são o segredo de seu funcionamento: os dados gerados pelos manômetros são criticamente analisados e essas informações utilizadas como um meio de aprimoramento do processo produtivo, seja pela própria manutenção do sistema de controle ou até mesmo pela
redução das tolerâncias praticadas.

O manômetro calibrado é a certeza do processo correto, econômico e de qualidade.

A escolha da faixa de pressão estática de trabalho do manômetro bem como sua escala divisora são igualmente importantes na escolha do manômetro de processo, para que se obtenha indicações mais precisas.

Procure trabalhar sempre com a pressão estática do manômetro entre 15 a 20% acima da máxima pressão de trabalho do processo e buscar uma escala divisora entre 0,05 a 0,10 kgf/cm2 .