Exportações Industriais Impulsionam Mercado De Filtros
Por Meio Filtrante
Edição Nº 11 - Outubro/Novembro/Dezembro de 2004 - Ano 3
As empresas líderes no mercado de filtros, em seus diversos segmentos, foram consultadas pela Revista Meio Filtrante para uma avaliação de sua atividade neste ano.
As empresas líderes no mercado de filtros, em seus diversos segmentos, foram consultadas pela Revista Meio Filtrante para uma avaliação de sua atividade neste ano. |
Compreender a demanda, elaborar novos projetos, promover as exportações e criar soluções feitas sob medida são algumas das recomendações que as empresas fazem. Com esta postura, já existem casos que sinalizam por um ano com crescimento superior ao obtido em 2003. Para aprimorar o desempenho, também é preciso diversificar os produtos e serviços oferecidos.
Elio Pietrobom Tarran, diretor geral da Tech Filter, espera um crescimento de 100% no ano devido ao lançamento de uma nova linha de tratamento de água para residências e comércio, chamada Acqua-máxima. Desde o início de 2004 a empresa já cresceu 70% e seus principais clientes estão na indústria petroquímica, como a Petrobras, indústria química, de alimentos, papel e celulose.
O mercado está aquecido principalmente nas regiões sul, sudeste e nordeste, sendo que há projetos de exportação para a Holanda, Índia e países da América Latina. Para atender à demanda crescente, a Tech Filter fez novas contratações e passou a trabalhar em dois turnos. "Também estamos oferecendo dois serviços novos, com um laboratório de análise de água e uma cabine de jateamento com esfera de inox, para acabamento de filtros", conta Tarran, revelando que as novidades são resultado de um investimento de R$ 1 milhão.
Na Cuno Latina, as exportações também impulsionam o crescimento. Elas aumentaram em 127% este ano. Isso porque a indústria busca novos mercados no exterior e a própria empresa desenvolveu soluções e produtos pensando nas necessidades do mercado latino. Os países importadores mais expressivos são Argentina e Chile.
Entretanto, a retração da indústria no primeiro semestre fez com que a Cuno apresentasse incremento de apenas 16%. Mesmo assim, o mercado industrial brasileiro dá sinais de melhora e o próximo ano deverá ser mais proveitoso para a empresa, segundo avaliação do gerente geral Paul Gaston. Atuantes nos segmentos de água potável e processos industriais, os filtros da Cuno se dividem em diversos sub-segmentos, passando pela indústria petroquímica, farmacêutica, de alimentos e bebidas, veterinária, eletrônica e outras. Isso permite sustentação do negócio mesmo em tempos mais adversos. "Não temos carro-chefe, cada momento um produto é mais requisitado", conta Gaston.
Já a Renner Têxtil, empresa líder no segmento de mangas filtrantes e nãotecidos, espera aumentar em 20% seu faturamento em 2004, chegando a R$ 38 milhões. O diretor João Paulo Teichmann também aponta as exportações como motivo para o crescimento do setor. Sua estratégia de mercado é diversificar o perfil de clientes no meio industrial. Para isso, a Renner oferece diversas soluções com mangas filtrantes.
"Possuímos, ainda, gaiolas, controladores eletrônicos, válvulas, aero-deslisadores e oferecemos serviços", enumera Teichmann, revelando que seus principais clientes estão na indústria do alumínio, cimento e siderurgia. Aproximadamente 75% dos clientes Renner se encontram em território nacional. O restante é composto por países da América Latina e México.
A Hayward, por sua vez, vai fechar o ano com 15% de incremento nas vendas, um aumento pouco maior que os 12% de 2003. Isso acontece porque o "mercado brasileiro ainda está muito reprimido", comenta o gerente geral Fernando Barbizan. A empresa atua na área de elementos filtrantes, para o mercado nacional e América do Sul, e carcaças de filtros, exclusivo para exportação. "Investimos na manutenção de nossa capacidade produtiva", conta o gerente, explicando que no segundo semestre a demanda aumentou.
Para a Minas Filtros, empresa com forte atuação no mercado de separadores de ar e óleo, o momento é de investimentos para a construção de uma nova fábrica que deverá ficar pronta até o início de 2005. Fora isso, a Minas modernizou e informatizou toda a sua linha de produção. Com o aumento da capacidade produtiva, a empresa espera um incremento de 18% em comparação com 2003. "Devemos superar nossa meta inicial de 15%", diz Milton Braga, diretor comercial.
Braga revela que houve aumento na demanda nacional, mas também existem projetos de exportação para a Tailândia, Chile e outros países de América Latina. Isso é possível com a redução nos custos de produção, que será gerada a partir da modernização e ampliação da empresa. "Também estamos trabalhando em parceria com uma consultoria ambiental para atender todas as exigências do estatuto do meio ambiente", finaliza.
André Luís Moura, gerente geral da DBD Filtros, revela que a empresa mantém um programa constante de investimentos em todo o processo produtivo e gerencial. É investido, em média, 15% do faturamento anual. "Buscamos parcerias nacionais e internacionais para melhor atender as necessidades de nossos clientes", hoje nós dispomos de uma unidade própria que fabrica nossos Sistemas de Filtração , conta André. "Também estamos em fase final da certificação ISO 9001:2000", complementa.
Os clientes da DBD Filtros se concentram, principalmente, no estado de São Paulo. Recentemente foi inaugurada uma unidade em Salvador para atender o mercado local e outros Estados do nordeste, mas a empresa cobre todo o território nacional. A empresa atua no segmento de Filtros Bolsa, Separadores de Sólidos e Líquidos e no desenvolvimento e na fabricação de Sistemas de Filtragem e de Ultra-Filtração.
O Grupo Europa, especializado em purificadores de água para residências e comércio, também aposta em investimentos constantes em todas sua cadeia produtiva e administrativa para incremento de seu negócio. Há 20 anos no mercado, a Europa busca constantes certificações e aprimoramento de sua capacidade tecnológica para poder usar o know-how adquirido como ferramenta de marketing. Em 2003, o grupo ultrapassou a meta de crescimento de 10% e aumentou suas vendas em 20%,totalizando mais de 3,5 milhões de unidade comercializadas. Este ano a meta também é de 10%, mas deverá ser superada outra vez. No Brasil, a empresa possui 700 pontos de atendimento direto, mas também possui projetos de exportação, principalmente para América Latina. O diretor-presidente Dácio Múcio de Souza explica que para superar suas metas é preciso desenvolver soluções para todos os nichos de mercado, incluindo todas as classes sociais.