Empresa Lança Kit De Lonas E Apresenta Um Novo Conceito Em Decantação
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Edição Nº 7 - Outubro/Novembro/Dezembro de 2003 - Ano 2
Além destas vantagens, a utilização destes produtos aliada a um projeto hidráulico adequado e a um eficiente sistema de remoção de lodos, aumenta consideravelmente a taxa de decantação e...
Estação de tratamento de água
Durante toda a década de 70, as Estações de Saneamento utilizavam paredes de decantação de cimento amianto, sistema que foi adotado em larga escala no Brasil, por ser um material amplamente disponível no país e de baixo custo. Entretanto, estudos científicos revelaram que o resíduo liberado pela corrosão deste material seria cancerígeno. Com a crescente preocupação mundial quanto aos efeitos nocivos do amianto, houve a necessidade de se buscar materiais alternativos para as paredes de decantação. Uma das soluções encontradas foi a utilização de lonas plásticas como material de decantação.
Segundo o Engenheiro Carlos A. Richter, especialista em sistemas de tratamento de água e autor de diversos livros técnicos sobre o assunto, a técnica de utilização de lâminas flexíveis de plástico em decantadores foi utilizada inicialmente pelo engenheiro chileno Gustavo Contreras Pulido, em 1973, em uma pequena Estação de Tratamento de Água ao norte de Santiago, capital do Chile.
Sua idéia era de instalar o sistema de decantação laminar para aumentar a capacidade de produção daquela estação.
Nessa época, iniciava-se a aplicação da tecnologia de decantação laminar com a teoria recém desenvolvida.
Alguns anos depois, no ano de 1986, houve a necessidade de se aumentar a capacidade da Estação de Tratamento de Água de Toledo (PR) em um curto prazo, algo em torno de dois a três meses. "Um sistema de decantação que permitisse utilizar integralmente as instalações existentes, sem a construção de novas unidades seria o ideal. Por isso, optou-se pelo emprego de lonas plásticas para formar um decantador tubular de fluxo horizontal. A obra foi concluída no prazo estabelecido e a estação que tratava 210 m³ por hora passou a tratar 470 m³ por hora, sem deterioração da qualidade da água tratada.
Pelo contrário, obteve-se sensível melhoria", afirma Richter.
Para atender a essa nova realidade, Marcos Bastos, gerente de produtos da Lonatec, empresa de consultoria e desenvolvimento de projetos em lona, com sede em Curitiba (PR) desde 1990, aperfeiçoou o sistema de lonas para decantadores e paredes defletoras. Juntamente com esse sistema, foi desenvolvido um kit que inclui o exclusivo sistema de fixação Lonatec acoplado à lona.
Estes produtos oferecem inúmeras vantagens, como baixo custo; durabilidade; facilidade e rapidez de instalação; adaptabilidade a qualquer forma de tanque, como os tanques circulares da Estação de Tratamento de Água de Cabo Frio (RJ) e facilidade na limpeza.
Além destas vantagens, a utilização destes produtos aliada a um projeto hidráulico adequado e a um eficiente sistema de remoção de lodos, aumenta consideravelmente a taxa de decantação e, conseqüentemente, a produtividade das Estações de Tratamento.
Várias empresas de saneamento no Brasil já adotaram esse novo conceito em decantação, como a CASAL (Companhia de Águas de Alagoas); a SANEPAR (Companhia de Saneamento do Paraná); a CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento), o SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) de Santa Catarina; a PROLAGOS (Concessionária de Serviços Públicos de Águas e Esgotos) da Região dos Lagos (RJ), entre outras.
No caso específico da SANEPAR, a Lonatec firmou uma parceria, na qual ajudou no desenvolvimento do sistema de lonas utilizado nas Estações de Saneamento da estatal, realizando estudos sobre as formas de se fixar e esticar a lona sem provocar deformação ou quebra das presilhas.
Estes trabalhos ofereceram ótimos resultados, de forma que, atualmente, todos os projetos da SANEPAR estão utilizando essa tecnologia.
Estação de tratamento de efluentes