O aquário de São Paulo traz como principal atração, com um milhão de litros de água salgada um aquário temático, reproduzindo o ambiente marinho. Entre as mais de 300 espécies do aquário, há uma réplica de um submarino afundado.
Para toda esta infraestrutura de 4.500 m², manter a pureza de litros e litros de água é fator determinante para o bom funcionamento do ambiente. Sistemas de filtração e tratamento de água mantêm a qualidade elevada, tanto para a boa ma-nutenção dos animais, quanto à qualidade visual
para os visitantes. Afinal, água turva prejudicaria a visitação e até os próprios peixes.
“Ao todo são 39 recintos, que contemplam tanques, aquários, aquaterráreos e terráreos. De certa forma, todos possuem pelo menos um sistema filtrante”, explica o Oceanógrafo do Aquário de São Paulo, Ricardo Cardoso.

Sistemas
Ricardo comenta que os filtros mais utilizados nesse segmento são os filtros pressurizados, biológicos, químicos e retentores de sólidos. Mas por que exatamente esses tipos de sistemas? “Cada recinto, dependendo dos animais que compõem e das características físico-químicos da água, vai requisitar um determinado sistema de filtragem. Em linhas gerais, temos que montar um sistema que de certa forma englobe esses três processos de filtragem”, explica Ricardo.
A determinante da composição desses filtros refere-se às espécies que compõem o conjunto plantel de cada recinto. “Como são 33 aquários com os mesmos princípios de filtragens, sanando as necessidades dos animais que compõem cada um, cada sistema de filtragem tem uma particularidade no que se refere ao meio filtrante e à vazão. Tem aquário que possui areia grossa, outros possuem calcário fino, uns circulam 10 vezes o volume do aquário por hora, outros uma vez por hora, por exemplo”, esclarece. Porém, mesmo contando com a infra-estrutura dos
sistemas filtrantes, a água utilizada dentro do aquário precisa ser trocada semanalmente, como explica o Oceanógrafo. “É necessário trocá-la parcialmente. Não basta filtrá-la, porque os peixes consomem alguns micronutrientes dessa água, que são fundamentais para saúde das espécies”.

Processos
Além das aplicações dos sistemas filtrantes di-retamente em cada tanque, há o cuidado com os efluentes, afinal, a água que sai do aquário para ser descartada manteve os bichos vivos. “É uma água que já passou pelos processos de tratamento comumente utilizado nos sistemas de tratamentos de efluentes. O processo funciona dentro dos próprios sistemas de tratamento de cada aquário. A finalidade é manter a água sempre em condições de manutenção dos animais e garantir que o Aquário de São Paulo, em suas trocas parciais, libere um efluente já tratado”, esclarece.

Processos de reúso de água também são aplicados na medida do possível. “Parte do que é retirado de alguns aquários podem ser reutilizados em outros tanques”, comenta Ricardo.