Como Monitorar A Qualidade Do Ar Em Indústrias?

As emissões de poluentes na atmosfera geram problemas em diferentes escalas na Terra.


As emissões de poluentes na atmosfera geram problemas em diferentes escalas na Terra. Elas afetam desde a qualidade do ar local, com as altas concentrações de monóxido de carbono provenientes do tráfego de veículos, até a qualidade global, com o aquecimento do planeta e todos os fenômenos meteorológicos resultantes.

Como Monitorar A Qualidade Do Ar Em Indústrias?

Os efeitos dos poluentes atmosféricos variam em função do tempo e de suas concentrações. Por isso, a poluição atmosférica pode ser classificada como aguda ou crônica. Aguda é a poluição com altas concentrações de um dado poluente na atmosfera por curtos períodos de tempo. Já, a crônica está relacionada a uma exposição prolongada, mas em níveis de concentração mais baixos. Para que estes níveis sejam avaliados e controlados é necessário um acompanhamento periódico da emissão de particulados no ar e da dispersão de poluentes. Este trabalho é uma exigência dos órgãos públicos, principalmente, para as indústrias que precisam controlar a emissão de particulados e gases na atmosfera. Segundo a empresa de monitoramento Ag Solve, o monitoramento da qualidade do ar nessas empresas pode ser feito com o uso de estações meteorológicas e de equipamentos de qualidade do ar, que possuem amostradores de ar que capturam e canalizam os particulados para sensores que determinam sua carga de particulados e registram ao longo do tempo as cargas de poluentes na fita dentro dos sensores. Nela, todo o particulado existente é depositado e mensurado em tempo fixo de 15 minutos a 24 horas. Outro tipo de equipamento, que também pode ser utilizado para este monitoramento, é o que utiliza a técnica do feixe de laser, que dimensiona as partículas e as totaliza. Ele é indicado para empresas e indústrias com volumes de poeira elevados, como em mineradoras, por exemplo, que precisam fazer o acompanhamento da emissão em tempo real. Todos esses aparelhos ficam, geralmente, ao ar livre ou sobre estruturas, expostos, para que simulem as mesmas condições das construções da vizinhança. O monitoramento da qualidade do ar é fundamental para a preservação do meio ambiente e da saúde humana.


Diversos estudos realizados em todo o mundo apontam que a qualidade do ar nos aviões é preocupante e gera riscos à saúde. Aliás, a má condição atmosférica nas alturas é considerada a principal causa dos problemas respiratórios e outros tipos de distúrbios para os passageiros.Um dos vilões é a baixa umidade relativa do ar, pois em grandes altitudes o clima é muito seco. Além disso, em sua passagem pela turbina, o ar é elevado a altas temperaturas, o que o leva a um maior ressecamento.”O grau de umidade relativa varia de acordo com o tipo de aeronave, duração do vôo, número de passageiros a bordo e com a posição ao longo da cabine de passageiros, sendo mais alto próximo aos lavatórios e cozinhas de bordo. Tipicamente, a umidade do ar se situa entre 15% a 30% nos grandes vôos intercontinentais, um estado de atenção”, explica a presidente da Comissão de Asma da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), dra. Lilian Serrasqueiro Ballini Caetano.


A conseqüência é o ressecamento das mucosas, como olhos e nariz, levando a irritação e inflamação local. Os passageiros também podem apresentar sede nessas condições. Outro problema nas aeronaves é a baixa temperatura na cabine, já que o ar externo, é muito frio - chega a - 80oC. A baixa temperatura associada à baixa umidade relativa do ar diminui a imunidade e facilita infecções locais, como faringite, amigdalite, sinusite e pneumonia e, nos casos de pessoas que sofrem de doenças respiratórias, aumenta o risco de crises de asma, rinite e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)”, alerta o dr. José Eduardo Delfini Cançado, presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia. “Portanto, não devem ser utilizados diuréticos e bebidas alcoólicas, pois podem potencializar este efeito”.

 

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A Hipoxemia

O principal problema relacionado, em vôos, ao doente pulmonar é a Hipoxemia (baixo teor de oxigênio no sangue). A pressão na cabine de avião simula níveis de oxigênio muito parecidos aos encontrados em altitudes que variam de 2.000 a 2.700 metros acima do nível do mar, ou seja, a oferta do gás é baixa e o ar rarefeito. Desse modo, é de extrema importância medir a oxigenação do paciente quando for exposto a baixos níveis de oxigênio. Além disso, existe a característica de o ar, na cabine da aeronave, ser mais seco ou mais frio e, sem falar nas alterações de pressurização e despressurização nas aterrissagens e decolagens. “Então, temos menos oxigênio por ml de ar inalado. Logo, os indivíduos com hipoxemia crônica hiperventilam ou têm de conviver com menor oferta de oxigênio e a conseqüente doença”, pondera a dra. Lilian Serrasqueiro. A especialista ainda afirma que existe também o problema de distensão dos gases. “Expandem-se os gases quando diminui a pressão atmosférica, e então podemos ter distensão dentro do intestino e estômago, situação que aumenta o volume abdominal e dificulta a expansão torácica e mobilidade diafragmática”.Não existe razão para que os indivíduos que sofrem de doenças respiratórias, como a asma, sejam desencorajados a viajar de avião. O mais relevante para diminuir riscos é a prevenção e o tratamento adequado do paciente.”Em caso de viagens aéreas, deve-se sempre levar a medicação de manutenção e aquela orientada para uso de emergência. Para as pessoas que sofrem de doenças respiratórias crônicas, é fundamental a orientação de um pneumologista, pois durante o vôo os sintomas podem se agravar devido à baixa temperatura, à baixa umidade relativa do ar e à oxigenação na altitude”, completa a dra. Lilian Serrasqueiro.

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