A Ética No Mundo Dos Negócios

Na evolução das sociedades, vivemos num mundo onde, cada vez mais, valoriza-se o “politicamente correto”.


A Ética No Mundo Dos Negócios

Na evolução das sociedades, vivemos num mundo onde, cada vez mais, valoriza-se o "politicamente correto". O próprio governo tende a tentar disciplinar através das leis, o que é certo e o que é errado para o cidadão – segundo o próprio governo, baseado no senso comum e na opinião pública.
E o mundo dos negócios, como fica nessa questão? Em tempos de capitalismo selvagem, há espaço para comportamentos éticos? Para que possamos entender e falar um pouco sobre esse assunto, precisamos primeiramente conceituar a definição de ética.
Segundo os gregos, a palavra é originada de ethos, que significa modo de ser, caráter. Na filosofia, a ética está ligada às boas práticas para o indivíduo e a sociedade. Da ética deriva-se a moral, do latim mor, plural mores, conjunto de normas, costumes e preceitos que regem o comportamento do indivíduo num determinado grupo social. São conceitos distintos – a ética é teórica, a moral é normativa – mas na etimologia, são expressões sinônimas, uma derivada do grego, a outra do latim.
É importante notar que a ética não significa lei, mas não raro as leis são baseadas em princípios éticos. Também é preciso deixar claro que ninguém nasce com ética, que é algo que se adquire com o convívio num determinado grupo social. Ou seja, o que pode ser ético aqui, pode não ser ético numa comunidade em outra cidade ou país.
Levando a questão para o mundo dos negócios, observamos que há empresas que zelam pela ética em suas relações comerciais, enquanto outras passam por cima daquilo que é considerado ético, em função de uma palavra cada vez mais valorizada: resultado. Para o segundo grupo, pelo resultado vale tudo.


Para atropelar a ética, pessoas, empresas e até mesmo governantes lançam mão dos mais diversos estratagemas. Uma frase comum para justificar deslizes éticos é "aqui não tem nenhuma freira", e era uma vez a ética: contratos deixam de valer, compromissos são negligenciados, puxa-se o tapete do concorrente com práticas poucos elogiáveis, coloca-se no mercado produtos sem condições ideais de comercialização. Mas é óbvio, que tudo tem o seu preço.
Uma empresa ou representante que foge à ética, pode até mesmo obter vantagens momentâneas, mas deixa uma impressão negativa difícil de apagar, que vai denegrindo a sua imagem e até mesmo da sua organização. Já uma empresa ética nas suas relações de mercado, que incluem negociações com fornecedores, ações junto aos colaboradores e clientes – tende a estabelecer uma imagem positiva e altamente favorável, propícia a novos relacionamentos. Seja ética ou não, o certo é que os colaboradores irão adquirir e disseminar os comportamentos estabelecidos pela empresa, tanto os formais quanto os informais. Por isso, as empresas éticas tendem a ter uma ambiente de trabalho mais favorável e participativo, baseado no respeito mútuo.
Para finalizar, deixo aqui uma dica: se é difícil saber o que é ético, é muito fácil saber o que não é. Ao adotar um comportamento antiético, o indivíduo sabe, no seu íntimo, que não está agindo certo. Por isso, ouça a voz da sua consciência e vale aqui aquela máxima – não faça aos outros, o que não gostaria que fizessem a você. E siga em frente.
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