O Mercado De Filtros Em Cifras

Pesquisas recentes mostram que o mercado mundial de filtros ultrapassa os 40 bilhões de dólares e terá crescimento anual de 5% até 2011


Pesquisas recentes mostram que o mercado mundial de filtros ultrapassa os 40 bilhões de dólares e terá crescimento anual de 5% até 2011

por João B. Moura

Duas importantes empresas internacionais de pesquisa - Freedonia e McIlvaine - divulgaram recentemente, estudos que confirmam a tendência de crescimento do mercado de filtros em todo mundo, situação já apontada em matérias e análises publicadas pela Revista e Portal Meio Filtrante, editados pela agência de comunicação integrada L3ppm – publicidade, propaganda e marketing. Além de prestar serviços de comunicação de maneira global em diversos setores, a L3ppm mantém uma área específica para o mercado de filtros, dentro da Divisão de Inteligência de Mercado, responsável pelo levantamento e mensuração dos estudos conduzidos no Brasil.
Os resultados são bastante animadores para o mercado, projetando um crescimento anual entre 5 e 5,7%, devendo alcançar entre 47 a 49 bilhões de dólares de faturamento em 2011. Além de confirmar o crescimento do segmento, os estudos trazem notícias ainda melhores para mercados emergentes como a América Latina, onde o crescimento deverá ser superior ao da média global.

O Mercado De Filtros Em Cifras

Entre 2010 e 2011, a China ultrapassará o Japão e chegará a ser o segundo maior mercado mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Ainda assim, os Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão deverão continuar na posição de líderes no consumo de filtros, respondendo por cerca de 60% do mercado global. Entre países que ganharão destaque no setor estão Índia, Rússia, Turquia, Indonésia e Tailândia.
A economia mundial deverá proporcionar melhores condições de compra para a população e entre os fatores que contribuirão para o cenário positivo no mercado de filtros estão a crescente industrialização global e o endurecimento das leis ambientais em todo o mundo.
O que pode representar boas notícias para o mercado, pode não ser tão bom para o meio ambiente. A qualidade do ar deverá piorar ainda mais em função do aumento da poluição, crescimento populacional, construção de novas usinas de força e estações para incinerar lixo e resíduos, o que fará disparar o mercado de purificação de ar e ar condicionado. É importante notar que aplicações recentes de filtros incluem a desodorização de geladeiras e automóveis, além dos filtros já tradicionais, abrindo novas possibilidades e aplicações.
O setor de purificação de líquidos, com especial atenção para a água e água de reúso, também irá ser beneficiado, ficando pouco atrás da purificação de ar entre os mercados com crescimento mais acentuado. A maior conscientização mundial em torno da poluição do ar e da água ainda fará com que sejam intensificados os investimentos em sistemas residenciais. Ainda assim, os filtros para motores de combustão e automóveis deverão continuar a representar o maior valor de mercado, pela forte tendência no aumento da produção de veículos e equipamentos motorizados, o que impulsionará também os filtros de cabine.

A América Latina
México, Brasil, Argentina e Venezuela representam os principais players de mercado na América Latina. Em grande desenvolvimento, mas ainda longe do volume dos maiores mercados mundiais, a América Latina deve responder atualmente por cerca de 5 bilhões de dólares da fatia mundial, segundo pesquisa realizada pela revista Meio Filtrante, que ouviu importadores, exportadores e contatos internacionais, divulgada em matéria na edição n° 31, que mostrou os novos caminhos e a realidade da região.
Os estudos internacionais são otimistas quanto ao crescimento latino-americano, que certamente ficará acima dos 5% anuais em todos os setores. A informação foi confirmada também nas pesquisas realizadas pela publicação, onde foram obtidos percentuais de crescimento superiores a 5% ao ano, garantindo o mercado pelos próximos anos.

A situação no Brasil
Diz a história que Colombo descobriu a América em 1492. Ao menos, foi isso o que aprendemos na escola e essa é a versão mais aceita até hoje. Entretanto, há controvérsias: historiadores dissidentes afirmam que chineses, vikings e até mesmo parentes distantes dos australianos antigos – já haviam pisado as novas terras e singrado os mares “nunca dantes navegados”, anos à frente de Colombo e dos espanhóis.
Antes da descoberta do Novo Mundo, os mapas se resumiam a três partes – Europa, Ásia e África – e a dois mares navegáveis, o Índico e o Mediterrâneo. E pasmem, era a mesma concepção geográfica herdada dos antigos gregos e romanos. Apenas com a audácia principalmente dos portugueses, espanhóis e ingleses, o mapa-múndi ganhou novos contornos com a inclusão da América e da Oceania.
O próprio Brasil tem uma história curiosa na sua mensuração. De início, ao aportar no Brasil, Cabral pensou ter descoberto uma ilha, denominando-a Ilha de Vera Cruz. Com o tempo, percebeu-se que a extensão geográfica era maior do que supunha, passando a ser conhecida como Terra de Santa Cruz, e só depois, Brasil.
Essa questão geográfica ilustra bem a dificuldade em mapear novas descobertas, mesmo nos dias atuais. Não é segredo que o mercado de filtros é uma área em franco desenvolvimento no Brasil, sobre o qual há grande carência de dados precisos. Levantamento preliminar publicado há exatamente um ano pela Revista e Portal Meio Filtrante (edição n° 26, referente aos meses maio/junho de 2007), baseado em cinco anos de pesquisas, entrevistas e estimativas, além de dados fornecidos pelas duas principais entidades nacionais do segmento – Abrafipa (Associação Brasileira das Empresas de Filtros, Purificadores, Bebedouros e Equipamentos para Tratamento de Água) e Abrafiltros (Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos e Industriais) - mostraram que o mercado brasileiro já passava de um bilhão de dólares ao ano. A divulgação do estudo pioneiro foi o estopim para que outras empresas e profissionais do mercado se manifestassem, contribuindo para que os números fossem atualizados e chegassem ainda mais perto de um cenário real.
Desde o último levantamento, Meio Filtrante ouviu mais especialistas, realizou novos estudos e pesquisas sobre o assunto. Hoje, levando-se em consideração o crescimento do mercado e fatores que surgiram após os dados divulgados em 2007, principalmente quanto ao emprego de filtros nas indústrias petrolíferas e equipamentos de irrigação, já há um consenso de que o Brasil ultrapassou a casa dos 2 bilhões de dólares na escala mundial, numa projeção ainda conservadora para a qual muito contribuiu o estabelecimento da Abrafiltros, que iniciou a aproximação de representantes de diversos segmentos das áreas automotiva e industrial - entidade ainda em crescimento. Em reunião realizada pela associação em 15 de abril, o assunto tornou a ser discutido e foi mencionado que o setor petrolífero ainda guarda um volume expressivo não computado na cifra nacional, em função do uso de soluções customizadas e de grande rotatividade. Essas e outras novidades devem render ainda muitas surpresas e contribuir para o crescimento sustentável do mercado nacional pelos próximos cinco anos.
Sem dúvida alguma, o segmento industrial ainda é a área mais difícil a ser mensurada, em função da grande ramificação nas famílias de produtos e da distância de relacionamento entre as empresas, para as quais a Abrafiltros busca criar atrativos e conscientizar que a união de todos em torno de objetivos comuns é imprescindível para o crescimento do mercado.
No setor residencial onde atua a Abrafipa, os números já estavam mais consolidados e não sofreram grandes alterações além do crescimento constante apresentado pelo mercado no período.
A divisão do mercado no país está estimada da seguinte forma: o setor de filtros industriais é responsável por quase a metade do valor do mercado nacional, com 46% do faturamento anual, compreendido por filtros cartuchos, elementos filtrantes, carcaças em geral, tecidos técnicos utilizados em sistemas de filtração, bolsas filtrantes, filtros prensa, filtros manga, filtros a vácuo, membranas, equipamentos/filtros para tratamento de água, gás, derivados de petróleo, filtros farmacêuticos, filtros de areia, sistemas de despoeiramento e autolimpantes e outros; já o setor de filtros automotivos, que tem registrado desempenho crescente, fica em segundo com 36%, representado por filtros de ar, óleo, combustível, ar-condicionado (cabine), microfiltros, e outros, tanto para automóveis, motocicletas, utilitários, caminhões, tratores, ônibus etc.; e o setor residencial representa 18% do mercado global, englobando filtros por gravidade, pressão (de parede e torneira), purificadores, bebedouros e ozonizadores. Independente dos números, é importante que o homem saiba equilibrar o crescimento econômico e a manutenção das condições ambientais, onde os filtros terão papel fundamental na preservação da vida. Com bom senso, rígidas leis ambientais, programas de conscientização e o amplo emprego de filtros, o futuro de todos e das novas gerações estará garantido. O Mercado De Filtros Em Cifras

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