Após anos investindo em opções alternativas para abastecer energeticamente suas estruturas, o Google anunciou recentemente que rodará apenas a partir de fontes renováveis já em 2017. 

Para alcançar o objetivo, a empresa tem investido em produção própria, fornecedores de energia limpa e, principalmente, na eficiência energética em todas as suas áreas de atuação.

Conforme informado por Neha Palmer, líder global do departamento de estratégia energética do Google, a cada unidade de energia consumida, a empresa comprará o equivalente ou mais em energia renovável. A estratégia é usar diretamente a fonte, mas quando isso não for possível, fazer a compensação dentro do mesmo segmento.

A primeira vez que o Google mostrou interesse e compromisso com as renováveis foi em 2010, quando procurou pela energia eólica. Em 2014 a companhia já tinha 37% de sua demanda proveniente de fontes limpas e o percentual subiu para 44 em 2015.

O desafio não é apenas em produzir eletricidade sem emitir gases de efeito estufa, mas, principalmente reduzir o desperdício e o uso, já que a empresa cresce a cada dia e a demanda por espaços em data centers também vai na mesma proporção. Para se ter uma ideia, em apenas cinco anos, os centros de dados do Google passaram a demandar 3,5 vezes mais energia computacional.

Os investimentos em eficiência são essenciais para que a empresa chegue aos 100% de energia renovável. "Se você cobrir todo o telhado de um data center com painéis solares, talvez você consiga produzir 5% da energia necessária para o seu abastecimento. Se você espera chegar aos 100%, a única opção atualmente é comprar eletricidade a partir de outros projetos", explicou Hervé Touati, diretor do Rocky Mountain Institute, ao site Green Tech Media.

A fábrica do BMW Group em Araquari (SC) venceu mais um prêmio em 2016, desta vez no âmbito ambiental. Em cerimônia realizada na FIESC - Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina, a fábrica brasileira recebeu o troféu Fritz Müller, na categoria Resíduos Sólidos, concedido pela FATMA - Fundação do Meio Ambiente do governo de Santa Catarina.

A premiação contou com a participação de 50 organizações, inscritas em diferentes categorias, e que foram avaliadas pela Fatma. O prêmio, que está na 18ª edição, leva o nome do ambientalista e padre alemão, Johann Friedrich Theodor Müller, que viveu por 45 anos em Blumenau (SC) e é reconhecido mundialmente por seus estudos. Antes de serem analisados por uma comissão, os cases inscritos ficaram à disposição de todos os servidores da Fatma por cinco dias para considerações.

"É um grande orgulho ver nossa fábrica do BMW Group, em Araquari, vencer mais uma vez um prêmio tão importante na região. Apostamos no mercado local, trazendo para o País a expertise de nossas fábricas no mundo e adicionando o conhecimento dos nossos colaboradores e parceiros brasileiros, e estamos colhendo belos resultados", afirma Carsten Stoecker, vice-presidente sênior da fábrica do BMW Group em Araquari.

A fábrica prioriza o reúso e a reciclagem em seus processos, reduzindo o descarte a valores mínimos, filosofia de todo o BMW Group, que procura sempre aplicar políticas ambientais sustentáveis, responsáveis e economicamente viáveis. Assim, o correto gerenciamento dos resíduos sólidos foi e sempre será um elemento chave essencial para prevenção dos impactos ambientais durante a implantação e operação dos processos do BMW Group.

O grupo está engajado na gestão da reciclagem, potencializando os ciclos de vida dos resíduos gerados. Essa ação se dá por meio do uso eficiente de recursos e do aproveitamento energético dos resíduos gerados.

Além do atendimento aos requisitos legais aplicáveis, a empresa procura motivar seus colaboradores na busca por novas alternativas para redução dos resíduos gerados nas fontes. Esse processo é considerado globalmente desde a concepção de novos produtos juntamente à matriz, localizada na Alemanha.

A gestão de resíduos é considerada parte integrante dos processos produtivos. Neste contexto, a geração de resíduos é contemplada dentro dos mapas de processo de cada um dos departamentos e considerada como indicador-chave para definição de metas junto à alta direção. Todos os resíduos gerados são previamente mapeados e, para cada um deles, há um fluxo definido. O processo inicia-se com a identificação do resíduo durante o planejamento da atividade em que é gerado. Neste ponto são definidas estratégias de acondicionamento, transporte interno e armazenamento temporário.

Na fábrica do BMW Group em Araquari, a reciclagem é parte da cultura dos colaboradores. Cada um é responsável pela correta segregação dos resíduos gerados em seu posto de trabalho. Para isso, treinamentos e comunicação constante fazem parte da rotina da fábrica.

No ano de 2016 (resultados acumulados até setembro), a fábrica do BMW Group em Araquari registra um índice de reciclagem de seus resíduos de 97,9%. Dos resíduos não reciclados, cerca de 70% são orgânicos oriundos do restaurante da empresa.

Levando este número em consideração, a empresa se ocupa na conscientização de seus colaboradores para a diminuição do desperdício, e também, a partir de outubro de 2016, iniciou parceria com a Empresa Procomposto, um projeto de compostagem destes resíduos. Nessa direção, já está no planejamento a utilização desse adubo orgânico na fertilização das áreas verdes da fábrica, num ciclo aberto de "loop de reciclagem".

Com uma área total de 1,5 milhão de metros quadrados, a fábrica do BMW Group no Brasil é a 30ª unidade fabril da empresa no mundo, em 14 países.