Investidores Globais Lançam Guia Para Que O Setor Automotivo Combata As Mudanças Climáticas

Menos de uma semana depois que a ONU confirmou que o Acordo de Paris entrará em vigor em 4 de novembro deste ano, uma rede global de mais de 250 investidores institucionais


Menos de uma semana depois que a ONU confirmou que o Acordo de Paris entrará em vigor em 4 de novembro deste ano, uma rede global de mais de 250 investidores institucionais (representando ativos no valor de mais de US$ 24 trilhões) publicou um guia descrevendo como as mudanças climáticas ameaçam o setor automotivo e quais são as expectativas dos investidores sobre como essas empresas têm de adaptar suas estratégias de negócios para lidar com tais riscos e construir um sistema sustentável de transporte de baixo carbono para o futuro.
As expectativas dos investidores sobre as empresas automotivas - mudar a marcha para acelerar a transição para veículos de baixo carbono visa permitir que os investidores se envolvam com os conselhos de empresas do setor automotivo (incluindo fornecedores de componentes) em seus esforços para repensar seus modelos de negócio e contribuir diretamente para o desenvolvimento de tecnologias veiculares mais sustentáveis, a fim de mitigar os riscos relacionados com as mudanças climáticas no longo prazo. As expectativas contidas no guia vão além de sugerir que as empresas automotivas apoiem o cumprimento do regime regulatório de 2° C. Ele pede que a indústria automotiva:
• Envolva-se ativamente com fornecedores, governos e seus pares para inovar com veículos de zero emissões e a respectiva infraestrutura de apoio;
• Feche a lacuna entre o mundo real e os testes de emissões;
• Pró-ativamente ajuste seus modelos de negócio para incorporar uma estratégia de longo prazo que inclua a descarbonização e a mudança para a prestação de serviços de mobilidade mantendo vantagem competitiva sobre seus pares;
• Invista substancialmente em tecnologias de condução e pipelines de produtos sustentáveis;
• Estabeleça metas significativas e métricas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa nas operações, frota e cadeia de fornecimento;
• Envolva-se publicamente com os formuladores de políticas, investidores e o restante da indústria para colocar a sustentabilidade no centro do futuro da indústria.
Este guia foi desenvolvido pelo Grupo de Investidores Institucionais sobre Mudanças do Clima (IIGCC), com o apoio de outras redes de investidores na América do Norte (INCR, da Ceres), Ásia (AIGCC) e Australásia (IGCC), no âmbito da Coalização Global de Investidores [http://globalinvestorcoalition.org]. Ele deve ser usado em conjunto com Expectativas dos Investidores Institucionais sobre Gestão de Riscos Climáticos [http://www.iigcc.org/publications/publication/institutional-investors-expectations-of-corporate-climate-risk-management] e é o último de uma série de guias setorias temáticos produzidos para apoiar o envolvimento dos investidores com setores-chave para reduzir ativos de carbono e riscos climáticos. Ele se junta à guias já existentes sobre o envolvimento dos setores de petróleo e gás, mineração e empresas de serviços públicos com o tema. 
Para o Dr. Hans-Christoph Hirt, co-chefe de Hermes EOS - equipe de administração do Hermes Investment Management, que conduziu a elaboração do guia, "investidores de longo prazo querem garantir que as empresas automotivas estejam preparadas para os desafios decorrentes das alterações climáticas, das novas tecnologias, de políticas cambiantes e das mudanças na demanda causadas por tendências globais. Os investidores esperam que tais estratégias sejam de responsabilidade dos conselhos das empresas e que as metas de redução das emissões sejam desafiadoras." 
Stephanie Pfeifer, CEO da rede de investidores europeus IIGCC, lembrou que "Como consequência do Acordo de Paris, os investidores esperam que os quadros regulamentares que afetam o setor automotivo se tornem muito mais rigorosos. Várias empresas automotivas já reconheceram que devem aumentar as despesas de capital em tecnologia e no pipeline de produtos sustentáveis se quiserem desenvolver um modelo de negócio resiliente ao clima.". 
Chris Davis, diretor sênior do programa de risco climático da Rede de Investidores Ceres, alertou: "Um número crescente de investidores institucionais reconhecem que as mudanças climática terão impacto sobre suas participações e carteiras de investimentos e sobre os valores dos ativos no curto e longo prazo. Para alcançar retornos sustentáveis, os investidores do setor automotivo devem se engajar para assegurar que as empresas estejam preparadas para prosperar em um ambiente de negócio no qual há restrições ao carbono e apoiar uma ação política robusta o suficiente para conduzir a transição para veículos não poluentes." 
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