Ar Comprimido De Alta Qualidade

Tratamento adequado evita danos nos equipamentos e no produto final


Ar Comprimido De Alta Qualidade

Tratamento

As necessidades da indústria são definidas pela qualidade do ar, pela quantidade e pelo nível de pressão. O ar comprimido contém, de forma geral, três tipos de contaminantes: partículas, provenientes do ambiente local, dos compressores e/ou da parte interna da tubulação; água, resultante da umidade contida no próprio ambiente e, por fim, o óleo, originário do contato do ar com as partes lubrificadas do compressor ou do próprio ambiente. "Tais contaminantes podem causar diversos problemas nos processos industriais, como imperfeições nos procedimentos de pintura, erros de leitura nos instrumentos, contaminações de alimentos e embalagens e falhas dos atuadores pneumáticos, ocasionando sua manutenção frequente. Ou seja, um pequeno investimento em um ar de boa qualidade evita grandes danos nos equipamentos e produtos finais, representando uma economia significativa para o processo", indicam os engenheiros da Apexfil.
"O não tratamento do ar comprimido, através de filtros, impacta no incremento das intervenções (manutenções) dos equipamentos pneumáticos e na própria vida útil dos mesmos. Em outras situações, onde o ar comprimido é utilizado diretamente no processo, temos o agravante da perda de qualidade do produto final resultando em retrabalho nos mesmos ou até seu descarte", complementa o gerente de desenvolvimento de negócios da plataforma de tratamento de ar e gases comprimido da Parker, engenheiro Carlos Leone.
Para evitar os contaminantes e garantir um produto final de alta qualidade, o tratamento de ar comprimido conta com três tipos principais de filtros utilizados, sendo eles os pré-filtros, os filtros coalescentes e os filtros adsorvedores.
O pré-filtro, também conhecido como filtro de partículas, como o próprio nome já sugere, é um filtro destinado à remoção de partículas sólidas instalado antes do filtro coalescente, a fim de retirar contaminantes mais grosseiros. Normalmente apresentam meio filtrante em celulose ou poliéster. "Filtros de partículas possuem capacidade de retenção na faixa de 3 a 40 micra sendo largamente utilizado em sistemas de preparação do ar comprimido. Conseguem evitar que partículas, provenientes de tubulações em processo de corrosão, sejam arrastadas para os equipamentos pneumáticos. Líquidos em geral também podem ser eliminados pelo processo de centrifugação característicos destes filtros. Sua instalação é indicada o mais próximo possível do ponto de utilização do ar comprimido", explica Leone.
Os filtros de partículas possuem como principal vantagem o fato de prolongarem a vida útil do filtro coalescente localizado após o pré-filtro, entretanto representam um custo adicional na instalação da linha de filtração. "A economia trazida a médio prazo por esse investimento, no entanto, justifica tal custo inicial um pouco mais elevado, representando um ótimo custo-benefício", afirmam os especialistas da Apexfil.
Os filtros coalescentes, por sua vez, possuem a função de remover do ar comprimido ou gases, partículas sólidas menores e emulsões de óleo e água condensada. "Em sua fabricação são utilizados meios filtrantes com porosidade graduada, que promovem a aglutinação de partículas líquidas pequenas em gotículas maiores, susceptíveis à força gravitacional, sendo esse fenômeno conhecido como coalescência", comentam Edison, Felipe e Paula.
Estes filtros possuem capacidade de retenção de partículas sólidas na faixa de 1 a 0,01 micron e a função de coalescer (agrupamento de líquidos ou aerossóis de água e óleo) para posterior eliminação pelo sistema de drenagem do filtro. "Na característica de coalescência a faixa varia de 0,6 até 0,01 mg/m³. Podem ser instalados desde a geração do ar comprimido e também nos pontos de uso", indica Leone.
Já o filtro adsorvedor são utilizados em situações que exigem uma filtração mais rigorosa, entretanto são filtros muito sensíveis a contaminantes sólidos e água, e por isto devem ser obrigatoriamente precedidos de um filtro coalescente. "Filtros adsorvedores tem como característica a eliminação de água na forma de aerossol e vapor. Devem necessariamente ser protegidos por filtros coalescentes evitando que o material adsorvedor (dessecante) sofra deterioração prematura por óleo ou água na forma líquida. Atinge ponto de orvalho até -40°C e sua aplicação é para ponto de uso", explica o gerente de desenvolvimento de negócios da Parker.

Cuidados
Uma medida muito importante a ser adotada durante a filtração do ar comprimido é o monitoramento da perda de carga no filtro, uma vez que quando ele se torna saturado, pode ocorrer o arraste de partículas contaminantes, prejudicando a eficiência de filtração. "Consequentemente é imprescindível a troca dos elementos filtrantes saturados, visto que além da perda de eficiência do filtro, ocorre ainda um aumento do consumo de energia elétrica, pois os compressores são forçados a operar mais intensamente e/ou por um período maior para fornecer o ar comprimido necessário", alertam os engenheiros da Apexfil.
Apesar de existirem apenas três sistemas de filtragem, para um real tratamento do ar comprimido, é preciso identificar qual ou quais sistemas são aplicados para um perfeito resultado. "Muitas vezes nos deparamos com sistema corretos, porém instalados em pontos incorretos comprometendo o resultado final. Para isso a participação dos consultores técnicos dos fabricantes no processo aliado a real necessidade do tratamento se torna indispensável", indica Leone.

Ar Comprimido De Alta Qualidade

Normas
Para garantir a qualidade do ar comprido existem duas importantes normas que regulam o setor: a ISO 8573 e a ISO 12.500.
O conjunto de normas internacionais ISO 8573 é a principal referência em relação à qualidade do ar comprimido. Ele especifica a pureza do ar comprimido necessário para um determinado ponto em um sistema de ar comprimido. Essa norma é composta por nove partes, sendo a primeira dedicada à especificação dos requisitos de qualidade do ar comprimido utilizado em aplicações gerais. Ela o categoriza em classes de acordo com a concentração, no caso de partículas de sólidos e óleo, e de acordo com a temperatura de condensação, no caso da água. Já as partes 2 a 9 definem os métodos de teste para cada conjunto de contaminantes.
Já a série ISO 12500 foi criada especificamente para avaliar equipamentos de purificação, complementando a série ISO 8573. Atualmente, a norma consiste em quatro partes, que determinam os padrões de avaliação de filtros coalescentes, adsorventes, particulados e equipamentos para remoção de água, respectivamente.

Mercado
A conscientização do mercado em proteger os sistemas pneumáticos avança largamente no Brasil. O uso de filtros coalescentes tornou-se comum nas indústrias e são utilizados nas mais diversas aplicações. Entretanto, falta ainda uma maior conscientização quanto a análise de eficiência energética. "Culturalmente o preço tem grande impacto quando da escolha dos filtros e de seus elementos de reposição. Avaliar o processo como um todo, que vai desde a identificação da necessidade, aquisição do filtro e tempo de reposição dos elementos filtrantes tem sido o grande desafio para a mudança desta cultura. Evidente que outros fatores devem ser avaliados dentre os quais se destacam a confiabilidade do produto adquirido quanto ao que se destina e principalmente o impacto na redução de pressão (perda de carga) quando da passagem pelos filtros. Esta análise nos leva a custos operacionais muitas vezes não avaliados e com grande representatividade no processo", afirma Leone.
Além disso, a crise econômica tem afetado as indústrias de maneira generalizada e, portanto, as perspectivas não são tão favoráveis. Nesse caso, a exportação tem se mostrado como uma alternativa interessante para se contornar essa situação.
"Nesse contexto, o desenvolvimento de novas tecnologias e equipamentos com maior eficiência energética são essenciais para o êxito de qualquer empresa operando nesse mercado. Assim, a Apexfil apresenta investimento contínuo em inovação e prospecção de novos materiais e configurações que forneçam elevada eficiência com custos reduzidos", afirmam os engenheiros da Apexfil.
Nesse sentido, os filtros coalescentes Apexfil são confeccionados com materiais de última geração, com configuração plissada, que proporciona área de filtração até três vezes maiores, reduzindo a perda de carga e aumentando o tempo de vida do filtro.
A linha de tratamento de ar comprido e gases da Apexfil é composta pelos produtos: Filtro APPF (Pré-filtro), apresentam poros controlados que retêm partículas maiores que 3 µm com eficiência de 99%. Seu meio filtrante é composto por celulose revestida com resina ou poliéster plissados, que garantem a retenção nos padrões mais exigentes; Filtros coalescentes APFF e APSF, são compostos por materiais filtrantes especiais de densidade graduada, que proporcionam a retenção de partículas finas com baixa perda de carga; e filtro de carvão ativado APCA, que apresenta uma camada central de carvão ativado, apresentando alta eficiência na obtenção de ar inodoro e com concentração bastante reduzida de óleo. Verifica-se após este filtro conteúdo de óleo residual de aproximadamente 0,003 ppm.
Já a Parker possui produtos para as três linhas de filtração (partículas, coalescentes e adsorvedores). A linha de filtros da série Oil-X Evolution (domnick hunter) possui diferenciais tecnológicos como tratamento oelofóbico e hidrofóbico no meio filtrante plissado, capacidade de retenção de partículas sólidas até 96% de sua capacidade física proporcionando elevado tempo de vida útil, em média o dobro quando comparado aos principais concorrentes mundiais, sem perder a eficiência de filtração. 


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