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Indicadores De Mercado

Mercado de veículos seminovos cresce 84% na crise e registra negócios de R$ 7,8 bi em 2016. O mercado de veículos seminovos e usados é um dos poucos setores que registram crescimento no período de crise econômica no Brasil



Indicadores De Mercado

Mercado de veículos seminovos cresce 84% na crise e registra negócios de R$ 7,8 bi em 2016

O mercado de veículos seminovos e usados é um dos poucos setores que registram crescimento no período de crise econômica no Brasil. As vendas apuradas de janeiro a agosto deste ano somam cerca de R$ 7,8 bilhões, um crescimento de 84% em relação ao mesmo período do ano anterior, com R$ 4,2 bilhões. Os dados são da plataforma AutoAvaliar, sistema de gestão de vendas e estoques utilizado em mais de 1,3 mil concessionárias de veículos e cerca de 20 mil revendedores multimarcas no Brasil.
O levantamento da AutoAvaliar mostra ainda que o custo médio com as transações de seminovos e usados também subiu de um ano para outro. De janeiro a agosto de 2016, a média foi de R$ 22,5 mil por automóvel, ante os R$ 19,9 mil verificados no mesmo período de 2015, um crescimento de 13%.
Segundo Daniel Nino, diretor da AutoAvaliar, o mercado de seminovos foi, de certa forma, beneficiado com a crise, à medida que os gastos dos brasileiros foram direcionados para itens mais baratos. "O consumidor tem preferido um seminovo, com um valor mais em conta, já que sabe que vai conseguir pagar, do que um veículo zero quilômetro, cujas prestações podem ser bem mais onerosas", afirmou Nino.

Anfavea apresenta dados da indústria automobilística 

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Anfavea, divulgou recentemente o resultado da indústria automobilística brasileira em setembro e no período acumulado do ano. Os dados apontam retração de 13% nas vendas de veículos novos, com 160 mil unidades comercializadas no último mês e 183,9 mil em agosto.
Na análise contra as 200,1 mil unidades licenciadas em setembro do ano passado, o setor registrou baixa de 20,1%. No acumulado no ano, com 1,51 milhão de unidades, a queda foi de 22,8% – em 2015 foram vendidos 1,95 milhão no mesmo período. Na visão do presidente da Anfavea, Antonio Megale, alguns fatores justificam o resultado neste mês: "O desempenho caminha no sentido da estabilidade, mas fatores pontuais têm provocado variações inesperadas. Além de setembro ter dois dias úteis a menos, notamos dificuldade dos consumidores em conseguir financiamento de veículos novos, uma vez que os bancos estavam em greve, o que certamente influenciou o balanço".
A produção ficou menor em 3,9%, com 170,8 mil unidades em setembro e 177,7 mil em agosto. Na análise contra as 174,6 mil de setembro de 2015, a diminuição foi de 2,2%.
O setor automotivo produziu no acumulado deste ano 1,55 milhão de unidades, o que mostra contração de 18,5% no comparativo com as 1,90 milhão do ano anterior.As exportações nos meses já transcorridos de 2016 acumulam 351,2 mil unidades e está 19,2% superior do que o ano passado, quando 294,7 mil unidades foram enviadas para outros países. No nono mês do ano 38,8 mil unidades foram exportadas, o que representa baixa de 3,5% ante as 40,2 mil unidades de agosto e de aumento de 15,8% contra as 33,5 mil de setembro do ano passado.

Caminhões e ônibus
As vendas de caminhões em setembro apresentaram baixa de 4,6% com relação a agosto – 4,2 mil unidades contra 4,4 mil – e de 29,2% frente a setembro de 2015, quando 5,9 mil produtos foram licenciados. O total de unidades comercializadas no acumulado ficou 30% abaixo, com 38,9 mil unidades este ano contra 55,5 mil no ano passado.
A produção recuou 21,7% no acumulado do ano ao se defrontar as 46,4 mil unidades em 2016 com as 59,3 mil do ano anterior. Em setembro 4,8 mil unidades saíram das linhas de montagem, o que significa queda de 7% frente as 5,2 mil de agosto e de 16,7% com relação as 5,8 mil de setembro do ano passado.
As exportações do segmento permaneceram em alta em setembro: foram 2,5 mil no último mês e 1,5 mil em agosto, o que representou elevação de 66,9%. Quando comparado com as 2 mil de setembro do ano passado, o registro é de crescimento de 24,4%. Na soma de janeiro a setembro deste ano, 15,3 mil unidades foram exportadas, resultado menor em 0,7% frente as 15,4 mil unidades de 2015.
As vendas de ônibus encerraram setembro com diminuição de 42,4% na comparação das 701 unidades no mês com as 1,2 mil licenciadas em agosto. No comparativo contra setembro do ano passado, a retração foi de 46,2%, com 1,3 mil unidades naquele período. Nos nove meses já transcorridos do ano o recuo foi de 32,2%, quando comparadas as 9,3 mil unidades vendidas este ano com as 13,7 mil no ano passado.
No último mês foram produzidos 2,1 mil chassis para ônibus, superior em 46,4 % sobre os 1,5 mil de agosto e 24,1% acima do mesmo período do ano passado, com 1,7 mil. O acumulado registra 14,5 mil unidades fabricadas, 22,5% menor frente as 18,7 mil do ano passado.
As exportações de ônibus no acumulado do ano ficaram maiores em 33,8% – foram 7 mil unidades em 2016 e 5,2 mil no ano passado.

Máquinas agrícolas e rodoviárias
As vendas no segmento agrícola e rodoviário cresceram 6,1% em setembro: foram 4,8 mil unidades contra 4,5 mil em agosto e aumentaram 22,2% ante as 3,9 mil unidades vendidas em setembro do ano passado. As vendas no acumulado registraram redução de 17,4% quando comparadas as 30,4 mil unidades deste ano com as 36,8 mil do ano passado.
A produção de máquinas autopropulsadas em setembro foi de 5,1 mil unidades, o que representa baixa de 13,6% frente as 5,9 mil unidades de agosto e de expansão de 0,9% se comparado com as 5 mil de setembro do ano passado. Até o último mês a produção chegou a 35,8 mil unidades, o que significa recuo de 21,7% contra o ano passado com 45,7 mil.
Nestes nove meses do ano 7 mil unidades foram negociadas com outros países, número inferior em 8,6% contra as 7,7 mil do ano passado. 

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