Apoiados no crescimento do mercado de motos, a Sogefi investe no incremento de produtos para que seja possível atender a esta demanda. As motocicletas utilizam filtros de óleo, combustível e ar. Segundo a empresa, não há tantas novidades quanto aos filtro
Apoiados no crescimento do mercado de motos, a Sogefi investe no incremento de produtos para que seja possível atender a esta demanda. As motocicletas utilizam filtros de óleo, combustível e ar. Segundo a empresa, não há tantas novidades quanto aos filtros de ar e óleo. Em relação às matérias-primas de produção ou processos, há novidades nos formatos. "Hoje as motocicletas novas estão equipadas com filtros que até então não existiam. E até um tempo atrás nenhuma, ou quase nenhuma, moto era equipada com filtro de combustível. Com a chegada dos veículos Flex, as motocicletas o utilizam para filtrar tanto a gasolina quanto o etanol" – conta Ronilso Toledo, supervisor de assistência técnica da Sogefi Filtration do Brasil.
Cada caso depende do desenvolvimento junto da montadora da motocicleta. "Com a evolução da tecnologia de filtragem, principalmente com a chegada da alimentação de combustível por injeção eletrônica, hoje existem filtros com estrutura metálica e papel, filtros desenvolvidos com poliuretano e papel e os mais usados são filtros construídos com quadro rígido plástico fundido direto no papel" – ressalta Fábio Oliveira de Castro, gerente de desenvolvimento de produto e qualidade da Wega Motors.
Ele cita o filtro do combustível que atende ao sistema de injeção eletrônica. "Sua moderna estrutura em plástico resistente, superdimensionada para resistir à pressurização da bomba do combustível e bicos com perfeita vedação no encaixe do engate rápido, garante o perfeito funcionamento em todo o período que estiver aplicado na motocicleta" – destaca.
Para o filtro do óleo, todo o conjunto e componentes são essenciais para o perfeito funcionamento e filtragem do óleo. Segundo Castro, são dois tipos de filtros, blindados e cartucho (refil), cada modelo para sua aplicação específica, devendo ser feita a manutenção para os dois tipos.
Características de cada categoria de motocicleta
Street – Baixa ou média cilindrada de uso urbano.
Trail – Baixa ou média cilindrada de uso misto em vias pavimentadas ou não.
Motoneta – Motociclo underbone de uso urbano, baixa cilindrada, com câmbio automático ou semiautomático.
Scooter – Motociclo com câmbio automático ou semiautomático, privilegia o conforto.
Naked – Motocicleta sem carenagem, com motor exposto e alto desempenho. Para terrenos pavimentados, é semelhante à versão "sport", sem a carenagem.
Big Trail – Média ou alta cilindrada de uso misto em terrenos pavimentados ou não.
Off Road – Qualquer cilindrada, uso exclusivo em pisos não pavimentados.
Custom – "Estradeiras" para percursos longos de estrada. Não priorizam velocidade, mas, sim, conforto.
Sport – Cilindradas médias ou superiores com carenagem que privilegia a aerodinâmica e o alto desempenho.
Ciclomotor – Veículo de duas ou três rodas com motor de combustão interna cuja cilindrada não exceda a 50 cm³.
Touring – Alta cilindrada para uso em turismo e viagens de grandes distâncias.
Fonte: Abraciclo.
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Diferentes tipos, formatos e tamanhosExistem diferentes tipos de filtros, tamanhos ou formas geométricas para cada tipo de motor das motos. "No filtro do ar, a área filtrante está ligada à cilindrada do motor, e é preciso fazer o cálculo de vazão do ar para conhecer a relação da mistura ar/combustível, fundamental para o funcionamento do motor. Caso o filtro não tenha área filtrante suficiente, compromete o fluxo do ar e a filtragem, diminuindo a eficiência do motor" – explica Castro, da Wega Motors.
Dependendo da cilindrada ou da aplicação, as motocicletas podem usar diferentes filtros e formatos. "Nas off-road, utiliza-se um filtro de espuma ou material semelhante banhado a óleo. Nas urbanas, o filtro é de papel plissado" – elenca Toledo, da Sogefi.
A construção dos filtros de moto é bem similar aos filtros de outras aplicações. "As motos de menor cilindrada não utilizam filtro de óleo, somente de combustível e de ar. Já as de alta cilindrada usam os três tipos de filtros" – salienta Eduardo Fischer, supervisor de assistência técnica da Mahle Metal Leve.
"Cada motocicleta tem diferenças quanto a pressão, vazão e até mesmo volume dos três elementos básicos para o funcionamento do motor: combustível, óleo e ar" – diz Odair Alves Júnior, assistente técnico comercial da Tecfil. Na fabricação de seus produtos, a empresa obedece aos requisitos das montadoras de motocicletas, de baixas ou altas cilindradas, atendendo com a tecnologia aplicada nos filtros à performance exigida pelos diferentes modelos.
Cuidado com filtros "alternativos"
A cultura da manutenção de filtros das motos vem mudando e precisa mudar. "Trabalhamos muito com materiais impressos, palestras, visitas nos pontos de venda para conscientizar que a manutenção programada é garantia de economia para o proprietário da motocicleta" – salienta Castro, da Wega Motors.
Segundo Toledo, por desconhecimento ou por uma possível "economia", há usuários que não fazem as manutenções corretamente, deixando de trocar os filtros ou trocando por versões "alternativas". "Por exemplo, aplicadores que retiram os filtros de ar corretos e colocam espuma de colchão no lugar na expectativa de que este material realize a filtragem da mesma forma que o filtro" – relata o supervisor de Assistência Técnica da Sogefi.
Já nos filtros de combustível e óleo, o risco é maior para a falta de manutenção e não de adaptações. "A falta da correta manutenção pode danificar o motor, aumentar o consumo e os gastos de combustível, haver perda de potência e aumento da emissão de poluentes" – adverte Toledo.
Geralmente, os motoqueiros com motos de baixa cilindrada não fazem as manutenções, o que provoca uma série de problemas. "Obstrução do filtro de ar que altera a mistura ar/combustível ou a entrada de impurezas para o motor, gerando riscos no cilindro e pistão e aumento do consumo de óleo lubrificante, reduzindo a vida útil do motor" – aponta Fischer, da Mahle.
É preciso programar a manutenção dos filtros. "Independentemente da moto ser utilizada para trabalho ou passeio, a orientação é que as manutenções sempre sejam feitas de forma preventiva. A substituição dos filtros deve obedecer à recomendação da montadora contida no manual do proprietário e ser realizada por profissional qualificado" – afirma Alves Júnior, da Tecfil.
Fique atento à manutenção
Quando há falha na manutenção de qualquer um dos filtros da motocicleta, de combustível, óleo ou ar, aumenta significativamente as chances das partes móveis do motor sofrerem desgaste prematuro, reduzindo sua vida útil. "Quando o período de troca é ultrapassado, os filtros cumprem sua função primária e entram em estado de saturação, ou seja, ficam completamente impregnados de sujeira" – alerta Alves Júnior, da Tecfil.
Filtro de combustível – Quando entupido, sujo e saturado, impede o fluxo contínuo do combustível, gerando falhas no funcionamento do motor e podendo levar à parada total dele por não permitir a passagem do combustível para o sistema, prejudicando, atrasando e colocando em risco o condutor da moto.
Filtro do óleo – Garante óleo limpo e impede a passagem de partículas indesejáveis advindas da fricção das peças para dentro do motor, evitando desgastes excessivos das partes móveis durante seu funcionamento. Quando saturado, o filtro de óleo libera o funcionamento da válvula de segurança para que o fluxo de óleo até o motor não seja comprometido. Porém, com a válvula acionada, o óleo não terá filtração.
Filtro do ar – Retém impurezas do ambiente externo, fazendo que somente ar limpo entre no motor. O filtro de ar saturado reduz o volume de ar recebido pelo motor, por isso, fazer a troca na hora certa evita aumento do consumo do combustível, aquecimento do motor, perda de potência e diminui a emissão dos gases poluentes do escapamento.
Números do setor
Exportação de motos cai 16,8% em 2018 e projeção para 2019 é de mais queda: 28%
O desempenho das exportações de motos caiu em 2018 e o cálculo é de que cairá mais em 2019. Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontam que, em 2018, houve queda de 16,8% – com 68.073 unidades diante 81.789 em 2017 – devido à redução da demanda da Argentina, principal destino das motos. Conforme o então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), em 2018, a Argentina representou 69,6% do total de motocicletas exportadas pelo Brasil, seguida dos Estados Unidos (9,1%) e da Colômbia (7,6%).
Mercado brasileiro
Em relação ao mercado brasileiro, de acordo com a Abraciclo, em 2018, foram fabricadas 1.036.846 unidades e, em 2017, 882.876, alta de 17,4%. Segundo Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, o resultado é reflexo da retomada da confiança do consumidor, da recuperação econômica, do aumento da oferta de crédito e do número de lançamentos de novos modelos. Para 2019, o setor prevê produzir 1.080.000 unidades, alta de 4,2% sobre 2018.
Vendas no atacado
As vendas do atacado – dos fabricantes para as concessionárias – fecharam 2018 com alta de 17,6% sobre 2017, sendo comercializadas 957.617 unidades em 2018 e 814.573 em 2017.
Vendas no varejo
Segundo dados do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam), em 2018 foram emplacadas 940.108 motocicletas, alta de 10,5% comparado com 2017 (851.013 unidades). O setor calcula crescimento de 6,2% nas vendas no varejo. A Região Sul teve a maior variação percentual de vendas do varejo do País em 2018, com alta de 24,4% (102.406 motocicletas emplacadas) sobre 2017 (82.295 unidades). A Região Sudeste continua com a maior participação, de 35,3% (332.078), seguida da Nordeste, com 32,2% (302.325).
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