Mercado
Por Meio Filtrante
Edição Nº 102 - Janeiro/Fevereiro de 2020 - Ano 18
Confira as novidades no mercado industrial
ZF e chinesa Wolong Electric criam joint venture para produção de motores e componentes elétricos
ZF fecha pedido com volume considerável de subcomponentes de motores elétricos para a Wolong Electric
A parceria fortalece o engajamento da ZF no maior mercado de eletromobilidade do mundo
A ZF Friedrichshafen AG e a Wolong Electric Group Co., Ltd, da China, estão fortalecendo sua cooperação. As duas empresas assinaram um acordo para criar uma joint venture que produzirá componentes e motores elétricos para aplicações automotivas. Esta parceria ampliará o portfólio de produtos da ZF e aumentará a competitividade em sistemas de transmissão elétrica.
"A parceria com a Wolong, importante empresa do mercado chinês de motores e componentes elétricos, é um grande passo para fortalecer nossa estratégia de mobilidade elétrica. Com esta joint venture, ampliamos nossa cadeia de valor para motores elétricos, de forma a incluir subcomponentes e poder acessar clientes e fornecedores na China", diz Jörg Grotendorst, Head da Divisão de E-Mobility da ZF.
A joint venture deve operar sob o nome Wolong ZF Automotive E Motors Co Ltd. e fabricar motores e componentes elétricos para os sistemas de transmissão da ZF e para o mercado aberto. O sucesso inicial desta parceria é a celebração de um contrato de uma considerável produção em série l de componentes de motores elétricos para transmissões elétricas e híbridas. As transmissões elétricas contribuem significativamente para reduzir as emissões de CO2 do tráfego rodoviário.
A joint venture, com sede em Shangyu, Província
de Zhejiang, China, oferece acesso ideal ao mercado chinês, alavancando o potencial de compra e foco em futuros negócios. Até 2025, a empresa espera empregar até 2500 funcionários.
"O acordo para aprofundar nossa parceria com a empresa chinesa e estabelecer uma nova joint venture dedicada ao contrato de produção de motores elétricos, é um dos passos sólidos para concretizarmos nosso compromisso de investir na China, e sela nossa determinação em contribuir de forma significativa para a eletrificação e mobilidade sustentável neste mercado. Ao estabelecer esta joint venture com uma empresa chinesa de sucesso, estamos transformando a ZF em uma organização mais ágil para servir o mercado local a partir da região, sem atrasar o processo de tomadas de decisão", disse Dr. Holger Klein, Membro do Board Mundial da ZF.
"Temos certeza que os novos veículos elétricos tomarão uma grande fatia do mercado no futuro, e isso trará oportunidades de desenvolvimento sem precedentes para as duas empresas. O empreendimento conjunto com a ZF é o primeiro passo, com o objetivo de fornecer motores e componentes para a ZF e para o mercado em geral. Esperamos que esta joint venture se torne líder mundial de motores automotivos elétricos", disse Jian Cheng Chen, Chairman da Wolong Electric.
Desde janeiro de 2016, a ZF agrupou suas atividades de eletrificação e mobilidade sustentável na Divisão E-Mobility, sediada em Schweinfurt, Alemanha. Mais de 9000 colaboradores já trabalham nessa divisão, espalhados em vários locais ao redor do mundo.
PSA apresenta novo vice-presidente de vendas e marketing para América Latina
Arnaud Ribault sucede a Rachid Marzuk, que retorna à França para assumir novo cargo
A PSA nomeou seu novo vice-presidente de vendas e marketing para a América Latina: Arnaud Ribault assumiu como sucessor de Rachid Marzuk, que retorna à França para assumir um novo cargo pelo grupo.
O executivo se reportará diretamente ao presidente da companhia no Brasil e América Latina, Patrice Lucas, que também é membro do comitê executivo do Grupo PSA.
Antes do novo cargo, Ribault ocupava a posição de vice-presidente sênior global de marketing e comunicação da DS Automobiles, uma das marcas do grupo. Durante sua gestão, a DS lançou sua segunda geração de veículos de forma satisfatória em 37 países. Atualmente, seu legado continua na marca com a implementação da estratégia de eletrificação por meio da tecnologia E-Tense que estará nos modelos DS 7 Crossback 4x4 e DS 3 Crossback.
Fonte: Automotive Business
Toyota adere ao Acordo de SP
Ação idealizada pelo governo do Estado vai gerar troca de informações para reduzir emissão de CO2
A Toyota aderiu ao Acordo de SP, tornando-se membro de uma comunidade que vai atuar em parceria na região para combater mudanças climáticas. A ação foi idealizada pelo governo do Estado e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para gerar troca de informação entre as empresas aderentes, buscando soluções para reduzir a emissão de gás carbônico (CO2) e gases de efeito estufa até 2030.
A Toyota é pioneira na produção em massa de veículos híbridos e é a primeira montadora de automóveis do Brasil a apresentar soluções para viabilizar o compromisso estabelecido pelo acordo, algo que não seria possível sem a introdução dos modelos equipados com tecnologia híbrida e a promoção de novas soluções nas unidades de produção da região.
Veículos híbridos emitem, em média, 45% menos CO2 que um carro convencional. Ao integrar o grupo de membros do Acordo de SP, a Toyota dá mais um passo em direção ao cumprimento das metas de redução de impacto ambiental.
"Com a introdução de veículos híbridos fabricados no Estado de São Paulo, nosso compromisso para 2030 é evitar a emissão de 415 mil toneladas de gás carbônico, o que corresponde ao plantio de 3 milhões de árvores, o equivalente a sete Parques do Ibirapuera em área plantada", afirma o diretor de relações governamentais e regulamentação veicular da Toyota do Brasil, Roberto Matarazzo Braun.
A Toyota produz em Indaiatuba (SP) a linha Corolla e sua versão híbrida, a primeira desse tipo de motorização a utilizar um motor flex.
A empresa vende no Brasil dois outros carros híbridos, o Prius e o novo RAV4.
Fonte: Automotive Business
Produção industrial cresceu 0,8% em outubro de 2019, diz IBGE
A produção da indústria brasileira teve um crescimento de 0,8% em outubro/19 frente a setembro. Essa foi a terceira taxa positiva seguida, acumulando alta de 2,4% no período de três meses. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com outubro de 2018, a indústria avançou 1%. O setor industrial ainda acumula queda de 1,1% em 2019 e de 1,3% no acumulado nos últimos 12 meses.
Na alta de 0,8% da indústria na passagem de setembro para outubro de 2019, 3 das 4 grandes categorias econômicas e 14 dos 26 ramos pesquisados mostraram crescimento na produção.
Entre as categorias econômicas, bens de consumo duráveis (1,3%) e bens de consumo semi e não-duráveis (1,0%) tiveram as altas mais elevadas em outubro. Ambos apontaram o segundo mês seguido de crescimento e acumularam, nesse período, expansão de 4,1% e 1,7%, respectivamente.
O segmento de bens intermediários (0,3%) também mostrou avanço e manteve o comportamento positivo de agosto (1,6%) e setembro (0,2%). O setor de bens de capital (-0,3%) teve a única taxa negativa em outubro de 2019, após recuar em setembro (-0,4%).
Entre as atividades pesquisadas, as influências positivas mais importantes foram registradas por produtos alimentícios (3,4%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (11,2%). Produtos alimentícios reverteram a queda verificada no mês anterior (-0,3%). Farmoquímicos e farmacêuticos eliminaram a redução de 9,1% acumulada nos meses de agosto e setembro.
De acordo com a pesquisa, outros impactos positivos relevantes foram observados nos setores de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (4,9%), de celulose, papel e produtos de papel (2,4%), de impressão e reprodução de gravações (15,3%), de máquinas e equipamentos (1,4%), de outros produtos químicos (1,1%), de produtos de minerais não-metálicos (1,8%) e de bebidas (1,6%).
Entre os dez ramos que reduziram a produção, os desempenhos de maior impacto foram: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%), metalurgia (-3,2%) e indústrias extrativas (-1,1%). Também houve recuo na confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,4%), móveis (-5,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,6%).
Fonte: Fator Brasil
FCA nomeia novo diretor para Chrysler, Dodge e Ram
Breno Kamei responderá pelas marcas na América Latina
A FCA Fiat Chrysler nomeou Breno Kamei como novo diretor para as marcas Chrysler, Dodge e Ram na América Latina. Ele sucede a Nicholas Parkes, que deixa o cargo, mas continuará à frente das operações comerciais da região, exceto Brasil e Argentina.
Kamei manterá a função de diretor portfólio, pesquisa e inteligência competitiva também para a região e que ocupa desde 2017.
No grupo desde 2013, o novo diretor foi nomeado gerente de portfólio global de produtos para a América Latina, com base em Detroit, nos Estados Unidos.
"Além de ampliar o alcance das marcas Chrysler, Dodge e Ram na América Latina, vamos nos dedicar à construção de estratégias para nos aproximar cada vez mais dos clientes, intensificando o relacionamento", afirma Kamei.
Fonte: Automotive Business
VWCO investirá R$ 110 milhões para produzir caminhão elétrico
A Volkswagen Caminhões e Ônibus dedicará R$ 110 milhões para fazer os ajustes necessários em sua fábrica de Resende (RJ) a fim de adequar sua linha de produção para começar a montar caminhões elétricos em 2020.
O detalhamento do investimento foi feito pelo CEO e presidente da VWCO, Roberto Cortes, em São Paulo.
O aporte faz parte do ciclo atual de investimento de
R$ 1,5 bilhão que amontadora aplicará no País até 2021.
Segundo Cortes, o aporte será utilizado na continuação de pesquisa, desenvolvimento e lançamento dos veículos elétricos, mas também em um novo setor dentro da fábrica, que não necessita de construção civil, para a implantação da linha de eletrificação. Em algum dado momento da montagem, no lugar de o caminhão receber um motor a diesel, ele vai para este novo setor onde receberá o motor elétrico e outros componentes fornecidos pelas empresas parceiras da VWCO no e-Consórcio, cujo time completo foi conhecido durante a Fenatran.
O executivo explica que na prática, o novo setor de eletrificação funcionará no mesmo padrão do consórcio modular, que opera na unidade desde a sua inauguração (que neste mês completou 23 anos) para a fabricação de veículos com motores convencionais a diesel.
A estratégia e-Mobility da VWCO, para a produção de elétricos no Brasil, focará em um primeiro momento na fabricação de caminhões elétricos com base nos modelos da família Delivery. A empresa também considera a produção do ônibus híbrido e-Flex, apresentado há pouco mais de um ano no Salão de
Hannover, na Alemanha, mas ainda não tem uma data de quando começará a ter o modelo na linha.
"Infelizmente, não dá para fazer tudo ao mesmo tempo", diz Cortes se referindo à produção local do Volksbus e-Flex. "A nossa prioridade é lançar [caminhões elétricos] de 9, 11 e 13 [toneladas] para atender um pedido que já temos, de 1,6 mil unidades", afirma.
Ele se refere à encomenda que a Ambev fez no ano passado para a montadora quando se tornou a primeira empresa no País a testar um protótipo de caminhão 100% elétrico, o e-Delivery: primeiro foi com o de 11 toneladas e depois um novo teste com o de 13 toneladas (de PBT), ambos para a entrega de bebidas em áreas urbanas.
Avanços do e-Mobility - Em paralelo às preparações para começar a produzir o e-Delivery em Resende, a VWCO prevê terminar até o fim deste mês a montagem de mais 17 protótipos do e-Delivery para novos testes de validação e avaliação de engenharia, visando a homologação do produto e o início de sua fabricação comercial.
Eles estão sendo montados no centro de desenvolvimento de protótipos da empresa, também localizado no complexo industrial de Resende, e já trazem consigo componentes das empresas fornecedoras do e-Consórcio, como a bateria da CATL, motor Weg e o módulo de controle da Bosch. Na próxima etapa, será incorporado o eixo da Meritor.
Por sua vez, a Moura já conduz investigações sobre os processos logísticos para a bateria enquanto a
Siemens estuda a instalação de carregadores na fábrica da VWCO e a Semcon, empresa de engenharia, atua na montagem dos protótipos.
Os testes devem durar seis meses e serão realizados no campo de provas que também fica no sul fluminense. Lá serão conduzidos testes e simulações de rodagem para avaliação dos engenheiros.
"Alcançamos uma grande maturidade com o conceito modular para elétricos, o que vai nos possibilitar entregar o desempenho operacional exigido pelos nossos clientes. A fase agora foca na validação estrutural, de durabilidade e outros requisitos funcionais para, então, expandirmos os testes em parceria com clientes", explica Cortes.
Novo negócio - Segundo o presidente da VWCO, o custo de operação de um veículo comercial elétrico é quase metade do custo de operação de um convencional a diesel. No entanto, embora apresente custos menores, Cortes diz que o preço de um caminhão elétrico ainda é uma equação difícil de resolver.
"Hoje, o elétrico custa em média duas vezes mais do que um a diesel, mas economiza metade, quer dizer que ele se paga em quatro anos de operação; mas tudo vai depender da economia de escala", diz ao se referir a precificação.
Além disso, o executivo lembra que dentro da estratégia é necessário pensar na rede de recarga. Pelos planos da VWCO, haverá eletropostos na rede de concessionárias e também em outros locais que estarão na rota dos caminhões elétricos. Dentro do e-Consórcio, é a Siemens que vai preparar os postos de recarga.
Fonte: Automotive Business