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Indústria automobilística registra aumento de 17% , diz Anfavea
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgou os resultados da indústria automobilística em maio e no acumulado do ano: o licenciamento registrou 964,8 mil unidades, elevação de 17% sobre as 824,5 mil de 2017.
Apenas em maio foram comercializadas 201,9 mil unidades, resultado 3,2% superior no comparativo com o mesmo período do ano passado, quando 195,6 mil unidades foram negociadas. Contra abril deste ano a queda foi de 7,1% em relação as 217,3 mil unidades vendidas em abril. Para Antonio Megale, presidente da Anfavea, as paralisações do fim do mês impactaram o resultado: "A greve dos caminhoneiros dificultou o abastecimento de peças para a produção e de transporte de veículos para as concessionárias. Além disso, trabalhadores e consumidores tiveram dificuldade com abastecimento, interferindo nos deslocamentos até a rede. Não fosse este cenário, certamente teríamos registrado maior crescimento".
As exportações no quinto mês de 2018 também foram menores: 60,7 mil unidades deixaram as fronteiras brasileiras, baixa de 17% ante as 73,2 mil de abril e de 17,3% sobre as 73,4 mil de maio do ano passado. Nos cinco meses já transcorridos do ano, 314,1 mil unidades foram exportadas, crescimento de 1,6% quando analisado com as 309,1 mil de 2017.
A produção de autoveículos foi afetada mais intensamente. As 212,3 mil unidades representam decréscimo de 20,2% quando comparado com as 266,1 mil de abril e recuo de 15,3% se defrontado com as 250,7 mil unidades de maio de 2017. No acumulado, contudo, o registro é de alta de 12,1%: 1,17 milhão de unidades este ano e 1,05 milhão em 2017. Megale reiterou o impacto das manifestações no desempenho mensal: "A indústria automobilística deixou de produzir entre 70 e 80 mil veículos, vender cerca de 25 mil e exportar algo próximo a 15 mil unidades".
Caminhões e ônibus - As vendas de caminhões em maio foram de 5,6 mil unidades, 8,7% a menos do que as 6,2 mil de abril e crescimento de 37,1% se comparado com as 4,1 mil de maio de 2017. No acumulado de 2018 o licenciamento soma 26,3 mil unidades, elevação de 52,7% frente as 17,2 mil do ano passado.
As exportações ficaram em 1,8 mil unidades diminuição de 34,8% sobre as 2,7 mil de abril e de 29,6% em relação as 2,5 mil de maio de 2017. Nos meses já transcorridos do ano 11,8 mil caminhões deixaram as fronteiras, crescimento de 9,2% ante as 10,8 mil de 2017.
Os fabricantes de caminhões produziram no quinto mês do ano 7,4 mil unidades, retração de 18,4% se comparado com as 9,1 mil de abril. Quando analisado contra as 7,6 mil de maio de 2017, a baixa é de 2%. No acumulado deste ano, quando 41,0 mil caminhões deixaram as linhas de montagem, o resultado é maior em 40,1% – no ano passado o balanço apontou para a fabricação de 29,2 mil unidades neste período.
No segmento de ônibus as vendas encerraram maio com 980 unidades: alta de 5,8% se defrontado com as 926 unidades de abril, mas baixa de 8,2% sobre maio do ano passado, quando 1,1 mil unidades foram vendidas. Foram comercializadas 4,7 mil unidades, acréscimo de 28% contra as 3,6 mil em 2017.
A produção aumentou 55% no acumulado do ano, com 12,0 mil unidades em 2018 e 7,7 mil no ano anterior. Apenas em maio 1,8 mil unidades foram fabricadas, queda de 44,7% se comparado com as 3,3 mil de abril e de 14,4% com relação as 2,1 mil de maio de 2017. As exportações de ônibus no acumulado deste ano ficaram em 3,8 mil unidades, expansão de 24,4% na análise contra as 3,1 mil do ano passado.
Máquinas agrícolas e rodoviárias - As vendas internas de máquinas agrícolas e rodoviárias no quinto mês estão 15,8% menores com relação ao mês de maio do ano passado – 3,3 mil unidades contra 3,9 mil – e 20,6% abaixo das negociações ocorridas em abril, com 4,1 mil unidades. O total de máquinas vendidas no acumulado diminuiu 9,3%, com 15,0 mil unidades este ano e 16,5 mil no ano passado.
Os fabricantes produziram 4,6 mil máquinas, baixa de 7,3% contra as 5,0 mil de abril. No comparativo com maio de 2017, quando 5,8 mil unidades deixaram as linhas de montagem, o resultado foi 19,6% inferior. No acumulado deste ano 21,6 mil unidades foram produzidas: retração de 4,5% em relação as 22,7 mil do ano passado. As exportações registraram até maio 5,1 mil unidades, o que representa alta de 12,7% quando defrontado com as 4,5 mil do ano passado.





Bancos liberam mais de R$ 39 bilhões para compra de veículos até abril
Resultado alcançado em abril representa uma alta de 33,4% nos últimos 12 meses. As operações CDC tiveram um aumento de 53%, para a aquisição de veículos leves, em comparação a abril de 2017.
O total de recursos liberados para financiar a compra de veículos, nos quatro primeiros meses de 2018, somou R$ 39,049 bilhões. Esse volume representa um aumento de 33,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando os bancos concederam quantias na ordem de R$ 29,2 bilhões. Para as operações de CDC foram liberados R$ 38,4 bilhões, enquanto R$ 623 milhões são advindos do leasing.
De acordo com os dados do boletim divulgado pela ANEF, em abril os bancos liberaram R$ 10,2 bilhões em CDC para a compra de veículos leves, volume 0,6% inferior ao atingido no mês anterior. Ainda assim, o índice é 53% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Desse total, R$ 8,4 bilhões foram destinados para as pessoas físicas e os R$ 1,7 bilhão restante para as pessoas jurídicas.
"A expectativa para este ano é de que o financiamento de veículos se mantenha em ritmo de crescimento constante, o que mostra a confiança do consumidor na economia, mesmo que estejamos em um ano de Copa do Mundo e de eleições", explica o presidente da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), Luiz Montenegro.
Já para as operações de leasing foram liberados R$ 162 milhões, redução de 4,1% em relação ao mês de março, porém, alta de 6,6% na comparação com abril de 2017. O maior volume, de R$ 130 milhões, foi destinado às empresas, e os R$ 32 milhões restantes às pessoas físicas.
Saldo das carteiras - Em abril, o saldo das carteiras atingiu a marca de R$ 178,7 bilhões, alta de 1,2% em relação ao mês de março e de 10,7% em doze meses. Desse montante, R$ 175,2 bilhões correspondem às operações de CDC e R$ 3,5 bilhões à carteira de leasing.
Inadimplência - No quarto mês do ano, a taxa de inadimplência nas operações de financiamento para pessoas físicas foi de 3,6%. Isso representa uma queda de 0,9% ponto percentual em doze meses. Na carteira de leasing, o índice de não pagadores foi de 2,2%, redução de 1,4 ponto percentual na comparação com mesmo período de 2017.
Para as pessoas jurídicas, a taxa de inadimplência nas operações de CDC foi de 2,0%, o que representa uma queda de 0,5 ponto percentual em relação a março, e de 2,3 ponto percentual na comparação com abril de 2017. Na carteira de leasing, o índice foi 1,1%, redução de 0,5 ponto percentual na comparação com o mês anterior e diminuição de 2,5 pontos percentuais em doze meses.
Taxa de juros - Em abril, as entidades associadas à ANEF cobraram juros de 18% ao ano e 1,39% ao mês, enquanto os independentes trabalharam com 21,5% e 1,64%, respectivamente. O prazo médio das concessões, que no mesmo período do ano passado era de 41,9, este mês, passou para 42,9.
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