Filtrado
Por Curadoria Revista Meio Filtrante
Edição Nº 108 - Janeiro/Fevereiro de 2021 - Ano 19
O que acontece no mercado de filtros
Pesquisadores criam tecnologia para eliminar metal cancerígeno da água
Estudos são desenvolvidos pela USP e Unesp
Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC-USP) e do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ-Unesp) desenvolveram uma tecnologia para filtrar e degradar, ao mesmo tempo, metal cancerígeno e corante que podem ser encontrados na água. O material é uma membrana composta de celulose bacteriana revestida por uma camada de dissulfeto de molibdênio, um metal não tóxico, que pode ser usada repetidas vezes sem perder a eficácia. A membrana percebe substâncias tóxicas que não são identificadas pelas estações de tratamento de água.
De acordo com um dos autores da pesquisa, professor Ubirajara Pereira Rodrigues Filho, do IQSC, para funcionar a membrana precisa de uma fonte de luz para fornecer energia para um dos componentes e assim estimular reações químicas que resultam na degradação dos compostos tóxicos, conforme eles se prendem na membrana. Os testes mostraram que, depois de duas horas, o material removeu 96% do corante azul de metileno e 88% do metal cancerígeno crômio. A membrana foi capaz de degradar as substâncias tanto de forma isolada como misturadas.
Segundo Rodrigues, o material tem inúmeras vantagens em relação a outros materiais. “Além de ser uma matéria-prima renovável, a celulose bacteriana permite a construção de um material mais leve, flexível, resistente, com maior durabilidade e menos suscetível a trincas. Embora nossa pesquisa ainda seja apenas uma prova de conceito e esteja em estágio inicial, é muito gratificante ter a possibilidade de proporcionar a quem desenvolve as estações de tratamento de água novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida da população”, disse.
O autor principal da pesquisa e pós-doutorando do IQ-Unesp, Elias Paiva Ferreira Neto, explicou que há anos os contaminantes emergentes (tintas, metais, remédios, cosméticos e produtos de higiene pessoal) são um grande desafio para os cientistas, que trabalham para buscar soluções e entenderem os impactos desses compostos. Segundo Paiva, essas substâncias podem ser encontradas nos rios que abastecem os municípios, chegando até as torneiras.
“As estações de tratamento de água precisam de equipamentos adequados para removê-los. Há uma necessidade muito grande de desenvolver novos materiais com propriedades melhoradas e com maior aplicabilidade para a remoção eficiente de uma ampla gama de poluentes da água”, afirmou.
De acordo com ele, o estudo significa um grande avanço no desenvolvimento de tecnologias para a remoção de contaminantes orgânicos e inorgânicos da água e pode resultar em uma ferramenta importante para as estações de tratamento de efluentes das indústrias têxteis e de couro do estado de São Paulo.
“Nos próximos passos do estudo vamos testar a nova membrana para a degradação de outras substâncias, como amostras de medicamentos e pesticidas. Por se tratar de uma tecnologia simples e escalável, nós esperamos que futuramente ela possa reduzir os custos do tratamento de águas residuais e se tornar uma solução para mitigar os desafios ambientais”, ressaltou.
Fonte: Agência Brasil
Programa de Descarte Consciente Abrafiltros recicla 19 milhões de filtros e cumpre metas da legislação
A Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, enviou dentro dos prazos pré-estabelecidos, os Relatórios Anuais do Programa Descarte Consciente Abrafiltros, de logística reversa de filtros do óleo lubrificante automotivo, às Secretarias Estaduais de Meio Ambiente de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, cumprindo assim a legislação, que exige que os resultados sejam apresentados.
“O programa Descarte Consciente Abrafiltros, iniciado em 2012, e hoje implantado nos Estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, supera a marca de 19 milhões de filtros do óleo lubrificante automotivo reciclados, cumprindo sempre metas e prazos estabelecidos pela legislação. Por isso, atualmente, órgãos governamentais consideram o programa uma referência em logística reversa pós-consumo”, afirma João Moura, presidente da Abrafiltros.
O programa teve início em julho de 2012, em São Paulo, estendeu-se para o Paraná em fevereiro de 2013, e Espírito Santo em 2015. No Mato Grosso do Sul, as coletas iniciaram em 1º outubro de 2020.
Marco Antônio Simon, Gestor de Projetos da Abrafiltros e responsável pela coordenação do programa, explica que o processo de reciclagem não gera retorno direto para a cadeia de filtros. O óleo lubrificante usado contaminado é encaminhado para re-refino; os metais para as siderúrgicas, e os demais materiais vão para coprocessamento e geração energética em cimenteiras.
“A gestão do programa é bastante complexa, sendo que a título de referência, os relatórios anuais de 2019 somaram 1.656 páginas, incluindo a documentação administrativa, planilhas de coleta, balanços de massa e certificados de destinação ambientalmente correta dos resíduos, não havendo nenhum tipo de envio de materiais para aterros sanitários, os quais irão gerar insumos para outras cadeias produtivas, em que pese a reciclagem ter um custo elevado para o setor de filtros automotivos”.
Participam do programa 20 empresas associadas: CNH Industrial Brasil Ltda.; Cummins Filtration do Brasil; Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais Ltda.; Ford Motor Company; General Motors do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros Ltda.; John Deere Brasil Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.; Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix; Mercedes-Benz do Brasil; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. – Divisão Filtros; Poli Filtro Indústria e Comércio de Peças para Autos Ltda.; Rheinmetall Automotive – Motorservice Brazil; Robert Bosch Ltda.; Scania Latin América Ltda; Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil; Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Filtros Fram; Volkswagen do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda. e Wega Motors Ltda.
Tecfil lança linha de palhetas “Tecfil Max Vision” para limpadores de para-brisas
Empresa diversifica seu portfólio com novos modelos de produtos para veículos nacionais e importados.
Com o objetivo de atender cada vez melhor o mercado de reposição automotiva, a Tecfil está diversificando seu portfólio de produtos e anuncia o lançamento da linha de palhetas “Tecfil Max Vision”. As palhetas são aplicáveis em mais de 1.000 modelos de veículos nacionais e importados, e recebem a mesma chancela de qualidade da empresa que é líder no mercado de filtros automotivos.
Os produtos estarão disponíveis para venda a partir de dezembro nas versões Convencional e Flat – um tipo mais moderno, que integra a estrutura à própria borracha que limpa o vidro. Ambas possuem características em comum, como borracha natural e teflon, suporte multifuncional, que possibilita a aplicação em diversos modelos de veículos e favorece uma montagem mais simples e rápida; alta performance para remover o excesso de água, assegurando a máxima visibilidade como item de segurança do veículo, além de serem silenciosas e resistentes.
“A diversificação do portfólio integra nossa estratégia de ampliar cada vez mais a presença da Tecfil no mercado de reposição automotiva”, afirma Plínio Fazol, Gerente de Marketing e Novos Produtos da Tecfil.
Ele ressalta ainda que a nova linha de produtos chega para atender uma demanda crescente do mercado e será comercializada em todo o mercado nacional e exportação através da rede de distribuição da companhia.