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Os benefícios do Clorito de sódio e do Aço Inox na indústria Sucroalcooleira

O setor sucroalcooleiro é a área da agroindústria responsável pela produção do açúcar, do álcool e de outros derivados da cana-de-açúcar, como por exemplo o etanol


Os benefícios do Clorito de sódio e do Aço Inox na indústria Sucroalcooleira

O setor sucroalcooleiro é a área da agroindústria responsável pela produção do açúcar, do álcool e de outros derivados da cana-de-açúcar, como por exemplo o etanol. A fabricação destes produtos requer conhecimentos específicos sobre plantio, colheita e tratamento da cana-de-açúcar, sobre os processos de transformação da matéria-prima, manejo e tratamento de resíduos e sanitização.
De maneira geral, os processos de produção de açúcar e etanol são relativamente simples, porém, possuem etapas críticas ao longo do caminho. Sua tecnologia é muito semelhante em todas as usinas brasileiras, ocorrendo apenas variações nos tipos e qualidades dos equipamentos, controles operacionais e, principalmente nos níveis gerenciais.
Neste sentido, alguns materiais, mesmo com utilidade e características diferentes, são utilizados no segmento, afim de trazer melhorias e benefícios ao processo, como o caso do clorito de sódio que funciona como precursor para geração de Dióxido de Cloro, produto aplicado no controle de infecção bacteriana e substituição total ou parcial do ácido sulfúrico nos processos de fermentação, e o Aço Inox, que auxilia no combate a corrosão e desgaste dos equipamentos contribuindo no desempenho dos mesmos.
Começando pelo clorito de sódio, trata-se de um produto especialmente desenvolvido para aplicações que exijam precisão de dosagem e confiabilidade. É de fácil manuseio e aplicação e é matéria-prima fundamental para a geração de Dióxido de Cloro. Sua ação visa diminuir perdas e o transbordamento da dorna de fermentação, aumentando a solubilidade dos sais. 
Por apresentar características únicas em relação aos demais oxidantes do mercado, o produto alia características que o tornam extremamente versátil e de grande atuação. “Ele é uma das barreiras químicas mais eficazes contra protozoários como a Giárdia e o Cryptosporidium, microrganismos, por exemplo” – ressalta Lucas Donato, gerente comercial do Grupo Sabará. 
A solução oferece 5% a mais de rendimento que o etanol, apresenta sete vezes menos custos com insumos por m³ de álcool produzido em comparação aos métodos convencionais e tem uma ampla gama de aplicações, seja como matéria-prima para geração de dióxido de cloro, seja no processamento e branqueamento de couro e indústria têxtil.
Donato explica que na produção do etanol, é necessária a ação de leveduras, microrganismos que fermentam o caldo de cana. Tradicionalmente, são usados antibióticos para eliminar as bactérias que concorrem com as leveduras pelo caldo de cana, e os resíduos contaminados com antibióticos não podem ser usados para outra finalidade. 
Mas, com a aplicação do Clorito de Sódio nas dornas, gera-se o dióxido de cloro, eliminando a necessidade do uso de antibióticos. “Dessa forma, a levedura usada na fabricação do álcool pode ter seu excedente comercializado como fonte de proteína para ração animal, sem riscos de bioacumulação e contaminação do meio ambiente” afirma Donato. 
O Aço Inox, por sua vez, é um produto consolidado no mercado e abrange todo o setor de alimentos e, claro, esse segmento. Está presente nas máquinas e equipamentos, e se destaca pela durabilidade, higiene e qualidade dos processos da indústria de primeira necessidade, como é o caso da sucroalcooleira.  Já é possível dizer que o aço inoxidável contribui para um desempenho superior e, até mesmo, para a eliminação da corrosão.
 “Além da corrosão e do desgaste que impactam negativamente na durabilidade do material, o maior prejuízo na verdade é o surgimento de “pontos pretos” – óxidos e partículas ferromagnéticas desprendidas do aço-carbono – no açúcar, que comprometem a qualidade do produto e, portanto, causam a diminuição do seu preço de venda” – explica Paulo Ricardo C. Andrade, diretor executivo da Associação Brasileira do Aço Inoxidável – ABINOX.
Os estágios de fabricação nas usinas que provocam maior desgaste nos equipamentos são a entrada da cana, pelo fato de esta conter muita areia, e a moagem. Ele também pode ser provocado pelas características do processo, predominando problemas de corrosão por pites, corrosão em frestas, corrosão microbiológica, além da corrosão generalizada.
Isso pode impactar a qualidade da fabricação de açúcar, por exemplo. Durante o processo a deterioração pode criar pequenas partículas pretas no produto, comprometendo a produção. Nesse sentido, e para evitar a oxidação do aço-carbono, o ideal é investir em maquinário de aço inoxidável, evitando os chamados “pontos pretos” causados pelo óxido e por partículas ferromagnéticas que se soltam do aço-carbono. 
“Com a adoção do inox, as usinas melhoram a competitividade (menor custo ao longo do tempo), produtividade (menor necessidade de manutenção, com menos parada durante as safras) e melhoram a qualidade do produto final (no caso do açúcar, reduzem os pontos pretos oriundos da corrosão dos equipamentos)” – completa Paulo Ricardo C. Andrade.
Ele explica ainda que o inox é um produto inerte, que não altera as características organolépticas [cor, sabor e odor], sendo seguro para armazenar, manipular e transportar alimentos. Desta forma, oferece excelente resistência à corrosão, boa resistência mecânica, ductilidade e tenacidade elevadas. Os aços inoxidáveis são de fácil manutenção, possuem uma superfície lisa e higiênica, aparência moderna e atrativa. 
Entre os vários tipos de aço inoxidável, os mais utilizados pelas usinas de açúcar são os tipos 304, 316L, 410D, 439 e 444. Na industrialização está presente em chapas, na entrada e no terno das moendas; no shut donele; no cush-cush; nas esteiras de bagaço e nos difusores; no revestimento de cozedores e evaporadores; bem como em partes dos cristalizadores e secadores de açúcar. Ainda sim, como tubos, são utilizados nas linhas de evaporação, nos aquecedores e nos cozedores.
Ainda segundo o diretor da ABINOX, nos processos iniciais de fabricação de açúcar em que predominam os problemas de abrasão o tipo ideal de aço inoxidável para suportar esta solicitação é o 410D, especialmente em meios úmidos, onde coexistem os ataques abrasivo e corrosivo. 
Depois da moenda, na sulfitação, prevalece a utilização do tipo 316L. Na fabricação de açúcar, propriamente dita, o tipo mais comum é o 444, seguido do 304. Estes aços inoxidáveis são empregados em equipamentos como aquecedores, evaporadores, cozedores a vácuo, cristalizadores e secadores.
Os tubos de aço inoxidável, por sua vez, apresentam grandes vantagens nos processos de troca de calor (evaporadores), isso por que possuem uma menor espessura de parede dos tubos de inox, normalmente entre 1,0 e 1,5 mm. Como resultando, geram economia de energia. 
É importante ressaltar que, devido à sua superior resistência à corrosão, podem também ser utilizadas espessuras de parede finas nos tubos de aço inoxidável. “Adicionalmente, garante-se uma maior área de condução e uma maior facilidade de limpeza, o que, por sua vez, implica em menores custos de manutenção e menores tempos de parada” – destaca Andrade. 

Os benefícios do Clorito de sódio e do Aço Inox na indústria Sucroalcooleira

Aplicações e principais benefícios
A presença do aço inox em equipamentos da indústria sucroalcooleira despontou com o Programa Nacional do Álcool de 1973. Por conta de sua compatibilidade com as funções da indústria e seu excelente custo-benefício, desde então, o Brasil passou a utilizar em suas usinas de açúcar esse tipo de material. 
O produto atende a inúmeras aplicações nas usinas sucroalcooleiras. Na industrialização do açúcar o aço inox está presente em chapas, na entrada e no terno das moendas; no shut donele; no cush-cush; nas esteiras de bagaço e nos difusores; no revestimento de cozedores e evaporadores; bem como em partes dos cristalizadores e secadores de açúcar. Na forma de tubos, o material é utilizado nas linhas de evaporação, nos aquecedores e nos cozedores.
As aplicações de aço inoxidável nas usinas de açúcar são muito eficientes em reduzir, ao longo do tempo, o custo de produção dessa indústria. Enquanto os equipamentos produzidos com aço carbono comum precisam ser rapidamente trocados (alguns componentes duram apenas uma safra), os produzidos em inox são utilizados por cinco, seis, ou mais safras. “Sendo 100% reciclável, o aço inoxidável contribui para os objetivos e metas de sustentabilidade da indústria sucroalcooleira, no longo prazo” destaca o diretor.
Usinas de etanol também utilizam válvulas de aço inoxidável, além dos filtros, reguladores, canela, compressores térmicos, ejetores de vapor, telas, outras peças e componentes. Aplicações do aço inoxidável tipo 304L também podem ser encontradas em equipamentos de controle de emissões utilizados por usinas de etanol para controlar os poluentes do ar e emissões de odores. Tanques para etanol de grau alimentício são construídos utilizando aços inoxidáveis, do tipo 304 L.
Para Andrade, com base nas vantagens e experiências percebidas no mercado, o material deve se tornar, em breve, a primeira opção quando se fala em processo, reforma ou ampliação do parque industrial sucroalcooleiro. “Esta crescente utilização do aço inoxidável na indústria do açúcar se apoia em benefícios que somente este material pode proporcionar, como a qualidade no processamento, maior durabilidade a custos menores e melhores condições de higiene” – enfatiza. 
Já o clorito de sódio, além de oferecer ainda 5% a mais de rendimento do etanol, devido ao favorecimento da ação exclusiva das leveduras, a partir do quinto ciclo de fermentação, apresenta sete vezes menos custos com insumos por m³ de álcool produzido em comparação aos métodos convencionais, pois pode ser aplicado em menores dosagens e é fabricado in loco.  
Além disso, Donato explica que em termos de sustentabilidade, não gera residual e evita bioacumulação em rios e lençóis freáticos. Por não estarem contaminadas por antibióticos, as leveduras excedentes podem ser comercializadas no Brasil ou mesmo em mercados externos.
“No mercado sucroalcooleiro, o Dióxido de Cloro oferece até 30% de diminuição de ácido sulfúrico trazendo economia direta para a usina. Com ação biocida mais rápida, seus microrganismos não criam resistência ao produto, não forma trihalometanos (THMs), não reage com compostos orgânicos para formar subprodutos ecotóxicos e bioacumulativos, é eficaz em baixas concentrações, um excelente neutralizador de odor e muito eficaz sobre o biofilme o controle de algas” – completa Donato.
Podemos destacar ainda algumas outras vantagens, como a ação biocida mais rápida, eficiência em baixas concentrações e sobre o biofilme e o controle de algas, excelente neutralizador de odor e não forma trihalometanos (THMs). Além disso, é ambientalmente seguro, ou seja, não reage com compostos orgânicos para formar subprodutos ecotóxicos e bioacumulativos e os microrganismos não criam resistência ao produto. 
 

Contatos
ABINOX:
www.abinox.org.br
Grupo Sabará: www.gruposabara.com

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