Com milhões de veículos sucateados, Brasil precisa reciclá-los urgente

Fazer a reciclagem veicular é urgente e relevante para o Brasil ainda mais em momento como esse de pandemia que trouxe desemprego e fome porque resulta em benefícios ambientais, sustentáveis, sociais e econômicos


Com milhões de veículos sucateados, Brasil precisa reciclá-los urgente

Fazer a reciclagem veicular é urgente e relevante para o Brasil ainda mais em momento como esse de pandemia que trouxe desemprego e fome porque resulta em benefícios ambientais, sustentáveis, sociais e econômicos. No Brasil, não existe uma política de reciclagem de veículos. De acordo com a Agência Senado, o senador Confúcio Moura (MDB-RO) empenha-se e cobra para que seu projeto, que cria uma Política Nacional de Reciclagem dos Veículos Usados (PL 4.121/2020), seja votado. O projeto, que prevê a logística reversa de automóveis usados, altera a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) e o Programa de Apoio à Produção de Veículos Automotores (Rota 2030 – Lei 13.755/2018). A proposta beneficia o meio ambiente, protege a saúde e gera emprego e renda. 
Segundo o senador, esses milhões de veículos sucateados representam sério problema ambiental e de Saúde Pública para o Brasil. “As carcaças de carros se acumulam nas ruas, estacionamentos públicos, áreas rurais, pátios de órgãos públicos, desmanches clandestinos e até em rios, lagoas e baías. Ajuntam água de chuva, servem de criadouros para insetos transmissores de doenças e outros animais nocivos e contaminam solo e corpos d’água” – aponta Confúcio Moura. 
No estudo Brasil pós-Covid-19, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), foi feita proposta de criar uma indústria de reciclagem automotiva para ajudar a recuperar a economia no pós-pandemia. Nos Estados Unidos, por exemplo, essa indústria já movimenta cerca de US$ 25 bilhões/ano e emprega perto de 100 mil pessoas. O IPEA estima que o Brasil atinja 30% desse valor – US$ 7,5 bilhões e emprego para 30 mil pessoas. 
A frota circulante de automóveis no Brasil é de 60 milhões de unidades, com idade média de 15,8 anos, de acordo com o Anuário 2020 da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). A Região Sudeste tem o maior volume, com 54% do total nacional.
Enquanto a reciclagem veicular avança, os programas de logística reversa são voltados para componentes que são alvo de troca pelo consumidor após o término da vida útil, o que difere de veículos completos. “Neste sentido, há pontos a considerar – legislação, custo do processo e viabilidade logística e econômica. Esse tema precisará de novas legislações federais, estaduais e municipais para que esses resíduos venham efetivamente a ser incorporados nos programas de logística reversa” – afirma Marco Antônio Simon, gestor de projetos e coordenador do Programa Descarte Consciente da Abrafiltros, Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais.

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Filtra Ação exibe modelo de descarte consciente 
No dia 29 de julho último, o Programa Filtra Ação, parceria da Abrafiltros com a Editora L3PPM e as Revistas Meio Filtrante e TAE, mostrou os desafios da reciclagem de filtros no setor automotivo e abordou os nove anos do Programa Descarte Consciente, que já reciclou mais de 22 milhões de filtros desde julho de 2012 e está implantado em São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. “O Programa Descarte Consciente Abrafiltros, hoje, é considerado referência em sistemas de logística reversa”, afirmou João Moura, presidente da Abrafiltros. 
As siderúrgicas recebem o metal; o óleo contaminado vai para rerrefino; e os demais componentes para coprocessamento em cimenteiras. O programa é custeado pelas 22 empresas participantes e não há reaproveitamento direto de resíduos ou retorno financeiro para a cadeia de filtros. “O custo é elevado. Hoje, 150 toneladas de filtros usados de óleo lubrificante automotivo são recicladas por mês”, comentou Simon no Filtra Ação.
Com novas leis em defesa do meio ambiente, mais empresas devem aderir ao Descarte Consciente Abrafiltros. “Hoje, para uma empresa ter licença ou sua renovação, no caso de filtros do óleo lubrificante automotivo, é preciso cumprir a logística reversa” – afirmou Simon. E as multas por descumprir a lei são salgadas, indo de R$ 5 mil a R$ 50 milhões de reais, segundo o Decreto Federal 6.514/2008.
Toda a operação logística dos filtros usados é realizada pela Supply Service, com 22 caminhões que rodam mais de 93 mil km/mês para coletá-los. “Cerca de 49% das coletas são feitas em postos de combustíveis, 40% vêm de oficinas mecânicas e 6% de concessionárias de veículos, e o restante em outros geradores”, disse David Siqueira de Andrade, presidente do Grupo Supply Service. 

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As empresas acompanham os resultados da gestão do programa pelos relatórios. “Sem a Abrafiltros, seria quase impossível cada empresa realizar este trabalho tão complexo individualmente” – ponderou Paulo Nascimento, vicepresidente do setor automotivo da Abrafiltros e diretor da UFI Filters, empresa participante do programa. Na opinião dele, “o detentor de marca é responsável pela logística reversa e deve recolher e reciclar os filtros usados do óleo lubrificante automotivo sob o risco de sofrer sanções caso não cumpra esse papel” – enfatizou Paulo Nascimento. 

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A comunicação alinhada à gestão é ativa na divulgação dos trabalhos, trazendo consciência sobre a logística reversa e a importância da reciclagem dos filtros usados de óleo lubrificante automotivo, requisitos dos Termos de Compromisso. “As informações e resultados do programa são divulgados pelos canais de comunicação, como hotsite exclusivo, assessoria de imprensa e publicações, anúncios publicitários, redes sociais, em feiras e eventos presenciais e virtuais e materiais gráficos”, destacou Adriano Bonazio, gerente de comunicação e marketing da Abrafiltros no Filtra Ação.

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Soluções adequadas para os resíduos
Os diversos resíduos dos veículos precisam receber tratamento adequado. Alguns deles são objetos de Logística Reversa, tais como os Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados (OLUC), as embalagens vazias de lubrificantes, os filtros de óleo, as baterias e os pneus.
Atuante em logística reversa, gestão, coleta, transporte e destinação final ambiental correta de resíduos automotivos, a Supply Service há 29 anos presta serviços de rerrefino de óleo lubrificante, recebimento, armazenamento temporário, tratamento e disposição/destinação final de resíduos perigosos. 

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Cada resíduo gerado na manutenção de veículos passa por tratamento para a melhor solução para destinação. “Os óleos lubrificantes de motor, de câmbio e de direção, por exemplo, passam por rerrefino para recuperar o óleo básico, evitando a extração de petróleo” – cita Filipe Andrade, diretor de operações e sustentabilidade da Supply Service.
As embalagens vazias de lubrificantes são trituradas e lavadas, resultando em um material descontaminado e pronto para ser reciclado. “Enquanto os pneus, filtros de ar, filtros de combustível, panos, estofados, peças plásticas e muitos outros são processados para que em uma fábrica de cimento sejam utilizados como Combustível Derivado de Resíduos (CDR), com reaproveitamento energético destes materiais, poupando o consumo de combustíveis fósseis” – explica.
Os filtros de óleo são triturados a fim de extrair o óleo nele contido, o elemento filtrante e o metal. “O óleo é rerrefinado, o elemento filtrante compõe o CDR e o metal, lavado e descontaminado, é encaminhado às siderúrgicas homologadas para ser reciclado” – diz Andrade.

45% dos catalisadores automotivos reciclados 
O catalisador filtra o combustível e/ou resíduos do motor que não foram queimados para lançar gases menos poluentes no meio ambiente. 
O cálculo da vida útil de um catalisador é de 5 anos ou 80 mil km. No Brasil, por ano, são produzidas, em média, 100 toneladas de catalisadores automotivos, mas apenas 45% deles são reciclados. Hoje, 95% dos catalisadores reciclados são usados para fabricar novos catalisadores. Enquanto os outros 5%, devido à grande quantidade de metais preciosos presente, seguem para a produção de joias, instrumentos cirúrgicos, entre outros. 
Assim como outros tipos de materiais reciclados, a reciclagem de catalisadores traz consciência de que é preciso evitar seu descarte incorreto, que pode causar danos à natureza e à Saúde Pública. “Além de evitar impactos ambientais e à Saúde Pública, a reciclagem dos catalisadores fechará seu ciclo de uso e promoverá a economia circular” – enfatiza Ariane Mayer, Head de Sustentabilidade e Economia Circular do Grupo Solví. A Solví Essencis Ambiental realiza a manufatura reversa dos catalisadores automotivos e exporta esse material para refino na Europa e América do Norte.
Segundo Lucilene de Carvalho Pimentel, gerente comercial da empresa, o desafio no segmento de catalisadores é que existe um mercado informal muito forte. “Temos compromisso em adquirir materiais totalmente legalizados, seguindo todas as premissas do nosso Código de Conduta e Programa de Integridade Solví. Nossos fornecedores possuem termo de legalidade, comprovando a origem do material” – afirma.

Fluxo
A Solví compra os catalisadores usados de concessionárias, desmanches legalizados, lojas de manutenção de escapamentos, entre outros fornecedores. A cerâmica, banhada por metais preciosos, como Ródio (Rh), Paládio (Pd) e Platina (Pt), é envolta por peça metálica instalada junto do escapamento. Esses metais agregam valor à peça cerâmica e tornam o catalisador visado no mercado.
Com bases em Brasília, Amazonas, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, a Solví tem projeto de expansão e dispõe de equipe de compradores que visitam os clientes para prospecções de novos parceiros. Após as visitas, agenda a retirada dos catalisadores com veículos próprios e estrutura operacional treinada e capacitada para manuseá-los e transportá-los em segurança.
A Solví realiza apenas a trituração e o acondicionamento dos materiais triturados, que depois são vendidos. Os catalisadores recebidos podem vir com a carcaça metálica ou somente a peça cerâmica. Se a cerâmica estiver dentro da carcaça, é preciso fazer um corte na peça para extrair o catalisador, que é triturado/descaracterizado até virar pó. Após sua trituração, é armazenado para formação de lotes e posterior exportação para a Europa e América do Norte, onde é feito o refino do material e extração dos metais preciosos. 

Alto potencial de reciclagem da bateria insersível 
As baterias são 99% recicláveis e o chumbo reciclado tem o mesmo desempenho que a matéria-prima natural. Os materiais reciclados são utilizados pelos fabricantes de baterias para produzir novas baterias. “O resultado da reciclagem das baterias é um impacto ecológico, econômico e social positivo porque esses produtos retornam ao ciclo de vida de maneira regular e segura como matéria-prima ao mercado, fazendo valer os mais modernos conceitos de economia circular” – afirma Amanda Schneider, diretora executiva do Instituto Brasileiro de Energia Reciclável (IBER Brasil). 
O IBER não tem fins econômicos e foi criado para implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e garantir a regularidade da logística reversa no setor. A reciclagem é feita pelas empresas do segmento e a entidade acompanha o resíduo até sua destinação final ambiental adequada, otimizando os processos das empresas. O IBER atua na criação de novas normas que aperfeiçoem a gestão de resíduos no País. Para diferenciar as empresas ambientalmente corretas, fornece uma certificação, cujas etapas são 100% alinhadas com o Poder Público para garantir atendimento legal e protegê-las contra sanções e irregularidades. 

O perigo informal
Segundo Amanda, o alto potencial de reciclagem da bateria insersível gera um estímulo para que as empresas movimentem por vias informais e manipulem de forma inadequada, fora dos padrões e das normas ambientais, por intermédio de pessoas e empresas que não estão aptas para coletar, acondicionar, transportar e reciclar a bateria. “Esse cenário é preocupante para os órgãos ambientais e a sociedade, visto que o ácido e o chumbo contidos nas baterias são fontes de poluição de alto impacto para o meio ambiente e a saúde humana” – adverte a diretora executiva do IBER. 
O caminho informal percorrido pelas baterias inservíveis pode causar graves impactos à saúde humana. “Essas operações informais ocorrem, muitas das vezes, em centros urbanos próximos de residências e comércios, o que aumenta o risco de exposição ao chumbo” – alerta Amanda. O chumbo é um mineral muito utilizado nos processos industriais de produtos, como pigmentos e tintas, louças de vidro, esmaltes cerâmicos, brinquedos e cosméticos.
Ela cita que, de acordo com organizações internacionais de saúde, não existe nível seguro de concentração de chumbo no sangue. Pequenas concentrações podem provocar efeitos diversos. Nas crianças, interfere no desenvolvimento neurológico, afetando a inteligência e causando dificuldades de aprendizado. Na fase adulta, ocasiona hipertensão, cardiopatia isquêmica e acidentes vasculares. 
Enquanto o ácido sulfúrico é altamente corrosivo. Quando em contato direto, pode causar queimaduras na pele e mucosas. Por inalação, a substância provoca danos graves ao trato respiratório, atingindo os pulmões. “A manipulação incorreta das baterias pode gerar vapores contendo ácido sulfúrico considerados carcinogênicos em humanos. Mesmo a bateria em repouso libera hidrogênio gasoso, criando um ambiente de alto risco para explosões caso o local de armazenamento não tenha ventilação adequada” – aponta Amanda.  
No meio ambiente, o chumbo e o ácido podem contaminar solos e recursos hídricos tanto pela deposição aérea quanto pelo escoamento do solo contaminado anteriormente. “A logística reversa, quando bem estruturada, facilita o fluxo de retorno destes resíduos para as fabricantes e recicladoras dentro dos padrões de qualidade estabelecidos em lei, acordos setoriais e termos de compromisso” – pontua Amanda.

Processo e etapas
As etapas principais da Logística Reversa das baterias inservíveis são: coleta, acondicionamento para transporte, transporte, armazenamento e reciclagem. Existem fabricantes, recicladores e estabelecimentos comerciais (varejistas e distribuidores) que fazem a coleta da bateria inservível e buscam uma destinação para este material. “Porém, as empresas que têm participado nem sempre estão preparadas ou licenciadas para lidar com este resíduo perigoso” – aponta Amanda.
Nesses locais de coleta, são proibidos quaisquer tipos de manipulação da bateria, como violação da embalagem ou drenagem do conteúdo. Segundo ela, esses estabelecimentos devem apenas receber as baterias insersíveis e fazer o acondicionamento correto delas em local limpo, organizado, coberto, com pisos impermeabilizados e, de preferência, sob pallets de contenção até que o resíduo seja coletado por uma empresa habilitada para fazer o transporte. 
O transporte deve garantir a integridade das embalagens em todo o trajeto para evitar vazamentos e acidentes no percurso. As baterias precisam ser colocadas fixas nos veículos para evitar choque mecânicos que causem rachaduras nas embalagens. O transporte deve estar identificado com símbolos apropriados, visto que a bateria é um resíduo de classe I de acordo com a NBR 10.004. 
O veículo deve ter equipamento mínimo necessário para lidar com eventuais acidentes tanto para a proteção do motorista, Equipamentos de Proteção Individual (EPI), quanto para contenção da contaminação. Os motoristas precisam estar treinados para agir corretamente nessas situações, cumprindo procedimentos recomendados por órgãos ambientais ou normas reconhecidas.
Após o transporte, a bateria inservível chega aos locais de armazenamento temporário nas recicladoras para reciclagem. Devido a esses locais abrigarem grande quantidade de baterias inservíveis, as recomendações são: 
• Cobertura e pisos impermeáveis e resistentes às substâncias ácidas; 
• Sistema adequado para a extinção de incêndios; 
• Permissão de entrada e saída apenas para funcionários autorizados. 
Nas recicladoras, as baterias são abertas para reaproveitamento. As orientações são: 
• Sistema de captação de água para conduzir as soluções derramadas para a Estação de Tratamento de Efluente ou eletrólito ácido; 
• Uma única entrada e uma única saída acessadas minimamente possível para evitar a subida de pó; 
• Sistema especial de coleta e filtragem de ar para extrair o pó de chumbo e ventilar o ambiente para evitar a concentração de gases tóxicos.
Depois destas etapas, a bateria inservível começa o processo de reciclagem em empresas e indústrias licenciadas para executá-la. O primeiro passo é a separação das partes que compõem as baterias, que são fragmentadas em moinhos ou trituradores e separadas em três componentes: chumbo, plástico e ácido. Após separá-los, cada um desses materiais inicia um processamento próprio de recuperação. 
O plástico passa por trituração, que servirá depois para produzir caixas e tampas para novas baterias. Com o chumbo já extraído da bateria, antes de passar por purificação, deve ficar armazenado em locais com pisos duplos, sistemas de detecção de vazamentos e contenção. 
O material mineral contendo chumbo é formado de substâncias com chumbo e outros metais: chumbo metálico, óxido de chumbo (PbO), sulfato de chumbo (PbSO4) e metais, como cálcio (Ca), cobre (Cu), antimônio (Sb), arsênio (As), estanho (Sn) e, às vezes, prata (Ag). Nesta etapa, é preciso aplicar processos pirometalúrgicos e hidrometalúrgicos. Depois, o material inicia a fase de refino do chumbo, que retira quase todo o cobre (Cu), o antimônio (Sb), o arsênio (As) e o estanho (Sn). Por fim, o chumbo refinado é fundido em moldes e resfriado. 
O ácido sulfúrico passa por purificação que permite que ele seja descartado em sistemas de esgoto, desde que dentro das normas de lançamento de efluentes, ou é possível recuperá-lo para ser reutilizado em baterias novas. O único rejeito gerado na reciclagem que não pode ser reaproveitado é a escória, material arenoso resultado do processo de fundição do chumbo.

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Metas e números
O Acordo Setorial firmado com o setor de baterias chumbo-ácido definiu ações e obrigações para a gestão, prevenção e tratamento adequados do resíduo, além de metas, que foram escalonadas ao longo de quatro anos (2019-2022) e separadas por região para que sejam cumpridas.
Metas nacionais percentuais do Acordo Setorial de 2019, tendo o IBER como representante do setor: 

Com milhões de veículos sucateados, Brasil precisa reciclá-los urgente

O Relatório Anual enviado aos órgãos ambientais aponta que foram comercializadas 274.309 toneladas de baterias novas em 2020, peso referente ao reportado pelas empresas associadas à entidade. Considerando a meta de 80% definida no Acordo Setorial para 2020, o IBER atingiu o índice de logística reversa de 100%, com coleta e destinação correta de 275.427 toneladas de baterias. Cerca de 73% do volume de baterias comercializadas por ano faz parte do IBER.  
O IBER trabalha para atender às expectativas dos órgãos ambientais estaduais e municipais. Nos Estados, estão sendo firmados Termos de Compromisso que estabelecem metas e ações para necessidades específicas locais e detalham a implementação da logística reversa. A partir desses documentos, a entidade gestora desenvolve, em conjunto com o Poder Público e associados, plano de trabalho de atendimento das metas ou identificação de melhorias. 
Hoje, o IBER possui seis Termos de Compromisso assinados, um em vias de celebração e outros seis em fase de negociação. Veja no mapa:

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Ações
As normas exigem comprovar aspectos quantitativos e qualitativos da Logística Reversa. O IBER oferece processos digitais, ferramentas e consultoria para que as empresas realizem e comprovem a gestão de sua Logística Reversa e garante a certificação na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para atender às exigências da PNRS, os departamentos de Tecnologia da Informação, Jurídico, Contabilidade, Auditoria, Consultoria Técnica e Marketing do IBER têm especialistas na área à disposição dos associados para auxiliar no processo de Certificação da Logística Reversa.
O IBER desenvolve constante seu sistema de informações de logística reversa do setor. “Cada empresa é enquadrada em uma categoria e realiza o reporte dos seus dados na plataforma. Nosso sistema garante a rastreabilidade tanto das baterias novas quanto das inservíveis e é reconhecido pelos órgãos ambientais de controle e fiscalização” – diz Amanda.
Em 2020, o IBER lançou um aplicativo para a participação de comerciantes varejistas e consumidores na responsabilidade compartilhada. Com todo esse trabalho, o IBER tem conseguido otimizar os índices de coleta nas empresas associadas, conscientizar, capacitar e apoiar os setores público e privado no cumprimento de suas obrigações. A entidade já está desenvolvendo os acessos aos órgãos ambientais para que eles consigam executar a gestão da logística reversa em seu território. Todas as funcionalidades se encontram na íntegra no Relatório Consolidado de Logística Reversa 2020 no site www.iberbrasil.org.br. 
 

Contato das empresas
Abrafiltros:
www.abrafiltros.org.br
Grupo Solví: www.solvi.com
IBER Brasil: www.iberbrasil.org.br
Supply Service: www.supplyservice.com.br

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