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NIONE apresenta seu primeiro produto: uma pré-mistura com nanopartículas de óxido de nióbio
Unidade de pesquisa, produção e aplicação de nanotecnologia desenvolveu primeiro tipo de pré-mistura para utilização em revestimentos protetivos
A NIONE, unidade das Empresas Randon e da Fras-le que atua no desenvolvimento, produção e aplicação de nanotecnologia, apresenta ao mercado seu primeiro produto: uma pré-mistura com nanopartículas de óxido de nióbio, que servirá como base para aplicação em revestimentos protetivos. 
A adição desse produto ao revestimento possibilita ganhos em resistência à corrosão, durabilidade de cor e brilho, além de permitir secagem ultrarrápida, com ganhos no processo de aplicação. A novidade foi apresentada juntamente com a inauguração da unidade fabril da empresa, localizada na cidade de Içara, região sul de Santa Catarina, na sexta-feira, 03 de dezembro, na presença de executivos e colaboradores.
A primeira parceira da NIONE no desenvolvimento deste produto foi a WEG Tintas, que terá como cliente a Fremax, também integrante das Empresas Randon. A Fremax contribuiu lançando o desafio de obter maior proteção contra corrosão de seus componentes, principalmente aqueles destinados aos mercados europeus e norte-americanos. 
As orientações e especificações técnicas guiaram a criação desta solução que será inicialmente aplicada em discos de freio, conferindo ainda mais qualidade aos itens oferecidos pela empresa, o que reforça a visão de inovação de produto da companhia. Já a companhia do Grupo WEG atuou de forma conjunta no trabalho de pesquisa e desenvolvimento da aplicação de nanopartículas de nióbio em sua nova linha de revestimentos protetivos.
Testes realizados em laboratório, com o revestimento à base de nióbio, confirmaram o incremento exponencial da resistência contra a ação de agentes corrosivos, evidenciando, em alguns casos, ganhos superiores a 400%. “O novo produto com nanopartículas de nióbio propicia ganhos de desempenho técnico, como maior resistência à corrosão, de cor e brilho, além da secagem ultrarrápida. Tais características reduzirão a demanda de energia, permitirão o uso de camadas mais finas com o aumento da vida útil do revestimento que, associadas à uma formulação à base d’água, contribuirão para um processo ainda mais sustentável”, explica o diretor da NIONE, César Augusto Ferreira.
Nos próximos dias, o novo revestimento protetivo da WEG Tintas com tecnologia nanoestruturada da NIONE estará em comercialização. A nova linha de discos de freio da Fremax, com a aplicação desse revestimento, chega ao mercado ao longo de 2022.
Ainda, de acordo com Ferreira, o desenvolvimento de soluções com nanopartículas de nióbio não se limita apenas ao uso em revestimentos protetivos. “Seguimos no desenvolvimento de produtos nanoestruturados para as mais diversas aplicações, com destaque para metalurgia, eletroeletrônica e química”, elenca o diretor da NIONE.
Constituída em agosto deste ano, quando da descoberta do novo método para obtenção de nanopartículas de nióbio em larga escala, com patente requerida, a NIONE representa a consolidação da estratégia das Empresas Randon na busca de novas soluções tecnológicas em materiais.
“Essa é uma descoberta disruptiva para o mercado mundial, com potencial de abrir novas oportunidades para diferentes setores industriais e que nos motiva a seguir investindo nesse propósito. Dentro do nosso foco de atuação em ESG, é uma estratégia robusta que reforça a nossa preocupação em desenvolver nossos negócios com sustentabilidade e valorização do conhecimento científico e tecnológico”, ressalta o vice-presidente executivo e COO das Empresas Randon e CEO da Fras-le, Sérgio L. Carvalho.

 


 

Mais de 20 milhões de toneladas de lixo são despejados nos oceanos anualmente
De acordo com um estudo realizado pela ISWA (International Solid Waste Association), mais de 20 milhões de toneladas de lixo são despejados nos oceanos anualmente, sendo que 80% vêm das cidades. Além disso, resultados apontam que metade dos resíduos são plásticos, ou seja, 12,5 milhões de toneladas. Neste contexto, a agência científica nacional da Austrália, CSIRO, estima que há 14 milhões de toneladas métricas de microplásticos nos oceanos. O número constatado é 35 vezes maior do que o esperado.
Visando este cenário, o grupo A.P. Moller - Maersk tem atuado junto à Ocean CleanUp, organização holandesa sem fins lucrativos, com serviços de gerenciamento de cadeia de suprimentos de ponta a ponta para sistemas de limpeza de rios e oceanos. Recentemente, o projeto concluiu a fase de testes, validando a eficácia da tecnologia.
Agora, o principal objetivo da parceria é expandir o tamanho do sistema e capturar uma maior quantidade de lixo de forma eficaz.
Sobre a organização - A missão da The Ocean CleanUp é desenvolver tecnologias avançadas para livrar os oceanos do mundo do plástico. Para isso, pretende interromper o afluxo via rios e limpar o que já se acumulou no oceano. O objetivo final da organização é atingir uma redução de 90% do plástico flutuante do oceano até 2040.
O local de atuação da organização é a região conhecida como ilha do lixo do oceano pacífico (Pacific Ocean Garbage Patches, em inglês), com uma extensão de 1,6 milhões de km², ou seja, três vezes o tamanho da França. Há 1,8 trilhão de pedaços de plástico na região, totalizando cerca de 80 mil  toneladas de lixo. Há, ainda, plásticos datados de 1977 na ilha.
“Como um operador marítimo responsável, estamos empenhados em garantir que os oceanos possam permanecer um ambiente saudável para as gerações vindouras. Portanto, estamos muito satisfeitos, não apenas em prolongar, mas também ampliar o acordo de parceria iniciado em 2018”, explica Mette Refshauge, vice-presidente de Comunicações Corporativas e Sustentabilidade da Maersk.
Fase atual da parceria - O sistema de limpeza está em desenvolvimento há cinco anos. Em 2019, o modelo 001 foi testado, mas sem muito sucesso. E agora em 2021, a Maersk e a The Ocean CleanUp testaram o modelo 002, que apresentou bons resultados.
O período de testes serviu como validação da forma de funcionamento e da eficácia do sistema, e os resultados foram positivos: uma das operações chegou a coletar 9 mil toneladas de lixo no oceano. No total, mais de 29 mil toneladas foram recolhidas.
Além disso, com base nos resultados da cada teste, houve um cuidado para haver uma interação saudável do sistema com a vida marinha, a fim de não causar danos ao ecossistema.
Atualmente, para realizar a limpeza no oceano, o projeto conta com um  sistema com dois navios para executar a ação. Segundo um levantamento feito pela parceria, será possível limpar a mancha de lixo até 2040, caso 10 sistemas sejam ativados para esta finalidade.
A Maersk tem oferecido suporte à organização holandesa com serviços de manuseio logístico de ponta a ponta, que vão desde embarque mundial de diferentes locais até frete aéreo, contêineres e transporte especial, desembaraço aduaneiro, armazenagem e gerenciamento de armazenamento. 
“O apoio nos últimos três anos foi inestimável para levar adiante nossa missão”, afirma Lonneke Holierhoek, Diretor de Ciência e Operações da The Ocean CleanUp.
Durante os processos, perceberam que a lixeira é heterogênea, ou seja, existem locais com uma maior concentração de lixo. Portanto, serão utilizados modelos diferentes em determinadas áreas, para que o tempo seja otimizado e cada sistema realize a coleta da maneira mais eficaz possível. 
Como parte da parceria, a empresa também ajudará a organização holandesa na implantação de tecnologia de sensor científico a bordo da própria frota da Maersk, para mapear o plástico flutuando nos oceanos e ajudar a organização a ter um melhor entendimento da gravidade da situação.
O objetivo é auxiliar no mapeamento do oceano “Qual a melhor maneira de mapear os oceanos do que aproveitar uma das maiores frotas do mundo?”, afirma o chefe de Logística de Projetos Especiais da Maersk, Robin Townley.
Além da parceria com a The Ocean CleanUp, a empresa tem fornecido suporte marítimo offshore para livrar os oceanos do plástico, por meio da Maersk Supply Services.
O que é feito com o lixo - Atualmente, o mundo enfrenta a crise do “plástico de uso único”. Como solução, surgiu a ideia de fazer utensílios a partir deste material, que serão utilizados por longos períodos.
Dessa forma, o plástico reciclado não voltará ao oceano. Inicialmente, a The Ocean CleanUp está fazendo óculos com plásticos coletados, mas outros produtos também estão sendo planejados. A maior preocupação em relação aos plásticos é eles retornarem aos oceanos. A partir disso, estudos serão realizados para que novos produtos sejam fabricados e comercializados, gerando maior receita para o projeto e garantindo que o valor agregado será o suficiente para que o produto não retorne aos oceanos.

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