Poder e eficácia do filtro de cabine sobre ar cinco vezes mais poluído dentro do veículo
Por Cristiane Rubim
Edição Nº 117 - Julho/Agosto 2022 - Ano 21
O ar que circula no interior de um veículo contém o quíntuplo de gases de escapamento, poluentes e alérgenos comparado com o ar externo. No sistema de circulação de ar interno, o ar flui para dentro do veículo com um volume de até 540 mil litros por hora
O ar que circula no interior de um veículo contém o quíntuplo de gases de escapamento, poluentes e alérgenos comparado com o ar externo. No sistema de circulação de ar interno, o ar flui para dentro do veículo com um volume de até 540 mil litros por hora através dos dutos de ventilação. E não é apenas ar que entra. Toda essa quantidade de sujeira e poeira entra junto com o ar no interior do veículo e penetra nos pulmões do condutor e passageiros. “O ar dentro do veículo é uma ameaça invisível porque contém até cinco vezes mais partículas, sujeiras e gases nocivos do que o ar externo” – aponta a equipe técnica da Mann-Filter, marca da Mann+Hummel de soluções para sistemas de filtragem e mercado de reposição.
Em cada jornada do veículo, as pessoas ficam expostas ao ar nocivo. “Minúsculas partículas de poeira, pólen, bactérias, esporos de mofo e gases nocivos entram através dos dutos de ventilação. Quando inalados, podem desencadear alergias e problemas de saúde respiratórios” – advertem os técnicos da empresa.
Quando há falhas na filtração no sistema, então, o interior do veículo é invadido. “A cabine do veículo começa a receber ar sujo, com mau cheiro e carregado de bactérias, fungos e ácaros. Ao ser inalado pelo condutor e passageiros, esse ar poluído pode agravar doenças alérgico-respiratórias ou até mesmo fazer surgi-las – alerta Odair Junior, consultor técnico do suporte técnico e pós-vendas da Tecfil.
Ameaça invisível
Os filtros de cabine removem até 90% das menores partículas prejudiciais – até 1 µm, em tamanho, unidade de medida microscópica –, criando uma barreira entre os passageiros e o ar que entra. Bloqueiam poluentes irritantes do trânsito, caso dos gases nocivos e alérgenos, impedindo que pólen, poeira, ácaros e bactérias adentrem o veículo. É essencial para o bom desempenho do ar-condicionado, que refresca e purifica o ar dentro do veículo. Inibe ainda o embaçamento dos vidros, diminuindo a umidade que circula com o ar condicionado. Alguns modelos específicos detêm gases de dióxido de nitrogênio, óxido de azoto, dióxido de enxofre e ozônio.
Um filtro de cabine da Mann-Filter, por exemplo, separa quase todas as partículas finas de PM2.5 em suspensão, chegando até 95%, com diâmetro inferior a 2,5 micrómetros ligadas a doenças e mortes cardíacas ou pulmonares – microrganismos prejudiciais contidos no pólen, gases de escapamento, fumaça, emissões de combustíveis fósseis e gotículas de gás. Alguns deles têm menos de 3% do diâmetro de um fio de cabelo humano, o que atesta o poder e a eficácia de um filtro de cabine.
Do básico ao inovador
O portfólio da Mann-Filter disponibiliza uma das suas inovações nesta linha, o filtro de cabine biofuncional. O FreciousPlus é revolucionário, segundo a empresa, e ideal para quem sofre de alergia, asma e viajantes de carro. Além da camada de carvão ativado, é revestido de polifenol, que retém mais de 95% das partículas de alérgeno do ar ambiente, e de antimicrobiano, impedindo que se propague mofo e bactérias na superfície do filtro.
O filtro de cabine à base de carvão ativado remove até 95% da fuligem, poeira e outras partículas e retém até 90% dos gases indesejados e prejudiciais ao ser humano. Evita que toxinas nocivas, como óxido de nitrogênio, ozônio, dióxido de enxofre e odores desagradáveis, penetrem pela ventilação do veículo. Enquanto o filtro de cabine básico de celulose remove até 95% da fuligem, poeira, pólen e demais partículas sólidas do ar que entra pela ventilação automotiva.
Fibras e poros
A filtragem do ar de cabine é feita por mídias filtrantes criadas de modo especial para o mercado automotivo, que podem ser de fibras de celulose ou sintéticas. “A Tecfil prioriza o uso de fibras sintéticas em seus filtros de cabine para bloquear a proliferação de fungos e bactérias. Já a celulose, por ser um componente natural extraído da madeira, pode se tornar fonte de alimentação para eles” – explica Odair Junior. Fazem parte do seu portfólio ainda filtros de cabine com carvão ativado, que filtram as impurezas contidas no ar e bloqueiam maus cheiros e gases nocivos.
Além das fibras, que fazem a filtragem em si, as mídias filtrantes são compostas por poros, pequenas aberturas por onde o ar atravessa para o outro lado, chegando limpo ao interior do veículo. A Tecfil utiliza mídias com poros cônicos para assegurar uma filtração mais eficiente e melhor qualidade do ar.
Neste tipo de construção, são retidos tanto os maiores quanto os menores particulados. “Para os filtros com carvão ativado, o próprio carvão dispõe de pequenos poros onde são armazenados os gases nocivos, atraídos quimicamente pelo processo de adsorção” – esclarece o consultor técnico.
Barreira
Notícias de que o coronavírus poderia ser transmitido também pelo ar fizeram crescer as vendas pelo produto. “Durante a pandemia, a procura pelos filtros de cabine teve aumento considerável” – diz Odair Junior, da Tecfil.
A disseminação do coronavírus trouxe à tona também a necessidade de desenvolver produtos e formas de proteção para a sociedade. A Mann+Hummel está testando a eficácia de seus produtos para controlar a contaminação e a propagação do vírus. Como os vírus podem ser encontrados dentro dos veículos, a empresa compilou várias informações sobre a proteção no interior do carro por meio de filtros de cabine.
Com um tamanho de cerca de 0,1 µm, o novo vírus é cerca de 500 vezes menor que um fio de cabelo humano. Segundo a equipe técnica da companhia, como regra, o coronavírus adere às gotículas maiores, como as causadas pela tosse ou espirro, que são 10 a 1.000 vezes maiores que o vírus original. Devido ao seu tamanho, eles caem no chão rapidamente.
É bem improvável, segundo eles, que uma gota contaminada da superfície entre no sistema de filtro da cabine do veículo pelo ar externo. A limpeza completa do ar externo por um filtro de ar de cabine de alta qualidade é essencial. Especialmente, para motoristas frequentes, alérgicos e crianças. “O coronavírus está ligado às gotículas e, principalmente, por ser 10 vezes maior, dificilmente, o vírus consegue ultrapassar a barreira” – explicam os técnicos da empresa.
Prevenção
Um filtro de ar de cabine não pode ser denominado parte de um “Equipamento de Proteção Individual (EPI)”, como uma máscara facial, conforme a equipe técnica da Mann-Filter. Um filtro de cabine só pode realizar ações de limpeza meticulosas de forma correta se for substituído regularmente. “Esse intervalo varia de acordo com o fabricante do veículo, mas, geralmente, é feito no período de um a dois anos. Porém, muitos motoristas desconhecem o filtro de cabine ou os seus benefícios, substituindo-o, em média, apenas uma vez a cada cinco anos” – alertam os técnicos.
Fazer a manutenção preventiva regular do veículo só tem vantagens. “Substituir o filtro de cabine é vital para manter e otimizar o ar limpo dentro do veículo, melhorando a experiência de dirigir” – recomenda a equipe técnica da Mann-Filter.
Benefícios dos filtros novos:
Bem-estar – O ar puro melhora a saúde e o bem-estar do motorista e passageiros do veículo.
Eficiência – A manutenção e a substituição do filtro do ar-condicionado em um veículo melhora a funcionalidade do sistema de ventilação e, consequentemente, da refrigeração e do consumo de combustível.
Os filtros de cabine devem ser substituídos uma vez por ano ou a cada 15 mil km.
Como saber se o filtro de cabine precisa ser trocado?
• Ouça se há ruídos estranhos, que podem ser causados por depósitos de sujeira dentro do filtro;
• Cuidado com cheiros desagradáveis;
• Fluxo de ar insuficiente é um sinal de um filtro de cabine entupido;
• Se os vidros das janelas embaçam com frequência e são difíceis de limpar, é preciso trocar o filtro.
Fonte: Mann-Filter.
Observar cheiro
É importante observar possíveis maus cheiros no interior do veículo, entre eles:
• Cheiro de mofo;
• Bolor;
• Poeira.
“Esses cheiros podem indicar que o filtro de cabine já precisa ser substituído ou até mesmo que o veículo esteja sem o filtro” – diz Odair Junior. Segundo ele, algumas montadoras fornecem o veículo sem o filtro, apenas quando é feita a revisão na concessionária, o filtro é aplicado.
Existem carros com alto nível de tecnologia que indicam possíveis diagnósticos on time ao condutor. “Vale também para o sistema de ar condicionado, que aponta variações no funcionamento do equipamento e, normalmente, quando está associado ao filtro, sugere sua substituição. Essa avaliação, porém, se dá mais por medições de fluxo de ar do que por possível conexão com a Internet das Coisas (IoT)” – relaciona Odair Junior, da Tecfil.
Contato das empresas
Mann+Hummel: www.mann-hummel.com
Tecfil: www.tecfil.com.br