O meio filtrante de um filtro é testado para poder comprovar sua eficiência. “O elemento filtrante eficiente e construído de forma correta protege o motor automotivo e os componentes metálicos que fazem o motor trabalhar bem” – esclarece Paulo Antunes, coordenador de engenharia e laboratório de desenvolvimento da Mann+Hummel. 
O perigo de utilizar um filtro com baixa eficiência de filtragem é que mais poeira passa pelo filtro e atinge diretamente o motor. “Todas essas impurezas causam desgastes nos componentes metálicos responsáveis pelo bom funcionamento do motor e diminuem sua vida útil” – afirma Paulo Antunes.

Simulação
Em um laboratório, para que seja possível comparar produtos diferentes ou similares, todos os testes são realizados no mesmo padrão. Para medir a eficiência dos filtros, não é diferente. “Os testes são feitos da mesma forma que no laboratório e executados em bancadas que possuem uma turbina de ar que simula a vazão do motor, devendo seguir o padrão ISO 5011” – explica o coordenador.
Esta norma é utilizada para filtros de ar dos motores de combustão interna e compressores em aplicações automotivas e industriais. A lei determina procedimentos para ensaios, testes e equipamentos. Por meio de relatório, é possível comparar o desempenho dos filtros de ar. 
Segundo Paulo Antunes, são feitos testes de eficiência e suas respectivas capacidades de absorção para dois tipos de padrão de poeiras: o Tipo Fine (poeiras finas) e o Tipo Coarse (poeiras grossas).
Fatores de desempenho com mais foco nos testes: 
• Restrição do fluxo de ar ou pressão diferencial;
• Eficiência de coleta de poeira; 
• Capacidade de poeira e arraste de óleo em filtros de ar. 
Fonte: www-iso-org.

Parâmetros
O parâmetro utilizado normalmente é simulação da situação de vazão máxima. “Com isso, garantimos que, em situação do motor na máxima rotação, o filtro funcione bem” – relata Antunes. 
Em filtros aplicados em caminhões e tratores que possuem pré-separação, é avaliada a eficiência do papel filtrante e da pré-separação. “Avaliamos não só a eficiência do papel filtrante, que hoje está acima de 99,5%, mas também da pré-separação, que varia muito de uma solução para a outra. Neste caso, a análise relaciona a eficiência inicial e final, e a eficiência de pré-separação, se o filtro possuir” – diz o coordenador.

Previsto e real
Para acompanhar os valores e controlar todo o teste, os testes de eficiência dos filtros hoje são feitos em uma bancada computadorizada. Para complementar, pode-se usar o Senzit, equipamento especial capaz de prever o resultado para depois compará-lo com o resultado real. “Com o Senzit, deixamos o teste rodando e acompanhamos remotamente como está a diferença de pressão (Delta P) ou se o teste finalizou” – conta Paulo Antunes.
Senzit é um IoT que transforma o filtro em um Smartfilter e pode ser usado em tratores e caminhões para monitorar, por celular ou página na Internet, se o elemento filtrante está novo, com meia-vida ou precisa ser substituído.

Meio filtrante
O teste de eficiência de filtragem está ligado de modo intrínseco ao meio filtrante e como esse meio filtrante é construído. Vejamos dois gráficos da Mann+Hummel que demonstram a importância da atuação eficiente do meio filtrante nos filtros.
• O Gráfico de Delta P e Capacidade de Poeira em Gramas mostra que o filtro tem a capacidade mínima para rodar os quilômetros conforme previsto no manual; 
• O Gráfico de Eficiência exibe dois tipos de filtros e qual eficiência cada um deles possui. Quanto maior for essa eficiência, ou quanto mais perto de 100%, o elemento do filtro terá melhor qualidade;
No Brasil, a maioria das soluções no mercado são filtros de celulose, nos quais existe limitação máxima de eficiência. Conforme Antunes, para se conseguir valores superiores de eficiência na filtragem próximos de 99,8%, utilizamse soluções como a da Mann, o Multigrade, tipo especial de elemento filtrante que possui camadas Meltblown.
“Não se pode ter filtros com filtragem de 100%, porque seria reter literalmente tudo do que poderia passar pelo filtro, incluindo ar, combustível ou óleo, conforme a aplicação. Sempre são valores de filtragem entre 99,94% e 99,997%, dependendo de onde ele será usado e qual elemento a ser filtrado” – esclarece o coordenador.
Portanto, é simples e eficaz, além de preventivo e correto. Para saber se o motor está bem protegido, é essencial conhecer qual é a eficiência do elemento filtrante dentro do filtro, e se ele foi fabricado de forma correta. “A par de que o filtro possui a eficiência correta, o motor terá a longevidade esperada, conforme previsto no projeto do motor desenvolvido pela montadora” – conclui Paulo Antunes. 
 

Contato da empresa
Mann+Hummel: www.mann-hummel.com