Umidade Nos Sistemas De Freio

A descoberta do fogo, e a invenção da roda na idade da pedra permitiu a espécie humana superar todas as demais espécies animais existentes, e se tornar a mais populosa e mais bem sucedida espécie no globo...



Umidade Nos  Sistemas De Freio

A descoberta do fogo, e a invenção da roda na idade da pedra permitiu a espécie humana superar todas as demais espécies animais existentes, e se tornar a mais populosa e mais bem sucedida espécie no globo, superando espécies muito mais adaptadas e resistentes que o próprio homem.
Este sucesso foi obtido por três características que nenhuma outra conseguiu realizar simultaneamente em escala, a maioria das espécies conseguiu realizar uma ou duas delas mas somente o homem realizou as três que são: a capacidade de produzir alimentos e produtos, estocá-los e transportar esta produção de regiões com excedente para regiões com falta permitindo manter populações inteiras sem perdas de indivíduos por fome, ataque dos elementos, predadores e condições que as demais espécies estão sujeitas.
O fogo garantiu o calor, a luz, e uma defesa natural contra os predadores, e a roda facilitou o transporte dos meios e alimentos necessários  para as condições de subsistência.
O transporte por rodas mais antigo em escala que se tem notícia, foi utilizado para o deslocamento de enormes blocos de granito das pedreiras para a construção das pirâmides, neste processo de transporte, os imensos blocos eram movimentados por toras de madeira cilíndricas posicionadas embaixo dos blocos e  à medida que o bloco avançava o rolete que estava liberado atrás, era reposicionado à frente do bloco permitindo a rolagem.
Neste sistema foi observado que, iniciar o deslocamento se tornava tão difícil como parar quando esta parada era necessária e muitas vezes a frenagem era ocasionada por algum dos trabalhadores que acidentalmente era esmagado.
Nesta época também foi iniciado o uso de carroças para o transporte de objetos menores, mas estas carroças sofriam o mesmo problema, ou seja, iniciar o movimento tinha a mesma dificuldade que freá-la.
Com o aprendizado obtido desde o início dos transportes sobre rodas e roletes o homem observou que mais difícil que acelerar ou dar impulsão a um veículo, é freá-lo no momento exato para garantir a segurança das pessoas e das cargas.
O melhoramento conseguido desde que começaram a ser utilizados os meios de transporte, e desenvolvimento para permitir a tração destes veículos, substituindo a tração humana por animal e em seguida por motores de combustão, tornou evidente a necessidade do desenvolvimento de sistemas de freios cada vez mais eficientes.
Nas carroças de tração animal, a frenagem era feita com o uso do próprio animal que realizava a tração, mas estes animais gastavam mais energia para frear o veículo do que para realizar o trabalho de tração, o que não era desejado, pois isto reduzia a capacidade de transporte de carga, e isto levou ao desenvolvimento de um sistema simples de freio por alavanca e sapata externa, onde uma alavanca de acionamento deslocava  uma sapata de freio, e a colocava diretamente em contacto com as rodas freando o veículo.

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Desde que começaram os desenvolvimentos das carroças até o início do desenvolvimento dos automóveis este sistema de alavanca e sapata permaneceu quase sem nenhuma modificação significativa por mais de 300 anos. A mais significativa mudança foi a adoção de um sistema de trava na alavanca que mantinha o freio acionado quando em repouso, porém com a substituição da tração animal pela tração mecânica de motores de combustão externa como nas locomotivas a vapor, e os motores de combustão interna como nos automóveis e caminhões atuais abastecidos por gasolina, álcool, misturados (Flex) ou diesel, onde as cargas e capacidades aumentaram,  estes sistemas passaram a ser essenciais para garantir as paradas por questões de segurança, e com isto os sistemas de freio passaram de sistemas externos para sistemas internos de frenagem através de elementos de contacto (lonas) dentro de cubos de freio.

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Os sistemas de freio passaram a ser mais eficientes com a introdução dos tambores e lonas de frenagem, mas o sistema de acionamento continuou por alavanca até a década de 30 no século passado, e um problema neste sistema de acionamento eram as regulagens constantes em função da carga devido ao recuo do eixo traseiro quando o veículo era carregado, ou condição de aquecimento a que eram submetidos os freios o que obrigava regulagens constantes a cada viagem.
A melhora do sistema ocorreu quando foi substituído o mecanismo de varas por um sistema de cabo de aço com capa, que permitiu a suspensão do veículo ficar em qualquer posição sem alterar a regulagem do freio independente da carga.
Neste sistema a energia de frenagem era a capacidade do condutor em aplicar energia suficiente para parar o veículo, o que nos veículos de carga se tornou um problema, e para resolver esta deficiência foi desenvolvido um sistema hidráulico para melhorar a transmissão de energia do motorista para o freio, mantendo o sistema de cabo somente para estacionamento.

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O estudo constante dos veículos, indicou um problema relacionado diretamente com o aumento de tamanho dos veículos de carga, enquanto um veículo de passageiro utilizava entre 1 ou 2 litros de fluido de freio, para os veículos de carga este valor aumentava 5 ou 10 vezes, ou seja de 10 até 20 litros de fluido.
Os fluidos em estado líquido, transmitem energia com maior eficiência mas tem o inconveniente de realizarem esta tarefa em uma velocidade menor que os fluidos em estado gasoso, e além dos problemas de vazamento devido ao tamanho do conjunto, vazamentos por problemas de manutenção e montagem e a higroscopia do fluido que ao absorver água fazia a redução da eficiência do sistema e danos a componentes pela contaminação do líquido, também o sistema hidráulico para um veículo grande ser torna muito mais lento que qualquer outro sistema pela velocidade de circulação do fluido, reduzindo a resposta e a velocidade de frenagem.
Como o ar é um fluido, não contaminante, abundante e gratuito, não demorou muito para que os projetistas de sistemas de freios migrassem de sistemas a fluido líquido para fluido gasoso, e com isto o ar comprimido passou a ser o sistema mais popular para este tipo de freio.
Nesta condição o fluido líquido e tóxico não foi mais utilizado em veículos pesados, porém o ar no sistema de freio passou a ter o mesmo problema do fluido líquido ou seja absorver água, e esta água durante o funcionamento fica represada no sistema de freio danificando os elementos de borracha e material sintético em qual entra em contacto.
Para minimizar este inconveniente os sistemas de freios a Ar passaram a ter elementos secadores de ar, evitando com isto a entrada de água no sistema e reduzindo os defeitos ocasionados por ela.

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O elemento secador apesar de parecer um filtro, não é um componente de filtragem, e para um bom funcionamento do sistema de freio é necessário que o ar comprimido passe pelo secador antes de entrar na linha de acionamento do freio ou no reservatório de ar do veículo, com isto, o ar no interior do sistema estará totalmente seco evitando danos a componentes do sistema.
Os veículos pesados derivados de projetos Europeus e Americanos, normalmente não prevêem a aplicação deste componente em sua versão original para estes mercados, pois são regiões temperadas, mais secas, e muito mais frias, e por estes motivos menos susceptíveis ao acúmulo de água nos sistemas de freio.
Esta condição de trabalho acabou levando as montadoras no Brasil, a adotarem este componente como essencial durante o processo de tropicalização destes modelos projetados fora do Brasil, e a adicionar o secador e um sistema de dissipação de calor do ar quando o mesmo é comprimido para todos os modelos projetados.
Este calor passou a ser significativo quando os veículos pesados passaram a ter cabines avançadas (popularmente chamados de cara chata) onde nas versões de cabine convencional o compressor era posicionado na frente do veículo, e o secador atrás da cabine, portanto o ar era resfriado no trajeto, através da tubagem metálica que normalmente passava dos 7 metros de comprimento, mas com as cabines avançadas o compressor passou a ser colocado na região traseira do motor (volante) muito próximo do secador com tubulações inferiores a 1 metro, não permitindo nesta condição a dissipação de calor adequada, e este calor desintegra a sílica no interior do secador liberando-a em  partículas muito finas.
Alguns fabricantes de veículos pesados incorporaram serpentinas e tubos extremamente longos em seus veículos de série para garantir esta dissipação.

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A sílica não tem capacidade de absorver óleo portanto se o sistema compressor liberar óleo para a linha de Ar  a eficiência do secador é totalmente comprometida, impedindo o funcionamento do mesmo.
A Mahle Metal Leve atendendo as resoluções ambientais disponibiliza em seus secadores fabricados no Brasil, componentes internos projetados para serem reutilizáveis, viabilizando sua reciclagem futura, por este motivo é necessário em alguns modelos de veículos a utilização de cintas de montagem para garantir o perfeito funcionamento do produto.


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