Ter uma casa própria ainda é o grande sonho da maioria dos brasileiros. De acordo com uma recente pesquisa realizada pela agência Voltage e pela Bridge Research, ter o direito a moradia própria ainda se encontra como a principal prioridade de 43% da nossa população. Tal desejo ganhou ainda mais força com o programa Minha Casa, Minha Vida, sustentado pelo governo federal.
E é claro que sempre que falamos em qualquer tipo de imóvel, temos que ficar atentos ao seu acabamento. Portanto, optar pela tinta certa para a residência, torna-se uma das preocupações básicas de qualquer pessoa. Ao escolher o produto, no entanto, é importante ficar atento às marcas, pois o processo de fabricação das tintas influi diretamente no resultado final da pintura.
As opções para adquirir tintas de residências são imensas. Hoje, o mercado se encontra claramente definido e compreende três tipos de empresas no setor: grandes conglomerados (nacionais e internacionais), empresas de porte médio, com administração de caráter familiar, e pequenas e médias indústrias voltadas ao atendimento de segmentos específicos do mercado.
Juntas, chegam a somar cerca de 817 empresas no setor, que promete crescer ainda mais neste ano. De acordo com as previsões feitas pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (Abrafati), as vendas totais, juntando todos os setores deste mercado, podem alcançar a marca recorde de 1,5 bilhão de litros em um ano, consolidando o Brasil como o quarto maior produtor mundial de tintas.


Entre os dias 21, 22 e 23 de novembro, a Abrafati realiza o 12º Congresso Internacional de Tintas e a 12ª Exposição Internacional de Fornecedores para Tintas no espaço Transamérica Expo Center, em São Paulo.
Os temas com maiores destaques serão inovação e sustentabilidade. Na feira, serão apresentadas e discutidas as mais recentes pesquisas, os desenvolvimentos e as tendências futuras relacionadas às tintas, em termos de matérias-primas, produtos, processos, tecnologias e muito mais.
O evento é reconhecido como o mais importante e tradicional em todo o Hemisfério Sul. Esta é uma chance única para quem trabalha no setor ou pretende conhecer um pouco mais do assunto. Serão 500 fabricantes do ramo, tanto do Brasil, como também da América Latina, que juntos produzem mais de 1,6 bilhão de litros por ano e têm vendas anuais superiores a US$ 4 bilhões.


"Os melhores resultados de filtração para remoção de contaminantes são obtidos com elementos filtrantes de cartucho, pois oferecem uma complexidade maior na conformação dos poros para a retenção de contaminantes", garante Adriano Ramalhão, da empresa 3M. "Cada tipo de tinta imobiliária possui sua viscosidade, textura, pigmentação, sendo que em cada caso um tipo de meio filtrante se encaixa melhor conforme as condições de operação e o que se requer do produto final", afirma Rogério de Luca, da empresa Pentair.
"Porém, na prática, utiliza-se muito  pré-filtros à base de tela ou bags monofilamento e como filtração final  cartuchos filtrantes, que podem variar de  3 ate 150 micra", ressalta. "O resultado que se pretende alcançar varia de acordo com as condições de operação, ciclo, volume, tipo de contaminante. Desta forma, não existe um meio filtrante específico que cubra todas as aplicações e necessidades requeridas; cada tipo de filtro e meio filtrante deve ser calculado conforme o tipo de tinta e tipo de contaminante", finaliza Rogério.
Nesta mesma linha de raciocínio, está Elaine Poço, Diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da AkzoNobel Tintas Decorativas para América Latina: "Cada tipo de tinta, emulsão e resina requer um tipo de filtro próprio. Assim, é possível oferecer a melhor relação entre diversos fatores: custos, manuseios, VOCs (Compostos Orgânico Voláteis), qualidade técnica, velocidade de filtração e geração de resíduos. "Para tintas e resinas à base de solvente, utilizamos os filtros Sparkler entre outros", informa. Já para tintas e emulsões, usamos os filtros bag (bolsa) com malhas de nylon e filtros automáticos", completa.


placas de metal com um papel de filtro ou tecido entre elas, em um filtro fechado. As principais vantagens do produto são: alta qualidade, confiabilidade e velocidade de filtragem.
Elementos filtrantes mecânicos com graus de filtragem diversos, utilizados em uma carcaça totalmente fechada.
filtros comumente chamados de bolsas filtrantes de diferentes graus de filtragem (micragem) conforme a qualidade do produto final. A principal vantagem é o que o produto não requer altos investimentos, a qualidade do filtrado pode ser ajustada apenas trocando o meio  filtrante.
são filtros fechados sem exposição do operador e sem geração de VOCs.


Existem dois tipos de tinta mais utilizados no setor imobiliário. São elas as Tintas com base Solvente e Tintas Latéx. As matérias-primas básicas para a produção de quase todos os tipos de tinta são as resinas, os pigmentos, os solventes e os aditivos. A indústria de tintas é caracterizada pela produção em lotes (bateladas), o que facilita o ajuste da cor e o acerto final das propriedades da tinta.


Entenda a seguir como é feita a fabricação de tintas a base solvente. O processo de produção abrange as seguintes etapas: pré-mistura, dispersão (moagem), completação, filtração e envase. A determinação das quantidades dos insumos deve ser feita através de pesagem e medição volumétrica com acuracidade adequada para tintas com as propriedades desejadas.
Os insumos são adicionados a um tanque (aberto ou fechado), provido de agitação adequado na ordem indicada na fórmula. O conteúdo é agitado durante um período de tempo pré-determinado a fim de se conseguir uma relativa homogeneização.
O produto pré-disperso é submetido à dispersão em moinhos adequados. Normalmente são utilizados moinhos horizontais ou verticais, dotados de diferentes meios de moagem: areia, zirconita etc.
Esta operação é contínua, o que significa que há transferência do produto de um tanque de pré-mistura para o tanque de completagem. Durante este processo ocorre o desagregamento dos pigmentos e cargas e, ao mesmo tempo, há a formação de uma dispersão maximizada e estabilizada desses sólidos. A dispersão maximizada e estabilizada permite a otimização do poder de cobertura e da tonalidade da tinta durante um período de tempo correspondente à sua validade.
Em um tanque provido com agitação, são misturados de acordo com a fórmula o produto de dispersão e os restantes componentes da tinta. Nesta fase, são feitos os acertos finais para que a tinta apresente parâmetros e propriedades desejados; assim é feito o acerto da cor e da viscosidade, a correção do teor de sólidos etc.
Após a completagem e aprovação, a tinta é filtrada e imediatamente envasada.
A tinta é envasada em embalagens pré-determinadas. O processo deve garantir a quantidade de tinta em cada embalagem.


Nos sistemas base de água, a parte líquida é preponderantemente a água. As tintas aquosas e os seus complementos utilizados na construção civil são um exemplo marcante, pois representam 80% de todas as tintas consumidas por esse segmento de mercado. Estes produtos denominados genericamente de produtos látex são baseados em dispersões aquosas poliméricas (emulsões), tais como vínílicas, vinil acrílicas, acrílicas, estireno-acrílicas etc.
A parte volátil das tintas látex é constituída por 98% de água e 2% de compostos orgânicos (valores médios). As cargas minerais são particularmente importantes na produção de tintas látex para a construção civil; sob o ponto de vista quantitativo, representam uma parte importante da composição dessas tintas.
O processo de produção desse tipo de tinta é mais simples do que o usado na produção de tintas base solvente.


Em um equipamento provido de agitação adequada, são misturados: água, aditivos, cargas e pigmento (dióxido de titânio). A dispersão é feita em sequência no mesmo equipamento.
Esta etapa é feita em um tanque provido de agitação adequada, onde são adicionados água, emulsão, aditivos, coalescentes e o produto da dispersão. Nesta etapa, são feitos o acerto da cor e as correções necessárias para que se obtenham as características especificadas da tinta.
Estas etapas ocorrem simultaneamente. A produção de tintas base água surge como alternativa para a redução de VOC. Sua maior aplicação é no ramo imobiliário, predominando as tintas látex. As etapas de fabricação são basicamente as mesmas da base solvente. As diferenças resumem-se na ordem de adição dos componentes da tinta.