Brasil, clima tropical, verão, ar-condicionado e filtro de cabine para ter ar limpo no carro
Por Cristiane Rubim
Edição Nº 126 - Janeiro/Fevereiro 2024 - Ano 22
O condutor deve trocar os filtros de cabine para ter um ar limpo dentro do carro. Quando não recebe os devidos cuidados, o interior dos veículos se torna causador de problemas respiratórios, como as alergias, devido às condições internas dos carros
O condutor deve trocar os filtros de cabine para ter um ar limpo dentro do carro. Quando não recebe os devidos cuidados, o interior dos veículos se torna causador de problemas respiratórios, como as alergias, devido às condições internas dos carros – dutos + umidade + ausência de luz – serem propícias à proliferação de fungos e bactérias.
Os motoristas precisam manter o habitáculo higienizado e trocar o filtro de cabine no período indicado pelo fabricante. “Além de forçar o aparelho de ar-condicionado, um filtro de cabine que já saturou prejudica o bom funcionamento do sistema do ar. E em vez de proteger a parte interna, torna-a um ambiente ideal para o cultivo de colônias de microrganismos nocivos à saúde do condutor e dos passageiros” – alerta Eder Bonifácio, coordenador de desenvolvimento da Filtros Brasil.
O consumidor deve ficar atento à manutenção do filtro de cabine do veículo no período de Primavera/Verão. “Nesta época, o uso do ar condicionado é mais frequente, o que aumenta a passagem de ar e satura o filtro de cabine precocemente, que é o responsável por reter a entrada de partículas no interior do veículo” – comenta o engenheiro André Gonçalves, consultor técnico da Mann-Filter.
Orientações
•A primeira orientação: fazer a troca de manutenção dentro do prazo recomendando pelo fabricante do veículo;
•A segunda recomendação e a mais indicada: é a manutenção preventiva, aquela realizada durante oportunas outras manutenções do veículo, como numa troca de óleo.
Na preventiva citada, o objetivo é verificar as condições do filtro de cabine. “Na manutenção preventiva, pelo aspecto visual do filtro de cabine, detecta-se se ele está muito saturado, independentemente do tempo de troca indicado. A saturação deste tipo de filtro depende muito da condição exposta, por exemplo, um veículo fora de estrada que recebe uma contaminação de partículas de pó” – explica André Souza, inspetor técnico da Mahle.
Missão
A Filtros Brasil observou maior evolução na consciência dos usuários dos veículos. Em meados dos anos 2000, muito pouco se sabia sobre cuidar do ambiente interno do veículo. “A própria Filtros Brasil tinha uma missão árdua de convencer o público brasileiro da troca periódica do filtro de cabine para cuidar da saúde. Hoje, o número de pessoas mais conscientes do risco que correm ao ignorar a troca do filtro tem aumentado exponencialmente. Essa mudança mostra que nossos clientes estão mais conscientes sobre como cuidar de seu bem-estar e proteção, utilizando produtos com qualidade comprovada” – afirma Bonifácio.
Os filtros de cabine separam quase todas as partículas finas de PM 2.5 (até 95%). Algumas delas têm menos de 3% do diâmetro de um fio de cabelo humano. “Existem microrganismos prejudiciais contidos no pólen, gases de escapamento, fumaças, emissões de combustíveis fósseis e gotículas de gás. Os filtros de cabine ajudam a evitar a proliferação desses contaminantes, que ficam retidos na mídia, e a diminuir os danos respiratórios causados por esses poluentes” – pontua André Gonçalves, da Mann-Filter.
Emergentes
O que mudou nos últimos anos com a pandemia sobre alergias, coronavírus e poeiras no interior dos veículos. “Existem muitos problemas de saúde ocorrendo hoje devido aos contaminantes emergentes. O filtro de cabine ou filtro do ar-condicionado é essencial para eliminar as impurezas e garantir a saída de um ar limpo para os ocupantes do veículo respirarem” – ressalta André Souza, da Mahle.
Números da OMS mostram que cerca de 7 milhões de pessoas morrem por ano devido a problemas da má qualidade do ar e emissão de gases de efeito estufa. Outros estudos recentes, citados pela Mahle, apontam o aumento de cinco poluentes (ver abaixo) no ar somado ao número de novos casos da doença pelo coronavírus. Após a exposição da população aos poluentes, foi observado o crescimento de casos novos.
• Material Particulado MP 2.5 e MP 10.
• Dióxido de Enxofre (SO2).
• Monóxido de Carbono (CO).
• Dióxido de Nitrogênio (NO2).
• Ozônio (O3).
Sempre houve problemas sérios de contaminações alérgicas. “Com o passar do tempo, surgem novas variações de gripes e alergias a cada semana e fica difícil até mesmo monitorar essas descobertas” – menciona Bonifácio, da Filtros Brasil.
Na pós-pandemia, segundo ele, muitos problemas do sistema respiratório estão se asseverando. “A necessidade de proteger ambientes movimenta o mercado em busca de soluções que minimizem os riscos. Nos veículos, esse risco também é real e, em relação aos transportes coletivos, o potencial de risco de contaminação é muito alto” – adverte.
A Filtros Brasil aprimora seus meios filtrantes para atender a cada novo desafio desses. “Levando em conta que nossos filtros de cabine possuem uma base 100% poliéster, já garantimos que a trama do meio filtrante não contribua com a proliferação de microrganismos e consiga reter as impurezas nocivas ao sistema respiratório dos usuários do veículo” – explica Bonifácio.
Os contaminantes podem causar uma infinidade de problemas de saúde, entre eles: irritação do trato respiratório superior, infecção, por exemplo, bronquite e pneumonia. “Os filtros de cabine fornecem ar mais limpo e menos irritante para as vias respiratórias de seus ocupantes. Não resolvem o problema, mas oferecem condições menos agressivas para quem sofre com males respiratórios” – esclarece Gonçalves, da Mann-Filter.
Proteção
Quando não há filtragem correta ou não há troca de filtros, ocorrem problemas nas cabines dos veículos e na saúde do motorista e dos passageiros.
De acordo com a Filtros Brasil, existem muitas características necessárias para que o filtro de cabine proteja realmente o usuário do veículo:
Quando não há área filtrante correta, que significa uma redução na quantidade de meio filtrante:
• O filtro satura mais rápido por ter uma vida útil reduzida.
Quando não se tem a base correta, ou seja, a matéria-prima que compõe o meio filtrante:
• O filtro pode não funcionar corretamente: que é evitar a proliferação de microrganismos e reter impurezas danosas aos usuários.
Quando o meio filtrante não possui as características corretas, como micragem, permeabilidade, gramatura etc.:
• Não conseguirá reter as sujidades, permitindo que elas continuem presentes no ambiente, sendo nocivas aos usuários.
Uso intenso
Com o intenso uso do ar-condicionado, principalmente agora no verão, o filtro de cabine acaba ficando saturado com partículas e microrganismos. “Para melhorar seu desempenho, é preciso realizar a manutenção do filtro de cabine que ajuda a prevenir doenças respiratórias e mau odor causados pela proliferação de bactérias e fungos. O filtro de cabine saturado pode obstruir o fluxo da passagem do ar para dentro do veículo, deixando os vidros internos embaçados” – comenta Gonçalves, da Mann-Filter.
O uso incorreto dos filtros de cabine aumenta a exposição dos ocupantes dos veículos aos particulados, gases, fungos e bactérias. “Em um país de clima tropical como o Brasil, a situação é ainda mais agressiva, elevando os riscos de contaminação do condutor na cabine pelos agentes nocivos, podendo causar vários prejuízos à saúde” – relaciona André Souza, da Mahle.
Com a conscientização e a divulgação sobre filtros, vem à tona também a importância de substituir o filtro de cabine para cuidado e proteção do ambiente interno do veículo. E os próprios proprietários dos veículos estão fazendo a troca dos filtros de cabine. “Ainda há uma prática de olhar o filtro de cabine, passar ar comprimido nele e retorná-lo ao compartimento. Porém, esse procedimento prejudica o funcionamento correto do filtro, porque abre completamente a malha de fibras, que é responsável pela retenção de sujidades” – alerta Bonifácio, da Filtros Brasil.
O filtro de cabine tem uma vida útil. A maioria das montadoras indica a troca a cada 10 mil km ou, quando não atinge essa rodagem, pelo menos uma vez ao ano. “Portanto, independentemente se a manutenção seja realizada nas oficinas ou pelos proprietários, o período de troca e a forma correta de manutenção devem ser respeitados para que haja realmente uma proteção no ambiente interno do veículo” – pontua Bonifácio.
O filtro de cabine deve ser descartado regularmente. A orientação da Mann-Filter é verificar o manual do veículo ou trocá-lo sempre que trocar os demais filtros do óleo, ar e combustível. “Dependendo do ambiente onde o veículo trafega, seja carro de passeio, caminhão, seja equipamento agrícola, de construção, o filtro deve ser trocado com maior frequência, porque costuma saturar mais rápido de acordo com a severidade das partículas em suspensão. Em plantações nas quais defensivos agrícolas são aplicados, os filtros de cabine são considerados itens de segurança para os condutores desses equipamentos” – relata Gonçalves.
Trocar somente o filtro é algo fácil e rápido. “Entretanto, o correto é fazer a manutenção completa, como a oxi-sanitização, limpeza interna do veículo onde se consegue retirar todos os contaminantes. Aí, sim, a substituição do filtro certifica que a cabine esteja totalmente limpa” – explana André Souza, da Mahle.
Contato das empresas
Filtros Brasil: www.filtrosbrasil.com.br
Mahle: www.mahle.com.br
Mann-Filter: www.mann-filter.com