Filtração moderna digital torna futurista o visual fabril de alimentos e bebidas
Por Cristiane Rubim
Edição Nº 127 - Março/Abril 2024 - Ano 22
Dentro de um paradigma futurista, o que falta para os sistemas de filtração e os filtros na produção de água e de alimentos e bebidas? As pesquisas e os desenvolvimentos para melhorar e inovar essas tecnologias são constantes.
Dentro de um paradigma futurista, o que falta para os sistemas de filtração e os filtros na produção de água e de alimentos e bebidas? As pesquisas e os desenvolvimentos para melhorar e inovar essas tecnologias são constantes. A microfiltração, a ultrafiltração, a nanofiltração e a osmose reversa vêm sendo cada vez mais utilizadas. Os sistemas de filtração e os filtros precisam tratar com especificidade cada um dos muitos tipos de alimentos e bebidas em um segmento que as perdas e os desperdícios de alimentos são significativos. O esforço é contínuo para que eles atendam com excelência às demandas do setor, contribuindo para transformá-lo, modernizá-lo e torná-lo mais enxuto, sustentável e futurista.
Excelência
Os sistemas de filtração e os filtros tratam a água com excelência para uso nos processos industriais de alimentos e bebidas, que precisam de água confiável e de alta qualidade. Contribuem ainda para transformar e modernizar os parques fabris do setor em direção a uma produção mais enxuta, sustentável e futurista. “Esta perspectiva não só atende às demandas atuais, mas se alinha aos princípios de responsabilidade ambiental e eficiência para o futuro” – projeta Fábio Guerra, consultor técnico da AirLink.
Com processos de filtração consistentes e confiáveis, a indústria só se beneficia. “Melhora sua eficiência operacional, o tempo da operação e a gestão para ter uma planta enxuta. É importante também reciclar a água usada no processo e reduzir desperdícios para ampliar a sustentabilidade de um processo industrial” – menciona Rogerio Ueno, diretor-geral da Sefar.
As perdas e os desperdícios de alimentos representam significativa proporção da produção de alimentos e bebidas. “Reduzi-los diminuiria a necessidade de aumentos de produção” – afirma Roelof Koopman, gerente de tecnologia de membranas de alimentos e bebidas da Pentair.
Custo-benefício
O cenário continuará evoluindo à medida que inovações surgirem e forem implementadas. “O setor de alimentos e bebidas está, de fato, imerso em um paradigma futurista. A tecnologia digital e a automação são essenciais para impulsionar a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade na produção” – analisa Fábio Guerra, da AirLink.
A automação e as novas tecnologias digitais impactam em uma linha de processos de tratamento de água. “Sensores e sistemas de controle com Inteligência Artificial trazem uma perspectiva futurista ao setor de produção das indústrias de alimentos e bebidas” – observa Rogerio Ueno, da Sefar.
Segundo Ueno, aumentar a rastreabilidade do produto a ser entregue para uso na produção garante segurança ao processo produtivo e ao consumidor final. “Claro que gerará um custo inicial ao produtor e ao cliente final, mas cabe à cadeia do segmento mostrar à sociedade o custo-benefício de adotar tais tecnologias” – avalia.
O que falta
No futuro próximo, uma planta mais eficiente terá que combinar as tecnologias. “Meios filtrantes mais eficientes e produzidos de modo sustentável, recursos digitais e de IA para trazer maior eficiência operacional” – afirma Rogerio Ueno da Sefar.
A colaboração entre as Universidades, os Centros de Pesquisa e as Indústrias. “Essa parceria permita o desenvolvimento mais rápido de tecnologias para uso comercial e a custo acessível para as indústrias” – pontua.
Sempre há espaço para melhorias e inovações contínuas na área de sistemas de filtração e filtros na produção de água para o setor de alimentos e bebidas. “Investir em pesquisas para desenvolver materiais de filtros mais sustentáveis, biodegradáveis e ecoamigáveis contribui para reduzir o impacto ambiental ao longo do ciclo de vida do filtro” – relaciona Guerra, da AirLink.
As demandas do setor exigem adequações. “Adaptar os sistemas de filtração para atender às especificidades de diferentes produtos alimentícios e bebidas, levando em conta as características únicas de cada processo de fabricação” – ressalta.
O objetivo é estimular as melhorias e as inovações. “Essas sugestões visam impulsionar ainda mais a eficiência, a sustentabilidade e a adaptabilidade dos sistemas de filtração na produção de água para a indústria de alimentos e bebidas, alinhando-se a um paradigma futurista que busca constantes melhorias e soluções inovadoras” – afirma Guerra.
Giro tecnológico
Avanços tecnológicos e digitais nos filtros para alimentos e bebidas aperfeiçoam o tratamento da água usada e os processos produtivos do setor. “Há um constante movimento na tecnologia do produto em desenvolver meios filtrantes mais eficientes para remover particulados e impurezas. E até mesmo nos filtros utilizados no processo produtivo, como nas cervejarias, fábricas de amido, açúcar e ingredientes” – assegura Ueno, da Sefar.
No tratamento da água, um exemplo é o cálcio, mineral presente na água. “O excesso de cálcio pode influenciar no resultado final de um produto. E de modo indireto, quando a água é usada em um processo de troca térmica, o cálcio pode entupir componentes ou equipamentos, causando problemas operacionais ou distúrbios no processo” – alerta.
O uso de sensores e de sistemas de controle é fundamental hoje para os processos. “É essencial para os processos a expansão do uso de sensores mais eficientes e sistemas de controle com algoritmo que possibilite ajuste dos parâmetros sem ação manual de um operador, uma realidade hoje já” – enfatiza Ueno.
Na indústria de alimentos e bebidas, a Sefar dispõe de telas filtrantes para a separação e a filtração de ingredientes e a clarificação de líquidos. As telas filtrantes atendem aos rigorosos padrões de qualidade e segurança alimentar. Os produtos da empresa são usados na fabricação de alimentos líquidos, produção de cerveja e de laticínios, entre outros.
De acordo com a AirLink, os avanços tecnológicos voltados para a filtração de alimentos e bebidas impactam positivamente o tratamento da água na produção do setor e contribuem para:
• A melhoria da qualidade dos produtos;
• A eficiência operacional;
• A conformidade com as normas de segurança e as regulamentações ambientais.
É importante estar atento às inovações, pois o campo da tecnologia de filtração continua evoluindo muito.
Membranas
A microfiltração, a ultrafiltração, a nanofiltração e a osmose reversa estão sendo cada vez mais utilizadas. “As membranas retêm com eficiência partículas, bactérias e íons indesejados para purificar a água usada na produção de alimentos e bebidas” – pontua Fábio Guerra, da AirLink.
O uso de materiais adsorventes, como o carvão ativado, também tem crescido. “Em especial, para remover compostos orgânicos e contaminantes indesejados, propiciando filtração mais eficaz para a qualidade do produto final” – menciona.
O desenvolvimento das membranas e sistemas de fibra oca da Pentair é contínuo e significa avanço na tecnologia que continua a ser capaz de produzir com recursos mínimos. “Os atuais sistemas de membranas da Pentair são totalmente automáticos e as técnicas foram implementadas de tal forma que se ajustam para alcançar sempre as melhores condições de processo para obter uma produção ecologicamente correta, reduzindo o uso de água, energia e produtos químicos” – explica Koopman.
Segundo ele, as membranas de fibra oca oferecem grande vantagem em rendimento e economia de água, energia e produtos químicos. “O Filtro de Membrana de Cerveja Pentair (BMF), por exemplo, comparado às técnicas existentes, como terra diatomácea, economiza no descarte de resíduos e na perda de produto até 0,1%. O mesmo se aplica às proteínas lácteas e vegetais” – destaca Koopman.
Contato das empresas
AirLink: www.airlinkfiltros.com.br
Pentair: www.xflow.pentair.com
Sefar: www.sefar.com