Editorial

O filtro do ar como evidência e suporte ambiental


O filtro do ar como evidência e suporte ambiental
Parece coisa de ficção científica, mas num futuro próximo, os filtros do ar podem ter um papel ainda mais relevante para a sociedade, além de promover a melhoria do ar que respiramos: auxiliar em investigações policiais e na preservação da biodiversidade do planeta.
É fato que os filtros do ar retém muitas partículas e impurezas, mas um projeto em desenvolvimento por pesquisadores na Universidade de Flinders, na Austrália, leva esse conceito mais além, ao analisar os filtros do ar-condicionado para a coleta de DNA. Os pesquisadores acreditam que a análise dos filtros possa apontar presenças antigas, recorrentes ou até mais recentes nos ambientes nos quais estão instalados. Assim, teoricamente, pode ser possível identificar pessoas que, por exemplo, estejam usando luvas para não deixar digitais.
A proposta segue um conceito ainda novo do que se chama DNA ambiental (e-DNA), que consiste na análise de amostras coletadas no ambiente - seja o ar, água ou terra – e já é utilizada por biólogos para identificar criaturas marinhas que habitam áreas profundas dos oceanos, de difícil acesso.
Em 2022, pesquisadores da Dinamarca, Reino Unido e Canadá tiveram êxito na captura do e-DNA em amostras do ar de zoológicos, o que permitiu identificar diversas espécies de animais. Com auxílio de três filtros de ar, o primeiro grupo com os cientistas dinamarqueses conseguiu identificar 30 mamíferos, 13 pássaros, quatro peixes, um anfíbio e um réptil, incluindo peixes que eram usados para alimentar os animais do zoológico.
No segundo grupo, os pesquisadores do Canadá e Reino Unido buscaram rastrear o movimento dos animais pela coleta de 72 amostras de ar. Foram identificadas 25 espécies de animais, sendo 17 em cativeiro, como suricatos, preguiças e burros, e encontrados alguns animais que só estavam de passagem pelo zoológico, como esquilos. Os cientistas acreditam que esse tipo de mapeamento será vital para auxiliar na preservação da biodiversidade, principalmente no caso de animais ameaçados de extinção e que são mais difíceis de rastrear pelos meios tradicionais.
E por falar em ar, na matéria de capa desta edição trazemos a importância dos filtros de ar nos equipamentos hidráulicos; e ainda: substratos para impressão digital; filtro lenticular; filtros plissados; meios filtrantes para fluido óleo e muito mais.
Boa leitura e até a próxima edição!

Rogéria Sene Cortese Moura
Editora

 


 

Conselho Editorial: 
Adriano de Paula Bonazio; Alex Alencar; Alice Maria de Melo Ribeiro; André Luis Moura; Cláudio Chaves; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Jeffrey John Hanson; João Moura; José Luis Tejon Megido; Laíssa Cortez Moura; Leonardo Zanata; Lucas Cortese Moura; Luciano Peske Ceron; Mauro Urbinati; Marco Antônio Simon; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Pedro Verpa; Robert Scarlett; Rogério Jardini; Valdir Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio.
 

Colaboraram nesta edição:
Adriano de Paula Bonazio e Marco Antônio Simon (Abrafiltros); Lucas Cortese Moura e Gabriel Cortez (Iteb); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Priscila Silva, José Augusto da Silva Moraes, Celso Stupiglia, Cesar Souza, Hairton Oliveira e Márcio Cirino (Parker); David Siqueira de Andrade, Gabriela Oppermann e Filipe Andrade (Supply Service); José Amaro, Eduardo Azevedo e Celso Ramos (Newtec); (Filtech); Felipe Floriani (Valmet); Pedro Prádanos (Veolia); Gustavo Souza Checcucci (Braskem); (Ambipar); Gabriel Lemos de Souza (Hydac); Rafael Tronca (Hidroação); (Bentley); (UFI Filters); Sérgio Monteiro (Purilub); Ricardo Fozzatti (Volans Filtros); Daniel Zocchio (American Air Filter International); André Gallo (Trox do Brasil); Fábio Guerra (AirLink); David Braga (Prime Talent); Lais Bardini (Mahle); André Gonçalves (MANN-FILTER); Diogo Rocha (Wega); Lucca Thiesen Barros e Ricardo José Barros (Grupo Ambiensys) e Danilo Roberti Alves de Almeida (brCarbon).

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