Pintura industrial e os filtros utilizados nos processos

A pintura industrial é utilizada em diversos setores e é responsável por proteger superfícies, melhorar a durabilidade e estética dos materiais, além de garantir resistência contra fatores como corrosão, intempéries e abrasão


Pintura industrial e os filtros utilizados nos processos

A pintura industrial é utilizada em diversos setores e é responsável por proteger superfícies, melhorar a durabilidade e estética dos materiais, além de garantir resistência contra fatores como corrosão, intempéries e abrasão, criando uma barreira protetora que impede a deterioração do material e prolonga sua vida útil.
Segundo Giovanni Mannelliceo, representante da Brafiltros, nas montadoras automotivas, por exemplo, o cuidado com a qualidade da pintura estética é muito alto. “Entendo  que é diferente do tratamento de superfície, ou seja, na montadora aquele pelinho a mais na pintura faz toda a diferença, aquela pequena sujeira pode estragar uma produção, enquanto no tratamento de superfície a atenção é mais para proteção” - enfatiza. 
Nesse sentido, cada procedimento é adaptado às características do material a ser pintado e às condições do ambiente em que será utilizado. A escolha do processo, do tipo de tinta e dos métodos de aplicação é feita com base nas necessidades específicas, levando em consideração a durabilidade, a exposição ambiental e a resistência necessária. 
Pintura Líquida Convencional: É um dos métodos mais comuns utilizados em processos industriais para aplicar revestimentos de proteção e acabamento em diferentes superfícies, como metais, plásticos, madeira e outros materiais. 
Segundo Kauê Teixeira, representante da SuperAR Equipamentos, esse processo utiliza tintas líquidas tradicionais aplicadas com pistolas de pulverização e, posteriormente, secam ao ar ou em estufas. É comum para materiais que não podem ser submetidos a altas temperaturas e ideal para regiões complexas, mas exige controle rigoroso de resíduos de tinta (overspray).
É importante mencionar que este método é amplamente utilizado devido à sua versatilidade, variedade de acabamentos e capacidade de aplicação em diferentes materiais e superfícies. É muito utilizada na indústria automotiva, de máquinas e equipamentos, na construção civil e na indústria naval.
Pintura Eletrostática: Carrega eletricamente a tinta para aderir a superfícies metálicas, reduzindo desperdício e aumentando a eficiência. A pintura eletrostática é muito utilizada em superfícies metálicas, proporcionando um acabamento suave e uniforme.
O material a ser pintado recebe uma carga elétrica oposta à da tinta, que é pulverizada na forma de pequenas partículas. Essa carga faz com que a tinta seja atraída e aderida à superfície. Após a aplicação, o material é curado, geralmente em um forno.
É utilizada em carrocerias automotivas, eletrodomésticos, equipamentos agrícolas e móveis de metal. Entre as principais vantagens temos a aplicação precisa, redução de desperdício, alta adesão e acabamento homogêneo.
Pintura em Pó (Powder Coating): Nesse caso, a tinta em pó adere por carga eletrostática e é curada termicamente, formando uma camada durável e resistente. A pintura a pó é amplamente utilizada em diversas indústrias por sua durabilidade e acabamento uniforme.
O processo utiliza partículas de pó seco (geralmente resinas plásticas ou metálicas) que são aplicadas eletricamente sobre a superfície. O objeto é carregado eletricamente com carga oposta à do pó, o que faz com que o pó grude na superfície. Depois, o mesmo é levado a um forno para que o pó derreta e se funda, formando uma camada protetora e uniforme.
Alta resistência à corrosão, abrasão e agentes químicos, acabamento de alta qualidade e homogêneo são alguns dos principais benefícios desse tipo de pintura. É utilizado em componentes automotivos, eletrodomésticos, estruturas metálicas e equipamentos industriais.
Pintura por Imersão: A pintura por imersão é um método simples e eficaz, onde o objeto a ser pintado é imerso em um tanque de tinta líquida. O material é submerso e depois é retirado lentamente para que o excesso escorra e a camada se uniformize. A tinta é então curada ou seca em estufa ou naturalmente.
Oferece aplicação de uma camada uniforme em superfícies complexas e excelente resultado para peças pequenas e em grandes volumes. Entre as principais aplicações temos peças automotivas, componentes de máquinas e móveis metálicos.
Pintura Airless (Sem Ar): A pintura airless utiliza alta pressão para atomizar a tinta, pulverizando-a diretamente na superfície sem a necessidade de ar comprimido. No processo, a tinta é pressionada através de uma bomba de alta pressão e é pulverizada sobre a superfície em forma de finos jatos, proporcionando uma cobertura rápida e eficiente.
Por causa da sua cobertura rápida de grandes áreas e controle sobre a espessura da camada aplicada, é amplamente utilizado em pintura de grandes estruturas metálicas, navios, pontes, silos e tubulações.
Pintura por Cortina d’Água: Neste processo, o excesso de tinta é capturado por uma cortina de água, reduzindo emissões e controlando a contaminação do ambiente. A tinta é aplicada por meio de pistolas de spray, e o excesso que não adere à peça é capturado por uma cortina de água, impedindo que o overspray contamine o ambiente de trabalho. 

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A água circula por um sistema de reciclagem que a purifica para reutilização. Essa alternativa oferece redução significativa de poluição no ambiente de pintura, recuperação de partículas de tinta e controle do overspray, evitando desperdício. É bastante utilizada em pintura automotiva, equipamentos industriais e eletrodomésticos.
Pintura por Pulverização Convencional (Spray Painting): A pintura por pulverização é o método mais tradicional e ainda amplamente utilizado, especialmente em indústrias automotivas e de construção. A tinta é atomizada com a ajuda de ar comprimido e pulverizada sobre a superfície em uma fina camada. Pode ser realizada manualmente ou por sistemas automatizados, dependendo da aplicação.
Trata-se de um processo flexível para várias superfícies e tipos de tinta. Aplicação em grandes áreas e superfícies complexas, como automóveis, móveis, equipamentos de construção, fachadas de edifícios.
Pintura por Cataforese (Electrodeposition / E-coating): Esse processo utiliza eletricidade para depositar uma camada de tinta sobre o material. É muito comum na indústria automotiva para a pintura de chassis e carrocerias.
A peça é submersa em um banho de tinta à base de água, onde uma corrente elétrica é aplicada. A tinta carrega uma carga elétrica que adere ao objeto metálico, criando uma camada de revestimento uniforme. Tem excelente adesão e cobertura em áreas de difícil acesso, alta resistência à corrosão e é um processo automatizado e econômico.
Pintura com Pistola de Pulverização (Pintura de Spray Manual): A pistola de pintura é amplamente usada para aplicações manuais, também sendo muito comum na pintura industrial, automotiva e de móveis. Como o próprio nome diz, utiliza uma pistola pulveriza tinta líquida ou pó sobre a superfície. Esse processo pode ser manual ou automatizado, dependendo da demanda e do tipo de peça a ser pintada.
Pintura por Anodização (Anodizing): A anodização é um processo eletroquímico usado para criar uma camada protetora de óxido em superfícies de alumínio, magnésio ou titânio. Nesse caso, o material é submerso em um banho eletrolítico, e uma corrente elétrica é aplicada, criando uma camada de óxido na superfície do metal. A espessura e as propriedades da camada de óxido podem ser controladas pelo tempo e a intensidade da corrente elétrica.
Francisco de Souza, representante do depto. comercial da Unotech, explica que de maneira geral esses processos previnem corrosão e danos causados por exposição ao ambiente, aumentam a vida útil de superfícies, mantendo a integridade em condições agressivas e garantem uma aparência uniforme e de alta qualidade, crucial para peças acabadas. “ Vale destacar que, por exemplo, métodos como a eletrostática e o powder coating também minimizam desperdícios e aceleram o processo de pintura” - afirma. 

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É importante ressaltar que cada processo oferece vantagens específicas, como resistência à corrosão, durabilidade, qualidade de acabamento ou eficiência. Escolher o mais adequado é fundamental para garantir a longevidade do produto, a proteção contra elementos ambientais e a estética, ou seja, correta aplicação e a escolha do material são determinantes para o sucesso do projeto.

O uso de filtros
O uso de filtros em pinturas industriais são essenciais para garantir um ambiente de trabalho seguro, controlar a emissão de partículas e gases nocivos, e assegurar a qualidade da pintura. Podemos dizer, então, que são dispositivos e técnicas essenciais que oferecem qualidade no acabamento e proteção para o equipamento de pulverização e para o ambiente de trabalho. 
A função principal desses equipamentos é capturar o overspray (partículas de tinta que não aderem à superfície), remover gases e compostos nocivos, e manter a qualidade do ar e do ambiente de trabalho. Existem vários tipos aplicados em diferentes etapas do processo de pintura industrial, cada um com uma função específica: Filtros de ar, Filtros de tinta, Filtros de exaustão, Filtros de Recirculação de Tinta, Filtros de Teto, e Filtros de Separação de Água e Óleo.
Os Filtros de ar garantem que o ar que entra na cabine esteja livre de poeira e outros contaminantes que possam interferir na qualidade da pintura. Esses podem ser divididos em três categorias: Filtros de entrada de ar, Filtros reguladores de pressão e os Filtros de linha de ar.
O primeiro é utilizado em compressores, garantindo que o ar utilizado no processo de pintura esteja livre de impurezas, como poeira e partículas sólidas. Lembrando que essas impurezas podem afetar a qualidade da pintura, criando bolhas ou falhas no acabamento.
Já os filtros reguladores de pressão removem partículas sólidas, água e óleo do ar comprimido antes que ele chegue à pistola de pintura, garantindo uma pulverização uniforme e consistente. Por fim, os filtros de linha de ar são instalados diretamente na linha de ar, evitando que partículas suspensas no ar causem defeitos na pintura.
Os mais comuns são os de Filtros de Fibra de Vidro, responsáveis por capturar partículas maiores e são utilizados na entrada de ar para manter o ambiente da cabine limpo e os Filtros Sintéticos, que oferecem uma filtragem mais fina e são eficientes para manter a qualidade do ar dentro da cabine.
“Filtros como as mantas de fibra de vidro com densidade progressiva melhoram a qualidade do ar, uma vez que garantem que partículas grandes e pequenas sejam removidas em estágios, melhorando a eficiência e a durabilidade do sistema” - enfatiza Souza.

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Os Filtros de Tinta, por sua vez, são usados no sistema de alimentação de tinta, eles capturam partículas e detritos que possam estar presentes no material. Isso evita entupimentos na pistola de pulverização e assegura que a tinta aplicada tenha uma consistência uniforme.
Nesse caso, os mais utilizados são Filtros de Bicos de pulverização, posicionados diretamente nos bicos da pistola de pulverização, evitando o entupimento e garantindo uma pulverização fina e regular; e os Filtros de Balde ou Tambor, usados em sistemas de pintura onde a tinta é bombeada de recipientes maiores. Esses removem partículas grandes e detritos antes de a tinta ser transferida para o sistema de pulverização.
Os Filtros de exaustão são responsáveis por capturar e remover as partículas de tinta e vapores que são gerados durante o processo de pintura, ou seja, o excesso de tinta em spray, névoas de pintura e solventes antes de o ar ser expelido para o ambiente externo, evitando a poluição e danos ao sistema de ventilação. Eles limpam o ar que sai da cabine, impedindo que contaminantes e substâncias químicas nocivas sejam liberados no ambiente externo.
Em poucas palavras, esses filtros garantem que o ar exaurido da cabine seja limpo e seguro. Isso protege o ambiente ao redor da cabine e contribui para a conformidade com as normas ambientais. Também são responsáveis por  evitar a contaminação cruzada entre diferentes ciclos de pintura.
“Os filtros de insuflamento e de exaustão trabalham juntos para garantir que o processo de pintura ocorra em um ambiente controlado e seguro. Enquanto os filtros de insuflamento protegem o interior da cabine e a qualidade da pintura, os filtros de exaustão garantem que o ar exaurido não cause impactos negativos ao meio ambiente ou à saúde dos trabalhadores. Em conjunto, eles são fundamentais para um processo de pintura eficiente, seguro e sustentável” - ressalta Fabio V. Guerra, consultor técnico da AirLink.

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Em sistemas de pintura por recirculação, os Filtros  de Recirculação de Tinta asseguram que a tinta seja constantemente filtrada para remover quaisquer partículas contaminantes antes de ser reaplicada. Isso economiza material e mantém a qualidade da pintura.
Esses componentes são essenciais nos sistemas de pintura industrial, especialmente em ambientes onde a tinta é recirculada durante o processo de aplicação. A recirculação da tinta visa otimizar o uso dos materiais, reduzir desperdícios e garantir a qualidade contínua da tinta utilizada.
Ademais, o uso de tinta contaminada pode causar entupimentos nas pistolas de pulverização, bicos de spray e outros componentes do sistema de pintura. Esses equipamentos evitam esses problemas, prolongando a vida útil dos equipamentos e reduzindo a necessidade de manutenção.
Os filtros de recirculação de tinta podem variar em termos de design e tecnologia, dependendo do tipo de tinta utilizada (base água ou solvente) e do processo de aplicação (manual ou automatizado). 
Para esse modelo, destacamos os filtros de Malha Metálica, utilizados para capturar partículas maiores e sujeiras grosseiras presentes na tinta;  os filtros de cartucho, para capturar partículas finas; filtros magnéticos, usados para remover partículas metálicas da tinta, especialmente em processos de pintura que envolvem superfícies metálicas ou ferramentas; e os filtros hidrociclones, utilizados para remover contaminantes sólidos e líquidos da tinta.
No caso dos Filtros de Teto, conhecidos como manta plenum, eles têm a função de capturar e filtrar as partículas e contaminantes presentes no ar externo à cabine de pintura. São responsáveis por garantir que o ar esteja limpo e livre de impurezas que possam prejudicar a qualidade do acabamento da pintura ou até mesmo a saúde dos operadores.
Com funcionamento com base no princípio da filtragem de ar é projetado para reter as partículas presentes no ar, deixando-o limpo e livre de impurezas. Quando o ar contaminado com partículas de tinta e outros contaminantes é sugado para dentro da cabine de pintura, ele passa através do filtro de teto. 
Esses itens devem ser capazes de capturar e reter as partículas poluentes e outros contaminantes presentes no ar, para que não sejam liberados na atmosfera ou se depositem nas superfícies a serem pintadas. Eles são classificados de acordo com sua eficiência de filtragem, que é medida em porcentagem de partículas retidas” afirma.
Além disso, os Filtros de Teto devem ser resistentes o suficiente para suportar a pressão do ar que passa por eles sem se danificar ou se romper, e ter baixa perda de carga para evitar que o fluxo de ar dentro da cabine de pintura seja prejudicado.
“Na cabine de pintura o processo de filtragem pode ser por cortina d’água (85% das vezes), a seco ou agora tem novos equipamentos chamados de filtros cubo, responsáveis por uma alta retenção de sólidos. Esses são bastante utilizados na Europa e estão vindo para o Brasil” - explica Mannelliceo.

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Na filtragem a seco, o ar contaminado com o overspray de tinta é direcionado através de uma série de filtros que capturam as partículas de tinta. Esses filtros podem ser de materiais como fibra de vidro, papel plissado ou outros meios sintéticos, que retêm as partículas de tinta, enquanto o ar limpo é liberado de volta no ambiente ou direcionado para o sistema de exaustão.
Na filtragem por cortina d’água, o excesso de tinta (overspray) é capturado por uma cortina de água que flui continuamente sobre uma parede ou plano inclinado. A água carregada com partículas de tinta é então filtrada e tratada em um sistema de separação de resíduos e recirculada. A tinta capturada na água é removida por meio de decantação ou outros métodos de separação.
Finalizando, os Filtros de Separação de Água e Óleo são usados em sistemas de ar comprimido para garantir que qualquer resíduo de água ou óleo seja removido antes de o ar ser usado no processo de pintura. A presença de umidade ou óleo pode comprometer seriamente a qualidade da pintura.
São itens fundamentais para manter a eficiência e a segurança no processo de pintura industrial, reduzindo defeitos e minimizando o desperdício de material. Além disso, a correta escolha e manutenção dos filtros garantem um ambiente de trabalho mais limpo e saudável.
Souza explica que sem filtros adequados, partículas podem contaminar a superfície pintada, resultando em falhas e retrabalho. Lembrando que a ausência desses equipamentos pode liberar vapores nocivos e partículas de tinta no meio ambiente, gerando riscos ambientais.
“Não podemos esquecer os Filtros de Retenção, usados na saída das cabines de pintura para capturar e reter partículas de tinta no ar, garantindo que apenas o ar limpo seja liberado no ambiente; os Filtros de Poeira, específicos para capturar partículas sólidas proporcionando uma cabine de pintura livre de contaminantes; e os Filtros de Adsorção de Gases, responsáveis por um ambiente seguro para os operadores e proteção para o meio ambiente” - complementa Teixeira.
Diante de tudo isso, é importante destacar que a escolha adequada do filtro depende das necessidades específicas do processo e do ambiente, isso porque, cada tipo desempenha um papel crucial no sistema de filtragem. “Filtros adequados garantem que o ar dentro da cabine esteja limpo e livre de partículas que poderiam comprometer a qualidade da pintura. Isso resulta em acabamentos suaves, sem defeitos, bolhas ou manchas, elevando o padrão do produto final” - afirma Guerra.

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Gestão de resíduos
A gestão de resíduos industriais e os perigos relacionados à combustão espontânea de materiais contaminados por tintas com compostos orgânicos voláteis (COVs) são pontos de grande atenção, mas para entender um pouco melhor essa questão e pensar em alternativas de cuidado e prevenção é válido mencionar os principais riscos que esses processos oferecem. 
O primeiro deles é o Risco de Combustão, uma vez que solventes presentes em muitas tintas industriais evaporam rapidamente e podem formar misturas explosivas ao se combinarem com o oxigênio. Vapores de COVs, quando em concentrações inflamáveis e combinados com uma fonte de calor ou faísca, podem atingir o ponto de fulgor, provocando a ignição e possível explosão.

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Depois há a questão da oxidação e geração de calor, uma vez que muitos solventes voláteis passam por reações de oxidação ao entrarem em contato com o oxigênio, liberando calor. Se esse calor não for dissipado, principalmente em materiais como panos, filtros ou mantas saturadas, ele pode gerar uma combustão espontânea. Este fenômeno é especialmente perigoso em ambientes mal ventilados.
Ainda temos a combustão espontânea. Em depósitos ou áreas onde materiais contaminados são acumulados sem ventilação adequada, o calor gerado pela oxidação dos solventes pode acumular-se, iniciando um incêndio, assim é de suma importância armazenar corretamente esses materiais para evitar esse tipo de incidente.
Diante deste cenário, várias práticas preventivas são cruciais para evitar combustão e explosões em indústrias que utilizam solventes voláteis. Uma delas é em relação a ventilação adequada, áreas de descarte e armazenamento devem ser projetadas para garantir ventilação contínua, evitando o acúmulo de vapores inflamáveis. 
Depois, é preciso enfatizar que materiais contaminados, como panos e filtros, devem ser armazenados em recipientes metálicos fechados, resistentes ao fogo, que previnam a acumulação de vapores inflamáveis. Outro ponto de destaque é que muitas indústrias de ponta utilizam sistemas de monitoramento que detectam gases inflamáveis no ar. Esses sensores podem alertar para concentrações perigosas de vapores, prevenindo acidentes graves.
Ainda vale mencionar que materiais saturados com COVs devem ser armazenados em recipientes metálicos selados para evitar a acumulação de calor e vapores. Essa prática reduz significativamente o risco de combustão espontânea. Ademais, o descarte de resíduos de tinta e solventes voláteis deve ser feito em conformidade com regulamentações ambientais rigorosas, garantindo que sejam encaminhados a centros de tratamento especializados.
Souza explica que o manejo correto de resíduos industriais não apenas previne incêndios e explosões, mas também protege o meio ambiente e a saúde dos trabalhadores. “O risco de combustão associado a COVs, se não for adequadamente controlado, pode ter consequências catastróficas” - finaliza o representante da Unotech. 

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Contato das empresas
AirLink:
www.airlinkfiltros.com.br
Brafiltros: www.brafiltros.com.br
SuperAR Equipamentos: www.superarequipamentos.com.br
Unotech: www.unotech.com.br

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