Avaliação do Ciclo de Vida e Pegada de Carbono mensuram impactos ambientais para melhorar negócios
Por Cristiane Rubim
Edição Nº 132 - Janeiro/Fevereiro 2025 - Ano 23
A mudança climática tem trazido desafios globais e governos mundiais se reuniram recentemente na COP29 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas para grandes debates e decisões. Na ponta, empresas, governos e ONGs buscam medir impactos
A mudança climática tem trazido desafios globais e governos mundiais se reuniram recentemente na COP29 – Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas para grandes debates e decisões. Na ponta, empresas, governos e ONGs buscam medir impactos para diminuir a carga ambiental. Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) e Pegada de Carbono são muito utilizadas para mensurar o impacto ambiental de produtos, processos e atividades.
Em conjunto, estes dois métodos fornecem visão integrada para ações eficazes de mitigação das mudanças climáticas. Inúmeros indicadores de sustentabilidade fazem parte do estudo de ACV. Existem diferentes categorias para customizar uma métrica relevante ao negócio. Mensurá-las agiliza encontrar fontes de impacto e alterar e melhorar processos produtivos. Técnicas de filtração focam hoje também em minimizar a pegada de carbono e o uso de recursos para melhorar a sustentabilidade.
Vantagem competitiva
Para minimizar o aquecimento global, emissões de dióxido de carbono devem ser reduzidas 85% até 2050 em relação aos níveis de 2000 até 2050. Com Pegada de Carbono, empresas quantificam emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) associadas ao ciclo de vida dos produtos, incluindo matérias-primas, fabricação, transporte, armazenamento, uso e descarte. Os resultados podem criar vantagem competitiva, por exemplo, aperfeiçoar o design de um produto e divulgar informações ambientais dos produtos.
A Avaliação de Ciclo de Vida mede diversos impactos ambientais com visão holística e detalhada de todas as etapas do ciclo de vida de um produto, processo ou serviço: consumo de água, poluição do ar e recursos naturais. ACV analisa múltiplos fatores ambientais para avaliações de sustentabilidade e identificação de melhorias em produtos e processos.
Principais diferenciais da ACV:
1) Verifica impactos ambientais ao longo do ciclo de vida, contemplando etapas produtivas, logística, uso e reciclagem/reúso;
2) Avalia diversas categorias de impacto ambiental: Mudanças Climáticas, Acidificação, Eutrofização, Depleção de Recursos Fósseis etc.
A ACV avalia os impactos ambientais de produto, processo ou serviço, desde a extração de matérias-primas até a produção, distribuição, uso e descarte final:
• Primeiro, são definidos limite e objetivo;
• Depois, levanta-se o ciclo de vida com coleta de dados de entrada e saída, como matérias-primas, energia, emissões e resíduos;
• Em seguida, impactos ambientais são classificados e quantificados: Aquecimento Global, Acidificação, Eutrofização etc. para avaliação;
• Esses dados são interpretados e os resultados analisados para indicações de melhorias da sustentabilidade.
A Pegada de Carbono é focada em única métrica e quantifica o total de Gases de Efeito Estufa (GEE), por toneladas de CO2 equivalente (tCO2e), emitido por meio direto ou indireto em uma atividade, organização ou produto. Avalia apenas o impacto da emissão de GEE, ou seja, a categoria Mudanças Climáticas. Fornece dados para definir e monitorar metas de redução das emissões, metas climáticas e relatórios de sustentabilidade. Consumo de eletricidade de combustíveis fósseis; emissões de veículos, aviões etc.; da fabricação de produtos; e da decomposição de resíduos estão entre seus componentes.
Resultados
Por meio das duas metodologias, as empresas verificam pontos críticos na geração de impactos ambientais e/ou no consumo de recursos na produção como uma bússola para implementar práticas de eficiência energética, redução de resíduos e uso responsável dos recursos naturais. “Em setores industriais, os resultados dessas análises podem ser combinados com outras práticas de ecoeficiência e economia circular, fortalecendo a competitividade e o alinhamento com metas de sustentabilidade” – afirma Eduardo Toshio, coordenador de sustentabilidade aplicada na Fundação Eco+, consultoria de sustentabilidade mantida pela Basf para América do Sul.
ACV e Pegada de Carbono identificam pontos com maior impacto ambiental em processos e cadeias produtivas, possibilitando melhorias específicas. Empresas que utilizam essas ferramentas conseguem reduzir emissões de Gases de Efeito Estufa e o consumo de recursos naturais. “Essas práticas promovem estratégias sustentáveis, como o design para sustentabilidade, a eficiência energética e a economia circular. Os resultados obtidos são amplamente utilizados em certificações ambientais, contribuindo para a melhoria da reputação corporativa diante de investidores e consumidores mais conscientes” – destaca Tiago Rocha, sócio-consultor da ACV Brasil.
Tanto a Análise do Ciclo de Vida quanto a avaliação da Pegada de Carbono abrangem todas as etapas do ciclo de vida de produtos ou processos.
Os resultados dessas análises nem sempre são intuitivos e variam de acordo com fatores de:
• Contexto operacional;
• Particularidades do setor;
• Características dos recursos envolvidos.
Fonte: ACV Brasil.
“É essencial avaliar cada condição específica de operação para fundamentar decisões mais conscientes, precisas e alinhadas aos objetivos de sustentabilidade” – orienta Rocha. Dentro desta conduta, segundo ele, evitam-se soluções aparentemente sustentáveis, mas que correm o risco de causar impactos em outras etapas do ciclo de vida.
Benefícios concretos
As práticas de ACV e da análise da Pegada de Carbono resultaram em benefícios concretos para a Dakhia e o meio ambiente. A empresa se destaca em sustentabilidade com diversas iniciativas estratégicas. Entre elas, está o Qualinyl Eco, biopoliamida feita de fontes renováveis, como a palha de milho, que reduz em 50% a pegada de carbono em relação aos plásticos convencionais.
Com a ACV, a empresa otimizou processos produtivos, identificando e minimizando etapas de maior impacto ambiental, o que reduziu a emissão de Gases de Efeito Estufa e o uso de recursos naturais. “A integração da sustentabilidade nos produtos e processos da Dakhia tem reduzido impactos ambientais e gerado valor” – conta Alex Roberto dos Santos, analista de processos e sistema de gestão integrado (SGI) da Dakhia.
Ao adotar práticas transparentes, a Dakhia garante conformidade com regulamentações ambientais. “Atende ainda às expectativas de clientes e parceiros que valorizam fornecedores sustentáveis, reforça sua imagem corporativa como empresa responsável e atrai novas oportunidades comerciais” – relata Santos.
O resultado de uma Avaliação do Ciclo de Vida, onde se inclui a Pegada de Carbono, serve para comunicar e posicionar um produto/processo em relação a outros de referência quanto às emissões de Gases de Efeito Estufa geradas/removidas em seu ciclo de vida, desde a extração de recursos naturais até destinação de seus resíduos. “Com este valor declarado e verificado por certificação, os consumidores podem optar pela compra de um produto com menores emissões que seu concorrente. Em Políticas Públicas, o governo pode incentivar substituir uma prática por outra que garanta menores emissões para o produto final” – exemplifica Nilza Patrícia Ramos, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente.
Filtração aliada
Métodos de filtração que minimizam a pegada de carbono e o uso de recursos. “Filtros lavadores de gases, filtros para partículas suspensas, filtros para tratamento de água e ETE, uso de resinas pós-consumo e pós-indústria de início na produção reduzem média de 50% na pegada de carbono, tratamento de água e circuito fechado, diminuindo seu consumo” – aponta Santos. Assim como, segundo ele, a compra de energia elétrica de fonte 100% renovável, com matriz energética eólica.
Reduzir a pegada de carbono vai além da adoção de novas tecnologias. “Envolve também práticas de compensação e medidas integradas de mitigação de impacto. Os métodos de filtração de alta eficiência, como membranas e osmose reversa, são grandes aliados. Além de minimizarem o desperdício, otimizam o uso dos recursos, enquanto práticas adicionais, como a de materiais de balanço de biomassa, a redução de energia e o reúso de água, aumentam a eficiência ambiental” – afirma Toshio.
Ao integrar materiais reciclados e otimizar o uso energético nos processos, as indústrias reduzem ainda mais as emissões diretas, unindo desempenho ambiental e ecoeficiência. A Fundação Eco+ coordena projetos de restauração florestal em parceria com outras instituições para compensação de carbono equivalente emitido durante atividades comuns, tanto para pessoa física quanto para pessoa jurídica. “Após o plantio, emitimos atestado da ação e enviamos relatórios periódicos de monitoramento” – menciona Toshio.
Coprodutos
De acordo com Nilza, o mercado investe em práticas que utilizem menor quantidade de insumos e energia em seus processos e que, por outro lado, garantam remover contaminantes que possam trazer prejuízos ao solo, água, ar e biodiversidade.
Outra busca relevante, segundo Nilza, é aproveitar ao máximo resíduos como coprodutos de valor comercial na Economia Circular. Como exemplos:
• Uso de filtros de gases tóxicos;
• Utilização de fontes energéticas limpas: biocombustíveis, solar, eólica etc.;
• Remoção de metais pesados dos processos;
• Geração de novos produtos para o uso dentro da cadeia ou para venda.
Fonte: Embrapa Meio Ambiente.
Estruturais
A sustentabilidade no tratamento de rejeitos e em outras áreas industriais depende de práticas além do descarte responsável. “É preciso a conscientização dos colaboradores sobre a importância da sustentabilidade nos negócios – começando por pequenos gestos, como organizar coleta seletiva, por exemplo – e depois estimular o desenvolvimento de projetos mais sofisticados” – pontua Toshio. Desde a otimização do uso de matérias-primas, utilização de energia de forma racional e inteligente para reduzir o desperdício e o impacto ambiental até o consumo consciente de recursos naturais, como a água.
Toshio cita o Demarchi & Jaboatão+Ecoeficiente, programa desenvolvido no Complexo de Tintas e Vernizes da Basf, no ABC Paulista, que, desde 2010, implementa iniciativas de aumento da eficiência e redução de impactos ambientais. “No primeiro momento, fizemos uma série de workshops e palestras com lideranças e colaboradores da fábrica para conscientizá-los da relevância de pequenas ações em sustentabilidade. Após maior engajamento deles neste processo, começou-se a desenvolver projetos estruturais, que envolviam a produção e as instalações da fábrica” – relata. Entre estas ações, estão a reutilização de matérias-primas, as melhorias na logística para reduzir o número de viagens de caminhão e o uso eficiente de energia e água.
Em 13 anos de programa, o Complexo de Tintas e Vernizes da Basf conseguiu reduzir:
• 30% das emissões de CO2 por tonelada de tinta produzida;
• 81% do consumo de diesel;
• 35% do consumo de água;
• 21% do consumo de energia elétrica.
Depois do sucesso em São Bernardo do Campo (SP), o programa foi expandido para a unidade de Jaboatão dos Guararapes (PE), em 2021, com o mesmo foco de otimização de processos e sustentabilidade. “Esses resultados melhoraram os indicadores ambientais e econômicos da produção e o bem-estar dos colaboradores, que agora trabalham menos expostos a materiais químicos e ruídos sonoros graças à modernização de equipamentos” – avalia Toshio. Estas práticas fortalecem a cultura corporativa voltada à sustentabilidade, indo além dos ganhos ambientais, como melhores condições de trabalho, eficiência econômica e alinhamento às metas de ecoeficiência.
Com recursos da comercialização de alguns resíduos para empresas de reciclagem, a Dakhia investe em áreas de descanso e jogos dos colaboradores. “A coleta seletiva de resíduos, incluindo a venda dos resíduos que podem ser reciclados, e o cuidado com contaminantes líquidos, como óleos e resíduos da extrusão das resinas plásticas pela filtragem e tratamento de efluentes via ETE, melhoram o viés de sustentabilidade, que já faz parte estratégica da empresa” – conta Santos.
“Reaproveitar resíduos e implementar práticas circulares reduz impactos ambientais e promove ciclos produtivos mais sustentáveis” – afirma Rocha, da ACV Brasil. Porém, segundo ele, é preciso avaliar os fatores e os contextos operacionais para evitar soluções aparentemente sustentáveis, mas que podem transferir impactos para outras etapas do ciclo de vida.
Normas
Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) e Pegada de Carbono são metodologias com normas determinadas pela ISO (International Organization for Standardization). A ACV segue normas definidas pela ISO 14040 e ISO 14044, enquanto a Pegada de Carbono, a ISO 14067. São contabilizadas entradas e saídas de energia e insumos; e emissões da geração de um produto. Essa contabilidade é transformada em impactos de várias naturezas por modelos de softwares.
A Pegada de Carbono é uma das categorias de impacto da ACV, a de Mudanças Climáticas. “Hoje, existem no mercado e em desenvolvimento ferramentas que utilizam a ACV para contabilizar a pegada de carbono de diversos produtos. Na Embrapa, as ferramentas disponíveis se destinam a produtos agrícolas, como a RenovaCalc, usada na política RenovaBio” – cita Nilza.
Na parceria entre a Dakhia e a empresa de medições de emissões de GEE e análise de pegada de carbono, os estudos são realizados com metodologias em conformidade com normas e padrões vigentes e auditorias de verificação de certificação.
• ISO 14040 e 14044: estabelecem diretrizes para a realização de ACV;
• ISO 14067: determina a Pegada de Carbono e fornece requisitos e diretrizes para quantificar as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) no nível do produto.
Softwares, como SimaPro, e a base de dados Ecoinvent auxiliam na elaboração destes estudos.
Transparência
As avaliações de impacto ambiental de produtos trazem maior transparência. “As empresas compartilham informações sobre os impactos de seus produtos por meio de declarações e relatórios” – salienta Rocha, da ACV Brasil. Influenciam também as mudanças regulatórias e o design. “Orientam Políticas Públicas que visam limitar os impactos ambientais causados por produtos e serviços e impulsionam o design mais sustentável de produtos” – destaca.
“Os resultados de avaliações de desempenho ambiental, usando ACV em certificações, são voltados para posicionamento de produtos em mercados mais exigentes no aspecto ambiental” – ressalta Nilza, da Embrapa. São utilizados ainda em Relatórios Públicos de Sustentabilidade e Responsabilidade Ambiental e para comprovar a redução de emissões para compromissos assumidos por empresas em acordos nacionais e internacionais.
Por meio dos estudos e medições realizados, a Dakhia constatou que a emissão de seus processos era extremamente baixa. “E, consequentemente, a emissão de seus produtos também, mesmo sendo resinas virgens de combustíveis fósseis, quando utiliza biopolímeros, como a poliamida 5.6, e os produtos com base em matérias-primas recicláveis. Aí, os números são muito satisfatórios, pois reduzem 50% na pegada de carbono” – avalia Santos.
Comparação e base
Os resultados da ACV mostram os pontos críticos de melhoria de desempenho ambiental, comparam produtos concorrentes e servem de base para obter a Declaração Ambiental de Produto – Environmental Product Declaration (EPD), em inglês –, rotulagem ambiental mais rigorosa existente.
A ACV avalia o desempenho ambiental de produto de qualquer setor produtivo:
• No escopo, o estudo é mais abrangente na abordagem “berço ao túmulo”, ciclo de vida completo, desde a extração de recursos naturais até a disposição final;
• Escopos mais reduzidos, porém, não de menor qualidade do estudo, contemplam “berço ao portão”, desde a extração de recursos naturais até a produção do produto em análise;
• Ou “berço ao uso”, mesmo do “berço ao portão”, com o acréscimo da logística e distribuição e uso do produto.
Fonte: Fundação Eco+.
A ACV pode ser aplicada no escopo de interesse a ser declarado. “Desde a extração dos recursos até a porta da fábrica de insumos; até a porteira da fazenda para produtos agrícolas; ou até o consumidor final e à destinação dos resíduos” – menciona Nilza, da Embrapa. Para o GHG Protocol, padrão global para que empresas mensurem e gerenciem emissões de GEE, a ACV está sendo usada como opção no escopo 3.
Fazem parte do escopo de ACV materiais produzidos com bases recicláveis, que são Produtos Pós-Consumo (PCR); e Produtos Pós-Indústria (PCI). Favorece que estas matérias-primas sejam adquiridas apenas de fontes legalizadas que respeitem os requisitos dos manuais de fornecimento da Dakhla sobre meio ambiente e as normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT). “Não sendo aceitas fontes que utilizam trabalhadores menores de idade, trabalhadores em condições análogas ao trabalho escravo e empresas que sonegam impostos ou poluem o ambiente” – declara Santos, da Dakhia.
A abrangência de ACV é ampla, sendo aplicada em diversos setores, incluindo serviços. Entre as principais aplicações da ACV, encontram-se:
• Desenvolvimento de produtos mais sustentáveis;
• Formulação de Políticas Públicas e regulamentações ambientais;
• Realização de benchmarking para comparação de desempenho entre produtos ou processos;
• Elaboração de Declarações Ambientais de Produto (EPDs), que fornecem informações detalhadas sobre o impacto ambiental de um produto ao longo de seu ciclo de vida.
Fonte: ACV Brasil.
Emissões de GEE
A Pegada de Carbono é igual à Avaliação do Ciclo de Vida em escopo e abrangência. Quanto à aplicação, assim como na ACV, compara a performance apenas de Intensidade de Emissão de GEE entre produtos concorrentes, mas não para obter a Declaração Ambiental de Produto. “No Inventário Corporativo de Gases de Efeito Estufa, a Pegada de Carbono de produto serve para selecionar insumos com menor intensidade de carbono, reduzindo as emissões de Escopo 3 do inventário” – explica Toshio.
Um Inventário Corporativo não é o mesmo que a Pegada de Carbono. “O Inventário Corporativo se propõe a contabilizar as emissões de GEE decorrentes da operação da empresa, incluindo emissões diretas e indiretas” – menciona.
Um Inventário Corporativo divide-se em três escopos:
Escopo 1 (emissões diretas): de fontes que pertencem ou são controladas pela organização, por exemplo: emissões de combustão em caldeiras, fornos, veículos da empresa ou por ela controlados.
Escopo 2 (emissões indiretas de energia): da aquisição de energia elétrica e térmica consumida pela empresa.
Escopo 3 (outras emissões indiretas): das atividades de fontes que não pertencem ou não são controladas pela empresa. Exemplo: extração e produção de matérias-primas e outros materiais realizados por outra empresa, mas utilizados nos processos da empresa que está elaborando o inventário.
Automotivo
Assim como a ACV, o escopo da Pegada de Carbono de Produto inclui todos os estágios do ciclo de vida. De abrangência ampla, a pegada de carbono é aplicada em diversos setores. Entre as principais aplicações da pegada de carbono, estão:
• Desenvolvimento de produtos com menor emissão de GEE;
• Obtenção de rótulos ambientais;
• Definição de metas de neutralidade de carbono;
• Sensibilização de stakeholders sobre impactos climáticos das emissões de Gases de Efeito Estufa.
Fonte: ACV Brasil.
Os estudos de pegada de carbono abrangem alguns produtos com matérias-primas virgens, mas, em sua maioria, estão voltados aos produtos com base reciclável e a todas as aplicações possíveis.
Destaque para o setor automotivo, que visa reduzir emissões de Gases do Efeito Estufa e percentual de carbono equivalente na montagem dos carros devido à necessidade do mercado e às normas globais impostas pelos governos e Órgãos Não Governamentais, caso da adequação ao Projeto Mover, que aumenta os requisitos obrigatórios de sustentabilidade para os veículos novos vendidos no País.
“A Dakhla mediu as emissões e, como não há variação entre os processamentos dos seus produtos, é possível considerar o mesmo valor de emissões para todos os produtos. Muda apenas a inclusão dos dados da pegada de carbono que os componentes das matérias-primas carregam” – diz Santos.
Contato das empresas
ACV Brasil: www.acvbrasil.com.br
Basf: www.basf.com
Dakhia: www.dakhia.com.br
Embrapa Meio Ambiente: www.embrapa.br/meio-ambiente