Filtrado - O que acontece no mercado de filtros
Por Curadoria Revista Meio Filtrante
Edição Nº 133 - Março/Abril 2025 - Ano 23
O que acontece no mercado de filtros
Filtros prensa potencializam resultados para a indústria no Brasil
O uso de filtros prensa impulsiona a eficiência nos processos industriais de diversos setores como meio ambiente, mineração, alimentos e produtos químicos. Responsáveis pela separação sólido/líquido, esses equipamentos são fundamentais para o tratamento de rejeitos e resíduos, produção de alimentos e inúmeras aplicações industriais. A ANDRITZ Separation Brasil se destaca como fornecedora dessa tecnologia há anos e é o único fabricante nacional de filtros prensa de 2500 mm, consolidando sua posição no mercado ao oferecer soluções que atendem às normas brasileiras de segurança, eficiência e sustentabilidade.
Com uma expertise de 40 anos em filtros prensa e mais de 4.000 unidades produzidas no Brasil, a ANDRITZ de Pomerode atua com um portfólio diversificado, que inclui filtros prensa dos tipos câmara e diafragma, com tamanhos variando de 400x400 mm a 2500x2500 mm. Esses equipamentos são projetados para oferecer alta eficiência e produtividade, atendendo desde pequenas até grandes operações industriais.
A fabricação nacional garante o cumprimento das normas locais, abrangendo as normas reguladoras NR10, NR12, NR13 e NR17, segurança mecânica, elétrica e ambiental. Certificações como ISO 9001, 14001 e 45001 atestam o compromisso da empresa com a qualidade e sustentabilidade em todas as etapas de produção.
Maurício Heinzle, diretor de vendas da ANDRITZ, ressalta a atuação da empresa na produção do material para atender o desafio do mercado: “Os filtros prensa são uma solução eficaz para empresas que buscam melhorar processos, reduzir custos operacionais e atender a padrões ambientais cada vez mais exigentes. Nosso diferencial é combinar experiência local com tecnologia de ponta, possibilitando que clientes de diferentes portes obtenham ganhos reais de produtividade”, afirma.
Além da expertise técnica, a ANDRITZ investe em suporte ao cliente. O laboratório em Pomerode (SC) permite o desenvolvimento e a customização de processos, enquanto equipes de pós-venda multidisciplinares asseguram a longevidade e eficiência dos equipamentos.
Site: www.andritz.com
Fonte: Vocali
Filtragem móvel pode mudar o futuro das barragens no Brasil
A fabricante chinesa de equipamentos de filtragem industrial, JingJin, apresentou ao mercado brasileiro a Mobile Platform, equipamento móvel que permite que o processo de filtragem de rejeitos seja realizado em diferentes locais das plantas de mineração, sem a necessidade de fundações fixas ou instalações permanentes, já que o equipamento tem a opção de operar sob rodas eliminando a necessidade barragens e permitindo o descomissionamento das existes, podendo transformar a abordagem no tratamento das barragens de rejeito da mineração, um dos temas mais sensíveis ambientalmente no país.
Por se tratar de um equipamento com mobilidade, não há a necessidade de obras civis permanentes, como fundações e terraplanagem, reduzindo os impactos ambientais nas áreas de instalação, bem como seus custos de implantação. O conjunto móvel é composto por um filtro prensa, sistema hidráulico, bomba de alimentação de polpa e correia transportadora, oferecendo uma solução completa em um formato compacto e customizável. Com capacidade de até 250 m² de área filtrante, o equipamento visa combinar performance à versatilidade através de uma solução do tipo plug and play.
“Nossa estação móvel de filtragem foi projetada para atender às demandas mais críticas do setor, como o tratamento de rejeitos em barragens e bacias de adensamento. Além de promover a sustentabilidade, a Mobile Platform aumenta a segurança das operações e reduz custos operacionais”, explica Hudson Braga, engenheiro especialista em filtragem de rejeitos da JingJin.
A questão das barragens de rejeito no Brasil é tema extremamente sensível devido ao histórico de ocorrências recentes, como os rompimentos em Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019, que resultaram em graves perdas humanas, ambientais e econômicas. Esses eventos evidenciaram a urgência em implementar soluções de tratamento de rejeitos mais seguras e eficientes, como o uso de filtros prensa. “Tecnologias avançadas de filtragem possibilitam a redução significativa do volume de rejeitos armazenados em barragens, promovendo a desidratação dos resíduos e viabilizando alternativas mais sustentáveis para seu manejo”, afirma Wesley Xavier, CEO da companhia no Brasil. De acordo com o Relatório de Barragens de Mineração de Dezembro/2024 da Agência Nacional de Mineração, a ANM, o país possui mais de 800 barragens de rejeito cadastradas, sendo que cerca de 40% são classificadas como de alto risco ou de alto potencial de dano ambiental. “Esse cenário reforça a necessidade de adotar tecnologias que minimizem riscos e transformem a gestão de rejeitos no setor, garantindo a segurança das operações e reduzindo os impactos ambientais associados à mineração”, reforça Xavier.
Algumas empresas já adotaram os sistemas fixos de filtragem de rejeito da fabricante chinesa em suas operações, como é o caso da LGA Mineração, localizada em Lobo Leite, Minas Gerais. Nessas operações, a filtragem dos rejeitos desempenha um papel fundamental na eliminação da necessidade de formação de barragens, permitindo o empilhamento de rejeitos à seco com umidade reduzida. O CEO da LGA, Paulo Soares, afirma que os rejeitos atingem aproximadamente 16% de umidade: “O processo de filtragem dos rejeitos não apenas assegura a estabilidade geotécnica das pilhas garantindo segurança operacional, como também reforça as práticas de sustentabilidade e o compromisso e respeito da nossa empresa com as questões ambientais”, afirma Soares. Aplicando mobilidade a JingJin acredita que poderá adaptar o equipamento às condições variáveis das operações de mineração, otimizará o uso de recursos e reduzirá o impacto ambiental das atividades extrativas e permitirá o descomissionamento das barragens no país.
Fonte: Notícias Dino