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Nem todos os filtros podem ser limpos ou higienizados

Filtros são dispositivos ou sistemas que têm a função de separar, reter ou remover impurezas de um meio (que pode ser líquido, gás ou até mesmo sinais e dados). Na prática, eles atuam como barreiras que permitem a passagem apenas das frações desejadas


Nem todos os filtros podem ser limpos ou higienizados

Filtros são dispositivos ou sistemas que têm a função de separar, reter ou remover impurezas de um meio (que pode ser líquido, gás ou até mesmo sinais e dados). Na prática, eles atuam como barreiras que permitem a passagem apenas das frações desejadas enquanto retêm partículas indesejadas, contaminantes ou substâncias específicas.
Essencialmente, a função de um filtro é melhorar a qualidade do meio processado, seja para proteger equipamentos, garantir a segurança de produtos ou assegurar a integridade dos dados analisados.  Mas o que pode ser feito quando esses equipamentos estão saturados?
Infelizmente, nem todos os filtros foram projetados para serem limpos e reutilizados. Em muitos ambientes e equipamentos, esses itens são dispositivos descartáveis, utilizados uma única vez para evitar contaminação cruzada e garantir a integridade da amostra. Esse design de uso único elimina o risco de que resíduos de uma amostra permaneçam no filtro e afetem resultados subsequentes.
Por outro lado, há equipamentos, especialmente em sistemas industriais ou em algumas aplicações de filtração contínua, que foram concebidos para serem limpos e higienizados. Esses filtros reutilizáveis podem passar por processos de backwash, limpeza química ou até autoclave, desde que o material e a construção do filtro suportem tais procedimentos. 
Contudo, mesmo nesses casos, é fundamental seguir as orientações e recomendações do fabricante, pois a limpeza inadequada pode degradar a performance, reduzir a vida útil do filtro ou comprometer a segurança do processo.
“Nem todos os filtros podem ser limpos ou regenerados. Na linha de filtros metálicos fornecidos pela AirLink, por exemplo, a regeneração é permitida. Esses filtros são permanentes e projetados para serem reutilizados após limpeza adequada. Modelos descartáveis, como filtros absolutos (HEPA) ou filtros de papel, não devem ser higienizados, pois a estrutura do material pode ser comprometida, reduzindo sua eficiência” - afirma Fábio Vieira Guerra - consultor técnico da AirLink Filtros.
Desta forma, a capacidade de limpar e higienizar depende do  tipo, material e da finalidade para a qual foi projetado. É fundamental consultar as especificações do fabricante antes de reutilizar, para garantir que o processo de limpeza não comprometa sua eficácia ou a qualidade dos resultados analíticos.
Quando um filtro não é limpo ou é utilizado além de sua capacidade, resíduos e contaminantes podem se acumular em sua superfície, ocasionando entupimentos, alterações no fluxo e, consequentemente, interferindo na precisão dos resultados. Assim, a limpeza é um passo essencial para manter a eficiência da filtração e a qualidade das análises em ambientes laboratoriais e industriais.
Manutenção do Desempenho: Resíduos acumulados podem reduzir a eficácia da filtragem, aumentando a resistência ao fluxo do líquido e comprometendo a taxa de filtração. Uma limpeza regular garante que o filtro opere nas condições ideais, mantendo sua capacidade de reter partículas indesejadas sem comprometer o volume ou a composição da amostra.
Prevenção da contaminação cruzada: Em processos que envolvem a preparação e análise de amostras, a presença de resíduos de usos anteriores pode contaminar novas amostras. Isso é particularmente crítico em análises sensíveis, onde até mesmo pequenas quantidades de contaminantes podem levar a resultados imprecisos ou falsos.
Prolongamento da vida útil do equipamento: A manutenção e a limpeza regular não só protegem a integridade das amostras, mas também previnem danos aos equipamentos conectados ao sistema de filtração. Filtros entupidos podem exigir trocas mais frequentes ou causar desgaste prematuro em sistemas de injeção, por exemplo, em cromatógrafos.
Qualidade analítica e reprodutibilidade: Para assegurar a consistência e a reprodutibilidade dos resultados, é essencial que os filtros estejam limpos e livres de contaminantes. O cuidado regular contribui para a confiabilidade dos dados analíticos, minimizando variações indesejadas entre as amostras.
Em resumo, a limpeza dos filtros é vital para garantir que o sistema de filtração opere com máxima eficiência. “Além disso, a limpeza dos filtros evita o aumento da resistência ao fluxo de ar. Isso reduz o consumo energético do equipamento e prolonga a vida útil do equipamento, garantindo uma filtragem consistente de partículas” - complementa Fábio Vieira Guerra.

Nem todos os filtros podem ser limpos ou higienizados 

O processo 
A possibilidade de limpar e higienizar um filtro depende diretamente do seu design, do material do qual foi fabricado e da sua finalidade. Em geral, podemos distinguir dois grupos principais. O primeiro deles são os de Filtros descartáveis, esses dispositivos não são projetados para limpeza ou reutilização, justamente para evitar riscos de contaminação cruzada e garantir a integridade da amostra.
Depois temos os Filtros Reutilizáveis, destinados a aplicações industriais ou sistemas de filtração contínua que foram projetados para serem limpos e higienizados. Segundo Guerra, a falta de limpeza nesses casos resulta no acúmulo de partículas, o que aumenta a perda de carga no sistema, reduz a eficiência do fluxo de ar e força os equipamentos a trabalharem mais, elevando o consumo de energia e custos operacionais. Além disso, pode comprometer a qualidade do ar e causar falhas no sistema.
O processo de limpeza de filtros reutilizáveis envolve diversas etapas cuidadosamente planejadas para remover resíduos e contaminantes sem comprometer a integridade da membrana ou do suporte do filtro, mas vale lembrar que as recomendações específicas podem variar conforme o tipo de filtro (por exemplo, filtros cerâmicos, metálicos ou de polímeros reutilizáveis) e as instruções do fabricante.
Tudo começa com a verificação do tipo de filtro, ou seja, antes de iniciar a limpeza, é fundamental confirmar se o filtro foi projetado para ser reutilizado. Muitos filtros, como os de seringa usados em análises laboratoriais, são descartáveis para evitar contaminação cruzada. Somente filtros reutilizáveis  devem passar pelo processo de limpeza.
Depois temos a desmontagem e a remoção de resíduos visíveis. Nessa etapa é necessário a remoção do filtro do sistema com cuidado, evitando derramamentos ou a contaminação de superfícies, e a verificação se há resíduos sólidos ou depósitos visíveis que possam ter se acumulado durante o uso.
A Pré-Lavagem é a próxima etapa. Para o enxágue inicial é utilizado água destilada ou outro solvente de baixa agressividade para remover partículas soltas e resíduos superficiais. Esse processo ajuda a minimizar a carga contaminante que será removida nas etapas seguintes.
Se os contaminantes forem orgânicos (como óleos ou resíduos de amostras), a escolha do solvente deve ser compatível com o material do filtro. Para resíduos mais complexos, pode ser usado um detergente neutro diluído. Dependendo do tamanho e do formato do filtro, pode ser vantajoso imergir o filtro na solução de limpeza ou fazer uma circulação forçada (backwash) para que a ação do solvente penetre em toda a superfície da membrana.

Nem todos os filtros podem ser limpos ou higienizados

Após a etapa química, o filtro é enxaguado com água destilada ou um solvente de enxágue compatível. Essa etapa é crucial para evitar que resíduos do agente de limpeza permaneçam e interfiram em análises futuras ou degradem o desempenho do filtro.
Em alguns casos, como aplicações em ambientes biológicos ou farmacêuticos, o filtro pode ser submetido a esterilização, como em autoclave ou tratamentos químicos, desde que o material suporte essas condições sem perder suas propriedades.
A etapa final consiste na secagem completa do filtro. O uso de ar comprimido ou a exposição controlada em ambiente limpo e seco ajuda a garantir que não haja umidade residual, que poderia favorecer a proliferação de microrganismos ou a formação de depósitos. Ademais, antes de recolocar o equipamento no sistema, deve-se realizar uma inspeção para confirmar que a limpeza não comprometeu a integridade da membrana. Testes simples de fluxo ou verificação visual podem ajudar a garantir que o filtro manterá sua eficiência na filtração.
“A limpeza dos filtros metálicos, por exemplo, deve ser feita utilizando jatos de água e detergente neutro. Após a remoção completa dos poluentes, o filtro deve ser seco e impregnado com óleo não secativo, removendo o excesso. Esse óleo cria uma película que aumenta a capacidade de retenção de partículas. O processo é relativamente simples e pode ser feito por pessoal treinado, não exigindo necessariamente uma equipe especializada, desde que sejam seguidas as recomendações técnicas” - detalha o especialista da AirLink.

Cuidados e recomendações
Apesar da pouca complexidade, algumas considerações são importantes na hora de limpeza ou higienização de um filtro. A primeira delas é em relação à compatibilidade química. É fundamental verificar a compatibilidade do solvente ou detergente com o material do filtro. Produtos inadequados podem danificar a membrana e reduzir sua eficácia.
Também é essencial seguir as orientações do fabricante quanto à frequência de limpeza e aos métodos recomendados. A limpeza inadequada pode reduzir a vida útil do filtro ou causar contaminação cruzada. Em sistemas industriais, frequentemente utiliza-se um protocolo de CIP, que permite a limpeza sem a necessidade de desmontar o filtro, utilizando circuitos de lavagem automatizados com solventes e água.
De acordo com Guerra, a manutenção regular é fundamental para garantir a eficiência dos filtros e evitar problemas no sistema. A limpeza é uma etapa importante dessa manutenção e deve ser realizada de acordo com os intervalos recomendados ou sempre que a perda de carga atingir níveis críticos Além disso, uma inspeção regular pode identificar possíveis desgastes ou danos.
“A limpeza regular dos filtros mantém o desempenho previsto no projeto, reduzindo quedas de eficiência que poderiam comprometer a operação e o resultado final. Isso também contribui para manter os equipamentos de ventilação e exaustão funcionando de maneira otimizada” - enfatiza.
O fato é que, seguindo as etapas e cuidados, é possível manter filtros reutilizáveis em condições ideais de desempenho, contribuindo para a qualidade das análises e a durabilidade dos equipamentos. Vale ressaltar mais uma vez que é importante sempre consultar as orientações específicas do fabricante para adaptar o procedimento à natureza do filtro utilizado. 

Nem todos os filtros podem ser limpos ou higienizados


Contato da empresa
AirLink Filtros:
www.airlinkfiltros.com.br

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