Como Você Decide Na Hora De Comprar Um Filtro
Por Paulo R. Antunes
Edição Nº 53 - Novembro/Dezembro de 2011 - Ano 10
Você leva em consideração todos os requerimentos do seu processo e então determina exatamente o que quer?
Você leva em consideração todos os requerimentos do seu processo e então determina exatamente o que quer? Você informa suas necessidades a alguns fornecedores e transfere a responsabilidade de dimensionamento para eles e escolhe a melhor opção levando em consideração o preço e o prazo? Você se baseia em aplicações semelhantes existentes na sua empresa, mesmo sabendo que pode existir tecnologia mais moderna? Você decide pelo menor custo de investimento inicial ou leva em conta o custo de operação? Você é capaz de decidir por um equipamento mais caro ou um pouco menos eficiente em prol da redução do impacto causado no meio ambiente?
Atuando na área de filtração industrial há 25 anos, tivemos a oportunidade de atuar nas duas pontas deste incrível mercado, primeiro com o vendedor de algumas das maiores empresas do setor e depois como consultor, ajudando nossos clientes a definirem a melhor tecnologia e o melhor dimensionamento dos filtros e sistema de filtração a serem adquiridos para atenderem seus requerimentos.
Observamos neste período que existe alguma dificuldade na hora de definir o que comprar quando o assunto é filtração e os motivos são diversos, por exemplo:
• O que preciso saber sobre o produto a ser filtrado;
• Dúvidas quanto aos resultados finais que devem ser obtidos com o equipamento a ser comprado qual a eficiência, deve ser nominal ou absoluto...;
• Que tipo de tecnologia de filtração deve ser usado: Cartucho, Bolsa, Areia, Automático, Retro lavável, Separador centrífugo, hidrociclones, etc;
• Qual o dimensionamento do equipamento, qual o tempo ideal para trocar os elementos filtrantes, qual a vazão, melhor usar filtros em paralelo, devo usar préfiltros...;
• Qual o material de construção mais adequado para o filtro.
Na verdade, poderíamos estender esta lista indefinidamente, essas dúvidas são comuns, embora os filtros estejam entre os itens mais importantes em uma planta de processo ou facilidades, normalmente são encarados como aqueles "carinhas" inconvenientes que fazem parar a planta para limpeza, troca de elementos, ocasionam perda de carga ao sistema entre outras coisas, sem contar que a maioria dos cursos, sejam técnicos ou superiores, dedicam ao "Pobre do Filtro" não mais de um semestre e apresentam inúmeros tipos de equipamentos, a maioria nem existe mais, ou complicadas fórmulas de tortas compressíveis e não compressíveis, etc.
Filtração é essencialmente empírica. Olha ai pessoal, não quero dizer com isso que toda a formulação teórica existente não tem valor, não é isso, pelo contrário ela é de suma importância como referencial, ela é o inicio, é o marco inicial de partida. O que acontece é que a teoria esta fundamentada em experiências de laboratório, com condições controladas e normalmente em escala infinitamente menor que uma planta industrial, é por isso que vocês vão encontrar um monte de "Ks", "Cs", "Es" ..., que são constantes de ajustes, já perceberam?
Não temos nenhuma pretensão de criar um conjunto de procedimentos para você seguir a risca com a finalidade de decidir qual o melhor filtro para sua aplicação, em vez disso, decidimos criar algumas dicas práticas que poderão ajudar a definir melhor o que você precisa.
Parece óbvio, mas não é. Investigar e definir com clareza porque tenho que filtrar é um exercício que pode lhe trazer respostas inesperadas e pode lhes mostrar o caminho para a determinação do tipo de filtração que você precisa.
Questione todos os envolvidos, descubra o porque é necessário filtrar? Escreva as respostas, discuta e chegue a uma resposta consensual. Você estará ai determinando qual é o objetivo da sua filtração.
Reúna todos os dados do produto, a ser filtrado, tais como propriedades físico-químicas do fluido, propriedades físico-químicas dos sólidos e propriedades físico-químicas da emulsão.
Lembre-se que estas propriedades mudam conforme suas condições de operação, portanto, não esqueça que estas propriedades devem ser levantadas, preferencialmente, nas condições de operação (temperatura, pressão, umidade, etc.) Você estará ai informando os dados básicos do produto ou fluido a ser filtrado.
Converse com seu pessoal de processo e operação, pergunte qual a vazão mínima e máxima que o filtro deverá operar, verifique se a filtração deverá ser contínua ou por batelada, verifique se existe algum período em que a planta fica parada, verifique qual é a perda de carga admissível sem afetar o processo de produção, Pergunte se há variação de temperatura ao longo do processo, pergunte se há perigo de contaminação em algum estágio especial da planta. Você estará ai escrevendo os Requerimentos de Operação do Filtro.
As condições físico-químicas que você levantou, aliadas as condições de operação lhe darão a indicação do material mais adequado. Observe também o material empregado na tubulação envolvida, se ela é adequada, quanto tempo tem de operação. Esta observação pode ser uma boa dica para definição do material do filtro.
Amplie sua visão, olhe a planta ou o fluxograma de engenharia de suas instalações e discuta onde será melhor instalar o filtro, verifique mais de um ponto, se for usar uma pré filtração, verifique se este pré filtro pode proteger mais componentes do processo, verifique os espaços disponíveis para instalação e acesso, observe as facilidades de instalação, manipulação e descarte do rejeito e elementos filtrantes, se houver.
Ai você estará definindo a localização e a necessidade de eventuais acessórios ou sistemas especiais de manipulação e descarte do rejeito e/ou elementos filtrantes.
Você está quase pronto para definir qual será a melhor tecnologia de filtração e equipamento para atender aos seus requerimentos de filtração de forma mais eficiente e econômica.
Agora está na hora de você conhecer um pouco mais das tecnologias disponíveis no mercado, seus benefícios e indicações, converse com alguns fabricantes/fornecedores, solicitando referências, pesquisando aplicações semelhantes.
Atuando na área de filtração industrial há 25 anos, tivemos a oportunidade de atuar nas duas pontas deste incrível mercado, primeiro com o vendedor de algumas das maiores empresas do setor e depois como consultor, ajudando nossos clientes a definirem a melhor tecnologia e o melhor dimensionamento dos filtros e sistema de filtração a serem adquiridos para atenderem seus requerimentos.
Observamos neste período que existe alguma dificuldade na hora de definir o que comprar quando o assunto é filtração e os motivos são diversos, por exemplo:
• O que preciso saber sobre o produto a ser filtrado;
• Dúvidas quanto aos resultados finais que devem ser obtidos com o equipamento a ser comprado qual a eficiência, deve ser nominal ou absoluto...;
• Que tipo de tecnologia de filtração deve ser usado: Cartucho, Bolsa, Areia, Automático, Retro lavável, Separador centrífugo, hidrociclones, etc;
• Qual o dimensionamento do equipamento, qual o tempo ideal para trocar os elementos filtrantes, qual a vazão, melhor usar filtros em paralelo, devo usar préfiltros...;
• Qual o material de construção mais adequado para o filtro.
Na verdade, poderíamos estender esta lista indefinidamente, essas dúvidas são comuns, embora os filtros estejam entre os itens mais importantes em uma planta de processo ou facilidades, normalmente são encarados como aqueles "carinhas" inconvenientes que fazem parar a planta para limpeza, troca de elementos, ocasionam perda de carga ao sistema entre outras coisas, sem contar que a maioria dos cursos, sejam técnicos ou superiores, dedicam ao "Pobre do Filtro" não mais de um semestre e apresentam inúmeros tipos de equipamentos, a maioria nem existe mais, ou complicadas fórmulas de tortas compressíveis e não compressíveis, etc.
Filtração é essencialmente empírica. Olha ai pessoal, não quero dizer com isso que toda a formulação teórica existente não tem valor, não é isso, pelo contrário ela é de suma importância como referencial, ela é o inicio, é o marco inicial de partida. O que acontece é que a teoria esta fundamentada em experiências de laboratório, com condições controladas e normalmente em escala infinitamente menor que uma planta industrial, é por isso que vocês vão encontrar um monte de "Ks", "Cs", "Es" ..., que são constantes de ajustes, já perceberam?
Não temos nenhuma pretensão de criar um conjunto de procedimentos para você seguir a risca com a finalidade de decidir qual o melhor filtro para sua aplicação, em vez disso, decidimos criar algumas dicas práticas que poderão ajudar a definir melhor o que você precisa.
Parece óbvio, mas não é. Investigar e definir com clareza porque tenho que filtrar é um exercício que pode lhe trazer respostas inesperadas e pode lhes mostrar o caminho para a determinação do tipo de filtração que você precisa.
Questione todos os envolvidos, descubra o porque é necessário filtrar? Escreva as respostas, discuta e chegue a uma resposta consensual. Você estará ai determinando qual é o objetivo da sua filtração.
Reúna todos os dados do produto, a ser filtrado, tais como propriedades físico-químicas do fluido, propriedades físico-químicas dos sólidos e propriedades físico-químicas da emulsão.
Lembre-se que estas propriedades mudam conforme suas condições de operação, portanto, não esqueça que estas propriedades devem ser levantadas, preferencialmente, nas condições de operação (temperatura, pressão, umidade, etc.) Você estará ai informando os dados básicos do produto ou fluido a ser filtrado.
Converse com seu pessoal de processo e operação, pergunte qual a vazão mínima e máxima que o filtro deverá operar, verifique se a filtração deverá ser contínua ou por batelada, verifique se existe algum período em que a planta fica parada, verifique qual é a perda de carga admissível sem afetar o processo de produção, Pergunte se há variação de temperatura ao longo do processo, pergunte se há perigo de contaminação em algum estágio especial da planta. Você estará ai escrevendo os Requerimentos de Operação do Filtro.
As condições físico-químicas que você levantou, aliadas as condições de operação lhe darão a indicação do material mais adequado. Observe também o material empregado na tubulação envolvida, se ela é adequada, quanto tempo tem de operação. Esta observação pode ser uma boa dica para definição do material do filtro.
Amplie sua visão, olhe a planta ou o fluxograma de engenharia de suas instalações e discuta onde será melhor instalar o filtro, verifique mais de um ponto, se for usar uma pré filtração, verifique se este pré filtro pode proteger mais componentes do processo, verifique os espaços disponíveis para instalação e acesso, observe as facilidades de instalação, manipulação e descarte do rejeito e elementos filtrantes, se houver.
Ai você estará definindo a localização e a necessidade de eventuais acessórios ou sistemas especiais de manipulação e descarte do rejeito e/ou elementos filtrantes.
Você está quase pronto para definir qual será a melhor tecnologia de filtração e equipamento para atender aos seus requerimentos de filtração de forma mais eficiente e econômica.
Agora está na hora de você conhecer um pouco mais das tecnologias disponíveis no mercado, seus benefícios e indicações, converse com alguns fabricantes/fornecedores, solicitando referências, pesquisando aplicações semelhantes.
Consultor Técnico da Área de Filtração e Desenvolvimento de Aplicações da Masterplan Projetos Técnicos Ltda. |