Mercado
Por Meio Filtrante
Edição Nº 43 - Março/Abril de 2010 - Ano 8
Confira as novidades do mercado industrial
O BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, já contabilizou cerca de 24 anúncios de estaleiros no país, com a indústria naval em franca expansão devido aos investimentos prometidos ao pré-sal. Seis empresas bateram às portas do banco de fomento com pedido de financiamento – e já entregaram as cartas-consulta, primeiro passo para obtenção dos recursos da instituição. Dez projetos, que reúnem cerca de R$ 4,6 bilhões em investimentos, têm aval do Fundo da Marinha Mercante (FMM) para sair do papel, e ao que tudo indica estes projetos serão em sua maioria erguidos no nordeste, como o projeto do estaleiro Paraguaçu, da construtora Odebrecht, que prevê investimentos de R$ 1,6 bilhão e será construído em Alagoas. Já o Estaleiro da Bahia (Ebasa), terá instalações preparadas para a produção de navios de grande porte ou plataformas de petróleo, e receberá segundo o BNDES, R$ 905,7 milhões.
Outros dois projetos também estão destinados a serem construídos no Nordeste: Corema Indústria e Comércio, no município de Simões Filho, na Bahia, e Estaleiro Promar, no Ceará, que, segundo o BNDES, será voltado para a produção de barcos de apoio.
A publicação no DOU lista também projetos localizados no Rio Grande do Sul, São Paulo, Amazonas e Rio de Janeiro.
O segmento siderúrgico prevê investimentos de US$ 39,8 bilhões até 2016, segundo projeção apresentada pelo Instituto Aço Brasil (IABr) ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 04 de fevereiro2010. Com isso, a capacidade produtiva da siderurgia nacional vai aumentar de 42 milhões de toneladas para 77 milhões de toneladas de aço bruto.
Os planos de incentivo do Governo, aliados ao crescimento do setor de petróleo e das ações de preparo para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016, alavancam o otimismo e a demanda do setor.
O ano de 2010 iniciou com força total e a estimativa de crescimento para 2010 é que haja um incremento entre 15% e 18% para as indústrias de máquinas, isso porque, já em dezembro passado, o mercado sinalizou uma mudança e os ganhos somaram R$ 6,26 bilhões, representando um crescimento de 7,3% em relação ao último mês de 2008.
Para o ano de 2009 estima-se que o segmento obteve um faturamento de R$ 64,26 bilhões, representando uma queda de 17,9%, em relação a 2008, desempenho negativo puxado principalmente pela queda de 40,5% nas exportações registradas no período. Ainda que o panorama seja positivo, ele não será suficiente para garantir a recuperação de todas as perdas sofridas desde a turbulência financeira. "Para garantir uma recuperação real, precisaríamos crescer, no mínimo, na casa dos 25%", afirma Luiz Aubert Neto, presidente da Associação Brasileira da Industria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
O otimismo dos industriais brasileiros em janeiro é o maior dos últimos 11 anos, aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), estudo este divulgado em 26 de janeiro pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador alcançou 68,7 pontos em janeiro, uma alta de 2,8 pontos ante outubro e de 21,3 pontos em relação a janeiro do ano passado, quando, atingida pela crise internacional, a confiança do empresário caiu para 47,9 pontos.
Na indústria de transformação, o indicador teve o quarto aumento consecutivo com 67,7 pontos. Todos os setores pesquisados apresentaram índices superiores a 60 pontos (valores abaixo de 50 indicam falta de confiança e, acima disso, otimismo).
O Grupo Schincariol, com sede em Itu e com 14 unidades fabris, prevê aumento de produção de 50% e investimento na ordem de R$ 1 bilhão para o ano de 2010. Os investimentos para 2010 serão focados em aumento da capacidade produtiva e marketing.
Com investimentos agressivos em marketing a mais de 6 anos, o Grupo Schincarriol lançou uma nova linha premium que se chama Devassa, que chega ao mercado nas versões 600 ml, lata e chope, tendo destinado cerca de R$ 100 milhões entre desenvolvimento do produto, fabricação, estratégia de comercialização, distribuição e campanha de marketing e publicidade.
A Abbott empresa dedicada à descoberta, desenvolvimento, produção e comercialização de produtos farmacêuticos e médicos, presente em mais de 130 países, anunciou a aquisição da empresa belga Solvay Pharmaceuticals pelo valor de US$ 6.2 bilhões.
Por ter concluído a compra neste período do ano, a Abbott espera acrescentar cerca de US$ 2.9 bilhões ao total de suas vendas em 2010, principalmente fora dos Estados Unidos, e cerca de US$ 500 milhões ao investimento anual da Abbott em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).
"A aquisição da Solvay Pharmaceuticals faz parte da estratégia da Abbott para reforçar nossa presença em mercados-chave, proporcionando um crescimento sustentável e importante na indústria", afirmou Miles D. White, presidente e principal executivo da Abbott. "Além de levar tanto os produtos da Abbott quanto da Solvay para novos mercados, a aquisição reforça nosso investimento em P&D, dando a Abbott a oportunidade de direcionar seu futuro crescimento farmacêutico".
Noticias e outras informações sobre a Abbott estão disponíveis no website da companhia, www.abbott.com.
A Templum, empresa de Campinas especializada na implementação de sistemas de gestão da qualidade, lança em fevereiro uma novidade para o mercado brasileiro: implementação ISO via internet, através do site www.isoonline.com.br.
A ISO Online simplifica todo o processo feito por consultores in loco nas empresas. Com ela, a consultoria é feita através do site, que tem todo material necessário para o empresário realizar a implementação e, depois, a certificação.
Um dos maiores diferenciais do sistema é o valor cobrado. A implementação pode ser paga em 12 vezes de R$ 480,00 (sem certificação). O valor inicial, com certificação, é de 12 vezes de R$ 695,00, sofrendo acréscimos de acordo com o tamanho de cada empresa. Esses valores chegam a ser 75% mais baratos do que a implementação tradicional. O tempo para todo processo irá variar entre seis e 12 meses, dependendo de cada empresa.
A mais importante feira do agribusiness da América Latina, a AGRISHOW, que será realizada no período de 26 a 30 de abril próximo, em Ribeirão Preto/SP, abrangerá uma área de 360 mil metros quadrados, representando um aumento de 50% em relação à área de suas mais concorridas edições anteriores, que era de 240 mil metros quadrados.
Para esta edição já foram comercializados cerca de 80% do total dos 145 mil metros quadrados disponíveis para instalação de estandes. Porém, caso necessário, a configuração da nova planta permite o aumento da área de expositores. Foram ampliadas as áreas dos pavilhões cobertos, de 4.200 metros quadrados para 7.200 metros quadrados. Mais de 730 expositores diretos e indiretos, sendo 50 vindos do exterior, já confirmaram participação em estandes que variam de 12 a 5.400 metros quadrados. As nove maiores indústrias de tratores e colheitadeiras estarão presentes, assim como dezenas de fabricantes de implementos agrícolas, de insumos, montadoras de caminhões e utilitários, aviação agrícola, prestadores de serviços, bancos, entidades de classe, instituições governamentais, mídia e outros. Durante o evento serão promovidas
800 demonstrações de máquinas e equipamentos e implementos agrícolas, além de test-drive de pick-ups.
Data: 26 a 30 de abril de 2010
Horário: 8h00 às 18h00
Local: Pólo Regional de Desenvolvimento Tecnológico dos Agronegócios do Centro-Leste / Centro de Cana IAC - Rod. Antonio Duarte Nogueira, Km 321 - Ribeirão Preto - SP
www.agrishow.com.br
Com os números fechados para o ano de 2009 e seu balanço mundial divulgado em 3 de fevereiro de 2010, a Scania comemora a retomada da liderança do mercado de caminhões pesados no Brasil, com 26,3% de participação, um crescimento de 6 pontos percentuais sobre o resultado do ano anterior, que foi de 20,3%. A Scania consolida ainda o Brasil como seu maior mercado mundial para caminhões, ônibus, motores e, pela primeira vez, peças.
Ao todo, foram comercializados no Brasil 8.324 caminhões Scania, 4% a mais que 2008. A Scania foi a única montadora a apresentar crescimento no período frente a uma queda de 20% do mercado total. Em ônibus, a empresa registrou a venda de 770 unidades, pequena queda em relação ao ano passado, de 6%. No segmento de motores, foram vendidos 1.665 unidades, volume 34% menor.
Mais informações sobre a Scania no site www.scania.com.br