Os Cuidados Com A Gripe A (H1n1) Nos Âmbitos Empresariais
Por João B. Moura
Edição Nº 40 - Setembro/Outubro de 2009 - Ano 8
Muito tem se falado sobre a gripe Influenza A acerca dos cuidados que devemos ter em casa, nos passeios, transportes públicos... mas quais os efeitos no ambiente empresarial? Como ela afeta a rotina das empresas?
Muito tem se falado sobre a gripe Influenza A acerca dos cuidados que devemos ter em casa, nos passeios, transportes públicos... mas quais os efeitos no ambiente empresarial? Como ela afeta a rotina das empresas?
Para esclarecer essas questões, Meio Filtrante inova e traz uma entrevista com o médico Dr. Geraldo Reple Sobrinho, Superintendente do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André (SP).
Os sintomas são parecidos, com a diferença da intensidade. Gripe comum: febre não superior a 39º, dores de cabeça e musculares de menor intensidade, dores acentuadas de garganta, tosse de menor intensidade, muco (catarro) forte e com congestão nasal e leve ardor nos olhos. Influenza A (H1N1): febre de início súbito a 39º, dores de cabeça e musculares intensas, dores leves de garganta, tosse seca e contínua, muco (catarro) pouco comum, e intenso ardor nos olhos.
A contaminação é semelhante à gripe comum, podendo ocorrer de pessoa para pessoa, principalmente por meio de espirro ou tosse. O contato com objetos contaminados com o vírus, seguido do contato no nariz ou boca, também é um meio de contaminação. No trabalho, em casa ou em qualquer ambiente, a contaminação se dá da mesma maneira.
A rotina mudou pela preocupação com a gravidade da doença. Como o tratamento é mais específico e vai além dos cuidados domésticos aos quais estamos habituados e pode até mesmo ocasionar internações, todas as pessoas têm se mostrado mais cautelosas e estão intensificando seus hábitos de higiene, como a lavagem frequente de mãos, a higienização de superfícies. Outra mudança é o comportamento no contato com as pessoas. Vemos que há um cuidado no cumprimento com beijos e até o aperto de mãos deixa de ocorrer ou, quando ocorre, há na sequência uma discreta higienização de mãos.
As atividades não devem ser alteradas se não há no grupo pessoas infectadas. Como a rotina adotada pelos órgãos oficiais de saúde pública preconiza o afastamento de pessoas acometidas de gripe até que se tenha o diagnóstico, as pessoas que permanecem nas empresas são aquelas que não apresentam quaisquer sintomas descritos. As reuniões devem ser realizadas em ambientes com ventilação natural e conduzidas de maneira tranquila, evitando que os presentes participem com receio de estarem em um ambiente fechado.
Não. O importante é que seja um local adequadamente ventilado, até por ser salutar, considerando que vivemos num país tropical. Sempre que possível, todos deveriam trabalhar em locais com janelas abertas.
Não há comprovação do aumento da propagação com o uso do ar condicionado.
A limpeza dos ambientes de trabalho segue as mesmas rotinas, com uso de álcool para remoção de sujidades.
Os serviços de medicina do trabalho devem estar preparados e orientados para receber o colaborador e seguir o protocolo desenvolvido para o diagnóstico e tratamento. Preconiza-se o afastamento temporário do colaborador. Caso haja a confirmação do caso, os demais colaboradores deverão estar atentos para os sintomas.
Se for diagnosticada a gripe comum, o colaborador pode continuar trabalhando. No entanto, o tempo entre a realização do exame para confirmar a contaminação e a liberação dos resultados acaba sendo proporcional ao tempo de afastamento.
A rotina adotada é a mesma. O colaborador é examinado e, se está no perfil descrito no protocolo e faz parte do grupo de risco (crianças menores de dois anos, idosos, gestantes, portadores de diabetes, cardiopatias, doença pulmonar ou renal crônica, deficiências imunológicas – SIDA, câncer – pessoas com obesidade mórbida e doenças provocadas por alterações da hemoglobulina, como anemia falciforme) inicia o tratamento. O afastamento recomendado é até a melhora dos sintomas.
Ainda não existe comprovação da imunidade ao vírus H1N1.
O afastamento corresponde à licença por motivo de doença. Se devidamente atestado por um médico, não pode ser descontado.
O trabalhador deve ser afastado do trabalho, procedimento que tem duas finalidades: proteger o trabalhador, promovendo uma recuperação melhor e mais rápida e evitar a disseminação (ação de cidadania).
Os cuidados com a higienização habitualmente adotados, como lavagem de mãos e uso de álcool gel. A utilização de máscaras é recomendada para trabalhadores em serviços de saúde.
A lavagem com água e sabão continua sendo a maneira eficaz de limpeza. A recomendação de não compartilhar talheres, copos e outros utensílios com pessoas contaminadas é para evitar o uso comum, como, por exemplo, pegar um alimento com o mesmo garfo que a pessoa está utilizando.
É recomendado o uso de copos descartáveis. O uso de bebedouros por contato direto deve ser evitado, pois colocar mãos e boca na superfície contaminada é meio de propagação.
Sim. Como os meios de comunicação em massa estão divulgando dados sobre a doença e sua evolução, é fundamental que as empresas realizem palestras educativas e de esclarecimentos, divulguem por meio de sistemas internos de comunicação (cartazes, folder, intranet), visando dirimir todas as dúvidas dos colaboradores e evitando a veiculação de informações distorcidas ou inverídicas a respeito da doença e do tratamento.
É importante manter as pessoas envolvidas com as ações preventivas, em todos os níveis. As informações adequadas são disseminadas no ambiente de trabalho e, principalmente, fora dele. Há medicamento adequado para o tratamento da influenza A e a distribuição por parte dos órgãos públicos de saúde visa coibir a comercialização inadequada e uso desnecessário de medicamentos.
A gripe A H1N1, assim como a gripe sazonal, são doenças que exigem cuidados e a adoção das medidas preconizadas para a redução da disseminação, assim estamos contribuindo para o bem estar de nossas famílias e da sociedade.
Para esclarecer essas questões, Meio Filtrante inova e traz uma entrevista com o médico Dr. Geraldo Reple Sobrinho, Superintendente do Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André (SP).
Os sintomas são parecidos, com a diferença da intensidade. Gripe comum: febre não superior a 39º, dores de cabeça e musculares de menor intensidade, dores acentuadas de garganta, tosse de menor intensidade, muco (catarro) forte e com congestão nasal e leve ardor nos olhos. Influenza A (H1N1): febre de início súbito a 39º, dores de cabeça e musculares intensas, dores leves de garganta, tosse seca e contínua, muco (catarro) pouco comum, e intenso ardor nos olhos.
A contaminação é semelhante à gripe comum, podendo ocorrer de pessoa para pessoa, principalmente por meio de espirro ou tosse. O contato com objetos contaminados com o vírus, seguido do contato no nariz ou boca, também é um meio de contaminação. No trabalho, em casa ou em qualquer ambiente, a contaminação se dá da mesma maneira.
A rotina mudou pela preocupação com a gravidade da doença. Como o tratamento é mais específico e vai além dos cuidados domésticos aos quais estamos habituados e pode até mesmo ocasionar internações, todas as pessoas têm se mostrado mais cautelosas e estão intensificando seus hábitos de higiene, como a lavagem frequente de mãos, a higienização de superfícies. Outra mudança é o comportamento no contato com as pessoas. Vemos que há um cuidado no cumprimento com beijos e até o aperto de mãos deixa de ocorrer ou, quando ocorre, há na sequência uma discreta higienização de mãos.
As atividades não devem ser alteradas se não há no grupo pessoas infectadas. Como a rotina adotada pelos órgãos oficiais de saúde pública preconiza o afastamento de pessoas acometidas de gripe até que se tenha o diagnóstico, as pessoas que permanecem nas empresas são aquelas que não apresentam quaisquer sintomas descritos. As reuniões devem ser realizadas em ambientes com ventilação natural e conduzidas de maneira tranquila, evitando que os presentes participem com receio de estarem em um ambiente fechado.
Não. O importante é que seja um local adequadamente ventilado, até por ser salutar, considerando que vivemos num país tropical. Sempre que possível, todos deveriam trabalhar em locais com janelas abertas.
Não há comprovação do aumento da propagação com o uso do ar condicionado.
A limpeza dos ambientes de trabalho segue as mesmas rotinas, com uso de álcool para remoção de sujidades.
Os serviços de medicina do trabalho devem estar preparados e orientados para receber o colaborador e seguir o protocolo desenvolvido para o diagnóstico e tratamento. Preconiza-se o afastamento temporário do colaborador. Caso haja a confirmação do caso, os demais colaboradores deverão estar atentos para os sintomas.
Se for diagnosticada a gripe comum, o colaborador pode continuar trabalhando. No entanto, o tempo entre a realização do exame para confirmar a contaminação e a liberação dos resultados acaba sendo proporcional ao tempo de afastamento.
A rotina adotada é a mesma. O colaborador é examinado e, se está no perfil descrito no protocolo e faz parte do grupo de risco (crianças menores de dois anos, idosos, gestantes, portadores de diabetes, cardiopatias, doença pulmonar ou renal crônica, deficiências imunológicas – SIDA, câncer – pessoas com obesidade mórbida e doenças provocadas por alterações da hemoglobulina, como anemia falciforme) inicia o tratamento. O afastamento recomendado é até a melhora dos sintomas.
Ainda não existe comprovação da imunidade ao vírus H1N1.
O afastamento corresponde à licença por motivo de doença. Se devidamente atestado por um médico, não pode ser descontado.
O trabalhador deve ser afastado do trabalho, procedimento que tem duas finalidades: proteger o trabalhador, promovendo uma recuperação melhor e mais rápida e evitar a disseminação (ação de cidadania).
Os cuidados com a higienização habitualmente adotados, como lavagem de mãos e uso de álcool gel. A utilização de máscaras é recomendada para trabalhadores em serviços de saúde.
A lavagem com água e sabão continua sendo a maneira eficaz de limpeza. A recomendação de não compartilhar talheres, copos e outros utensílios com pessoas contaminadas é para evitar o uso comum, como, por exemplo, pegar um alimento com o mesmo garfo que a pessoa está utilizando.
É recomendado o uso de copos descartáveis. O uso de bebedouros por contato direto deve ser evitado, pois colocar mãos e boca na superfície contaminada é meio de propagação.
Sim. Como os meios de comunicação em massa estão divulgando dados sobre a doença e sua evolução, é fundamental que as empresas realizem palestras educativas e de esclarecimentos, divulguem por meio de sistemas internos de comunicação (cartazes, folder, intranet), visando dirimir todas as dúvidas dos colaboradores e evitando a veiculação de informações distorcidas ou inverídicas a respeito da doença e do tratamento.
É importante manter as pessoas envolvidas com as ações preventivas, em todos os níveis. As informações adequadas são disseminadas no ambiente de trabalho e, principalmente, fora dele. Há medicamento adequado para o tratamento da influenza A e a distribuição por parte dos órgãos públicos de saúde visa coibir a comercialização inadequada e uso desnecessário de medicamentos.
A gripe A H1N1, assim como a gripe sazonal, são doenças que exigem cuidados e a adoção das medidas preconizadas para a redução da disseminação, assim estamos contribuindo para o bem estar de nossas famílias e da sociedade.