A PNAD â€" Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, divulgada no final de setembro pelo IBGE, retrata de maneira significativa o aumento na aquisição de filtros e purificadores no País.
Os dados coletados em 2008 resultaram de pesquisa em 150.591 domicílios particulares, abrangendo todos os Estados e Unidades Federativas. Os números apontam que a presença de filtros - termo que o IBGE define como “filtro de água ou de aparelho para filtrar ou purificar a água” â€" passou de 51,1% em 2007 para 51,6% no ano passado.
Pode parecer pouco, mas o aumento projetado em relação a 2007 ultrapassa a casa de 1 milhão de domicílios, totalizando 1.194.000 domicílios. Ou seja, dos 57.557.000 domicílios estimados pelo IBGE no País, o filtro de água está presente em 29.676.000, contra o total de 28.482.000 no ano anterior.
A PNAD apurou ainda a média de 3,1 pessoas por domicílio, o que equivale a dizer que em 2008 os filtros beneficiaram diretamente cerca de 92 milhões de pessoas apenas considerando os domicílios particulares, fora os produtos disponíveis em locais públicos e no ambiente de trabalho. O Distrito Federal lidera as estatísticas, com a presença de filtros em 80,6% dos domicílios, enquanto o Rio Grande do Sul apresenta índice de 17%, o menor percentual.


A partir de 30 março de 2010, filtros, purificadores, bebedouros, ozonizadores e demais equipamentos para tratamento de água deverão ser certificados e produzidos â€" obrigatoriamente - com o Selo Inmetro, que atesta a conformidade com as normas NBR 14908:2004 (aparelhos por pressão) e
NBR 15176:2004 (aparelhos por gravidade).
A obrigatoriedade vale tanto para aparelhos nacionais quanto para importados. O comércio terá até 30 de março de 2011 para comercializar os produtos que tenham sido produzidos antes de 30 de março de 2010.
A Abrafipa tem alertado sistematicamente os fabricantes ao longo dos últimos anos e mais de 70% dos produtos do setor já apresentam o Selo Inmetro. As empresas que ainda não obtiveram a certificação devem se apressar para evitar imprevistos e poder realizar eventuais adequações a tempo de garantir a comercialização de seus produtos, uma vez que laboratórios e organismos certificadores já registram aumento na procura pela certificação.


Conforme a Resolução no. 8 de 31 de agosto de 2009 do Conmetro â€" Conselho Nacional de Metrologia, Normalização de Qualidade Industrial, a partir de 1º de janeiro de 2010 somente poderão ser fabricados aparelhos elétricos em conformidade com a norma 14136:2002, que estabelece um novo padrão de plugues e tomadas para o Brasil, obrigatório tanto aos aparelhos nacionais quanto para equipamentos importados. Por conseqüência, a medida também abrange filtros, purificadores de água, bebedouros e ozonizadores com sistema elétrico incorporado.
Com a medida, a ABNT â€" Associação Brasileira de Normas Técnicas â€" irá reduzir os mais de 10 formatos existentes no País para apenas dois tipos de tomadas/plugues, objetivando facilitar a conexão dos aparelhos e aumentar a segurança elétrica para o consumidor.
Após o prazo limite, a fabricação de aparelhos irregulares está sujeita a sanções estabelecidas em lei, entre as quais multa, apreensão e até mesmo a interrupção da fabricação dos produtos.
De acordo com a Resolução do Conmetro, visando permitir o encerramento dos estoques de aparelhos fora do novo padrão, os fabricantes poderão oferecê-los ao comércio até 30 de setembro de 2010, desde que tenham sido comprovadamente produzidos antes de 01 de janeiro de 2010. Para o comércio, o prazo é maior e o estoque de produtos que não estiverem em conformidade com a norma poderá ser comercializado até 30 de junho de 2011.


Os plugues antigos de dois pinos, no formato cilíndrico, encaixarão perfeitamente no novo padrão, devendo apenas haver a alteração do corpo do plugue para o formato hexagonal. A maior alteração acontecerá com os plugues tripolares, uma vez que o novo formato terá três pinos cilíndricos no corpo hexagonal dos plugues. Já as tomadas terão um poço (rebaixo) para maior segurança, não permitindo o contato do consumidor com a área viva do plugue no momento do encaixe.
É importante salientar que, segundo a norma, nenhum fabricante está autorizado a fornecer ao consumidor adaptadores para o novo formato, uma vez que a intenção da mudança é que o consumidor realize a substituição das tomadas para o novo padrão, mais seguro.