Responsabilidade Corporativa E O Meio Ambiente
Por Marco Aurélio Rangel
Edição Nº 45 - Julho/Agosto de 2010 - Ano 9
Muito se falou e muito se conquistou desde a virada do século nas organizações mundiais principalmente o fato de que a aceitação das responsabilidades corporativas deixou de ser uma iniciativa desejável e às vezes optativa...
Muito se falou e muito se conquistou desde a virada do século nas organizações mundiais principalmente o fato de que a aceitação das responsabilidades corporativas deixou de ser uma iniciativa desejável e às vezes optativa, mas um requisito tão explícito quanto à qualidade e competitividade de nossos produtos. Em muitos casos o foco passou a integrar as visões e missões corporativas como forma de ratificar a mensagem de que uma empresa somente existe e se mantém viva enquanto ela estiver atendendo a uma demanda da sociedade levando em consideração os aspectos sociais e ambientais de seus produtos e serviços. Em casos extremos pode-se considerar que se esta demanda cessar, ou se não atendê-la corretamente, a empresa pode passar a não ter mais razão de existir.
Independentemente desta clara tendência nos últimos dez anos, a preocupação crescente com a preservação ambiental, por parte do consumidor, nem sempre é considerada ou percebida pelas empresas que em sua grande maioria ainda se concentram prioritariamente nas necessidades técnicas de seus produtos e serviços que normalmente são mais explícitas.
Infelizmente tanto em nossa indústria quanto em nosso País a conscientização ainda não é das melhores. Em muitos casos a evolução presenciada até este momento é principalmente decorrência do desenvolvimento da legislação brasileira e com apoio da mídia e do papel exercido por Organizações Não-Governamentais e Associações em âmbito nacional. Mesmo assim, apesar da forte tendência de crescimento da demanda por tecnologias limpas no mercado mundial, o número de empresas adequadas aos requisitos ambientais no Brasil ainda é relativamente baixo em comparação com o mundo corporativo global.
Analisando-se o cenário mais recente em nossos mercados, de uma maneira ou de outra, o crescimento do número de empresas que buscam a adequação aos requisitos legais e à certificação ISO 14001 e à implantação de sistemas de gerenciamento ambientais, com ou sem consciência da responsabilidade social, por parte da empresa, parece demonstrar uma clara tendência à mudança de postura em relação aos custos ambientais, antes considerados incompatíveis com a necessidade de sobrevivência econômica.
Porém ao mesmo tempo ainda notamos uma baixa porcentagem de "Consumidores verdes" na sociedade brasileira, isto é aquele que durante a escolha do produto leva em consideração, além da questão qualidade/preço, uma terceira variável: o meio-ambiente, ou seja, a determinação da escolha de um produto agora vai além desta relação, pois este precisa ser ambientalmente correto e não prejudicial ao meio-ambiente em nenhuma etapa do seu ciclo de vida, desde a produção até em processo final de reciclagem potencial.
Em resumo, o cenário brasileiro ainda não permite que o planejamento das políticas no âmbito industrial seja unicamente demandado por meio do mercado, e que ainda estamos a um passo atrás, pelo menos, de considerar o simples ato da compra de um produto determinante de uma atitude de dano ou preservação do meio-ambiente, isto é, transferindo o ônus da responsabilidade ambiental a toda sociedade e não somente as Corporações, ao Mercado e ao Estado.
Nossa empresa, a Cummins Filtration, como um dos lideres Mundiais no segmento de filtração e fluidos tecnológicos, como parte da corporação Cummins Inc, trata a responsabilidade ambiental muito seriamente, com mais de 525 patentes de tecnologias inovadoras que continuam a contribuir para nossa liderança também na filosofia ambiental onde desenhamos produtos que forneçam condições para transformarmos tudo o que fazemos em um meio-ambiente mais saudável e sustentável, seja com sistemas recicláveis integrados aos demais produtos que oferecemos como corporação global a todos os mercados automotivos e industriais.
Diretor e Gerente Geral da Cummins Filtration América do Sul, engenheiro mecânico formado pela FCA/FEI - Fundação de Ciências Aplicadas - SBC; pós-graduado em marketing e comércio exterior pela ESPM - SP; mestrado em administração de negócios internacionais pela "Indiana University" na Kelley School of Business - Estados Unidos. Atuando desde 1994 na Cummins Brasil, hoje é responsável pela produção e distribuição de filtros, aditivos e sistemas de filtração da Cummins para a América do Sul. marco.a.rangel@cummins.com www.cummins.com |