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Por Meio Filtrante
Edição Nº 69 - Julho/Agosto de 2014 - Ano 13
O que acontece no mercado de filtros
Filtros para metais sinterizados
Em muitos processos industriais e científicos, partículas sólidas precisam ser separadas de fluidos ou gases. Nesse sentido, elementos sinterizados metálicos porosos se mostraram muito confiáveis, em virtude de sua estrutura autossustentável e de sua estabilidade térmica e química. Estas propriedades – aliadas à possibilidade de limpar os elementos com pulsos de retorno – fazem dos filtros de metal sinterizado um material de extrema supremacia técnica, quando comparada a outras soluções de filtragem. O objetivo final é a redução significativa dos custos de produção do cliente.
GKN Sinter Metals produz elementos porosos de metais sinterizados em diversas medidas e em diferentes materiais, que podem ser adequados individualmente a quase todos os processos e condições.
Como o metal poroso tem todas as características principais de metal sólido, é fácil adaptar as formas dos elementos filtrantes do metal poroso. Assim, os elementos podem ser adaptados aos sistemas existentes para substituir elementos filtrantes de outros materiais, sem modificações destes sistemas. Para melhorar ainda a dureza das velas, a GKN usa tecnologias para evitar soldagem na produção das velas e consegue fornecer velas filtrantes sem solda que resistem à extremas condições referentes a pressão e corrosão.
Com a inclusão do material de trabalho "titânio" no Portfólio de produtos da GKN Sinter Metals, abrem-se mais aplicativos, principalmente em ambientes altamente corrosivos e agressivos, assim como na indústria farmacológica. E também no setor de novas fontes de energia, como nas pilhas de combustível, o material Titan tem uma grande importância. Todas as ligações estão disponíveis nas granulações de 0,1 a 200 µm e na sua maior parte podem ser equipadas com uma membrana metálica, usada principalmente nas indústrias química e farmacêutica para a recuperação de catalisadores.
Tecfil é premiada em evento do Sindirepa-SP
Aconteceu no dia 20 de maio, na sede da Fiesp, no Teatro Ruth Cardoso, em São Paulo, a 5ª edição do Prêmio Melhores do Ano Sindirepa-SP (Sindicato das Indústrias de Reparação do Estado de São Paulo).
O evento contou com a participação de reparadores, representantes de indústrias de autopeças e diretoria da entidade. A pesquisa teve a participação de 300 reparadores e foi realizada pela CINAU (Central de Inteligência Automotiva) para eleger os melhores fornecedores de autopeças em 22 categorias, avaliados por sua qualidade de produtos, serviços, atendimento, disponibilidade e suporte técnico. Durante um ano, todas as marcas vencedoras podem utilizar um selo representativo do prêmio em suas publicações e materiais de divulgação.
Participando pela primeira vez, a Tecfil recebeu o prêmio na categoria "Filtros", por ser uma das marcas mais presentes e preferidas no dia a dia do reparador. Sempre empenhada em levar informação, novos produtos com tecnologia de ponta e aplicações para o seu público, a empresa ficou satisfeita com o reconhecimento do setor.
"Esse prêmio é fruto do trabalho que vem sendo realizado sempre muito próximo do reparador, gerando confiança e fidelização em nossa marca. Seja através dos nossos representantes e consultores técnicos, das nossas palestras, de nosso Laboratório Móvel, das nossas redes sociais, buscamos sempre estar onde o nosso cliente precisa, tirando suas dúvidas e prestando um bom atendimento, ficamos honrados em ter esse retorno", comenta Simone Queiroz, do departamento de marketing da empresa. "Mas não podemos parar, queremos ser os melhores sempre!", conclui.
Membrana semipermeável pode filtrar água do mar
Um filtro capaz de separar o sal da água do mar foi desenvolvido por pesquisadores do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP). O filtro é uma membrana semipermeável feita de folhas poliméricas com poros minúsculos da ordem de Angstroms (10-10 metros), medida compatível com o tamanho da molécula de água e gás carbônico, por isso ele é classificado como um nanofiltro.
São esses minúsculos poros os responsáveis por reter o sal no processo de filtragem. "Para fazer os poros, incluímos uma classe de moléculas conhecida como ‘cavitandos’ na matriz do polímero. Esses cavitandos são estruturas com uma cavidade central que permitem o trânsito de moléculas pequenas como a água por seus lúmens. Na filtragem da água do mar, o sal fica retido nessas estruturas", explica o professor Gregóire Jean-François Demets, professor do Departamento de Química da FFCLRP.
De acordo com o pesquisador, a membrana pode ser feita com três tipos de polímeros: o Poliuretano (PU), Policloreto de Vinila (PVC) ou Fluoreto de Polivinilideo (PVDF), plásticos com características mais flexíveis. A filtragem da água do mar com a membrana semipermeável é simples e barata, pois não requer uma troca de fase para remover a água, nem obriga o processo a ter uma fonte de fluxo ou equipamento auxiliar como aquecedores, evaporadores ou condensadores.
Além da dessalinização, o material tem outras aplicações, como separadores para baterias, purificação de gases ou curativo para queimados. O professor Demets ressalta que, apesar de não terem sido realizados testes para o cuidado da pele queimada, sabe-se do potencial da membrana para esse uso. "Ela garante a troca gasosa no processo de regeneração, impede a entrada de bactérias e fungos e a perda de grandes quantidades de água, comum em pessoas com grandes queimaduras".
A membrana semipermeável também pode ser utilizada para a purificação do gases, como o natural. Na extração em poços de alta pressão, o gás natural é retirado junto com o gás carbônico e outras impurezas, a membrana semipermeável é capaz de fazer essa filtragem. "Podemos separar o gás natural do gás carbônico, por exemplo. Isso ocorre porque eles têm permeabilidades diferentes pela membrana. É um jeito simples e com custo baixo de filtrar e enriquecer o gás natural", diz o pesquisador.
Algumas vantagens da membrana semipermeável apontadas por Demets são o baixo custo para a sua fabricação, elas são laváveis e, portanto, recicláveis, são resistentes a produtos químicos e possuem flexibilidade.
Patente - A tecnologia já teve o seu processo de patente realizado pela Agência USP de Inovação e está disponível para licenciamento ou parceria com a USP para desenvolvimento industrial e comercialização. A Agência USP de Inovação é o Núcleo de Inovação Tecnológica da USP responsável por gerir a política de inovação da universidade.
Dentre as atividades realizadas, estão a proteção da propriedade intelectual, efetuando todos os procedimentos necessários para o registro de patentes, marcas, direitos autorais e software; apoio aos docentes, alunos e funcionários da USP na elaboração de convênios em parceria com empresas. A Agência USP de Inovação também atua na transferência de tecnologias e trabalha por meio das incubadoras de empresas, parques tecnológicos e de treinamentos específicos a fim de promover o empreendedorismo, oferecendo suporte técnico, gerencial e formação complementar ao empreendedor.
Fonte: Agência USP de Notícias - Hérika Dias