Filtros Para Máquinas De Eletroerosão

Fabricantes de filtros aplicados em eletroerosão a fio e penetração explicam sobre as diferenças e os cuidados para se obter uma ótima filtragem e produtividade


Filtros Para Máquinas De Eletroerosão


Em eletroerosão, a indústria trabalha com equipamentos de penetração e a fio. O sistema de filtragem empregado vai depender do tipo da máquina.
A eletroerosão também pode ser chamada de usinagem por descarga elétrica e de EDM (Electrical Discharge Machining). O processo industrial é utilizado na usinagem de formas complexas em materiais condutores elétricos. A eletroerosão é mais utilizada em formas que possuem alta dureza, materiais que seriam mais difíceis para trabalhar se o processo de usinagem fosse tradicional. Por isso, o uso de descargas elétricas em maquinários para cortar e modelar é muito utilizado pelas indústrias, que aprovam as facilidades que essas tecnologias trazem para o dia a dia de uma fábrica.

Como funcionam as máquinas de eletroerosão

Existem três componentes que são os pilares de uma máquina de eletroerosão, são eles: ferramenta elétrica, o gerador de energia e o sistema de filtragem. A ferramenta elétrica é responsável por controlar a posição exata do material que sofrerá a eletroerosão, o gerador é quem vai proporcionar a energia elétrica necessária para um bom funcionamento da máquina e, por fim, o sistema de filtragem, é responsável pela manutenção do líquido dielétrico da máquina de eletroerosão.
Cada tipo de máquina de eletroerosão tem uma função. A usinagem a fio é um processo que tem por objetivo cortar um determinado material. Um metal continuamente energizado telegrafa como um eletrodo e aplica o processo de corte de acordo com o que foi programado para a construção da peça. A medida do fio deste modelo de máquina pode ir de 0,02 a 0,33 milímetros. Quanto se trata de usinagem por penetração, o objetivo é formar uma peça.

A importância do sistema de filtragemFiltros Para Máquinas De Eletroerosão
O sistema de filtragem é um dos componentes principais pois, o líquido dielétrico participa de mais de um processo da eletroerosão. O líquido serve para isolar a peça do eletrodo, encontrar as condições necessárias para ionização e deionização, esfriar os materiais e carregar as partículas removidas do local da faísca. Por ter tantas responsabilidades, o líquido dielétrico deve estar sendo monitorado por um bom sistema de filtragem, para que não comprometa o processo por conta de uma falha nos filtros.
O líquido dielétrico é composto por combinações de hidrocarboneto ou água deionizadas. Ricardo Fozzatti, diretor da Volans Comercial de Peças e Filtros, empresa especializada em desenvolvimento de sistemas de filtragem, de São Paulo, alerta que o mercado deve estar atento a composição do fluido dielétrico. Por mais que um composto tenha um custo mais elevado do que a utilização de fluidos que não são indicados para essas máquinas, vale a pena investir um pouco mais e utilizar o fuido correto. Com um líquido dielétrico inadequado, não há sistema de filtragem que faça um bom trabalho.
Ricardo ainda afirma que, o tempo de durabilidade de um filtro para máquinas de eletroerosão é relativo à peça que está sendo usinada. Se o material da peça for mais maleável e, consequentemente, mais simples de ser moldado, o filtro tende a durar mais horas. Agora, no caso de peças com composição mais densa, o filtro deve ter uma durabilidade menor e o fabricante deve orientar a empresa quanto a essas especificidades. De acordo com informações da Mann+Hummel, o operador da máquina só vai perceber a ineficiência do sistema de filtragem quanto a peça que está sendo produzida já apresente sinais de queda de qualidade na superfície. Por isso, uma boa e franca orientação por parte do fornecedor, também faz parte da manutenção dos filtros deste tipo de máquina.
A vida útil dos filtros é determinada pelo material que esta sendo usinado. Na máquina o operador sempre deve observar o relógio medidor de pressão, ele informa o momento da troca que deve ser feita de imediato. "A função do filtro é de reter todo material que esta sendo usinado, se a troca não for feita, ele rompe por excesso de material  acumulado no elemento filtrante. Desse modo, todo o sistema de funcionamento da máquina, inclusive a peça, é contaminado. Quando o operador faz a troca do filtro depois de ter deixado o anterior se romper, o novo jogo de filtros terá  uma vida útil mais restrita. Isso porque terão que limpar todo sistema e reter o material que esta sendo usinado. Por isso, podemos dizer que o tempo médio de vida útil de um sistema de filtragem depende das trocas anteriores e da boa qualidade das peças", explica o diretor da Volans.
Segundo Marcelo Carlos, gerente comercial da Filtros Engemai, empresa especializada em desenvolvimento de sistemas de filtragem, outros fatores influenciam na qualidade de um sistema de filtragem. No mercado existem filtros construídos com papéis filtrantes que apresentam diferentes micronagens, onde quanto maior a micronagem maior o intervalo entre as trocas de filtro. Entretanto neste fluido existirá uma concentração maior de partículas que não são "capturadas" pelo meio filtrante, ocasionando uma qualidade inferior na superfície usinada e consequentemente redução da velocidade de corte uma vez que existe dissipação da descarga elétrica no fluido sujo.


Filtros Para Máquinas De Eletroerosão


Conheça os diferentes tipos de filtros
De maneira geral, existe um tipo de filtro para cada tipo de máquina. "Para as máquinas a fio, o sistema de filtragem conta com peças de papel celulose plissados. Já para as máquinas a penetração, os filtros podem ser de linter de algodão em placas sobrepostas ou de papel celulose plissado", afirma Ricardo. Segundo ele, filtros confeccionados em linter de algodão propiciam uma vida maior ao sistema de filtragem e uma filtração mais eficaz para o líquido dielétrico. A função de ambos é manter o líquido dielétrico limpo para que o processo de usinagem seja como o esperado.
Segundo informações da Mann+Hummel, o material que estrutura o filtro também pode fazer diferença para as fábricas. Os filtros abrigados em plásticos são 30% mais leves do que os de metal, de mais fácil armazenagem e com a mesma qualidade. A empresa ainda diz que, filtros com dobras mais longas aumentam a vida útil do sistema de filtragem de uma máquina de usinagem a eletroerosão.
As dobras mais longas, chamadas de tecnologia de fole dupla, são capazes de proporcionar uma área de filtragem mais extensa. Além disso, com dobras mais longas, o risco de o papel filtrante se unir ao outro diminui.

Como escolher o sistema de filtragem

Diante de tantas opções é importante analisar alguns fatores antes de escolher um sistema de filtragem. "A escolha de cada elemento filtrante deve ser feita de acordo com número de horas trabalhadas pela máquina. Quanto maior o período, mais baixo será o custo do elemento filtrante. É importante lembrar, que a duração do filtro se relaciona diretamente com o material que esta sendo usinado", explica Ricardo.
Além de analisar as opções, para o diretor da Volans, é necessário escolher um bom fornecedor que possa dar o devido suporte do pós-venda do produto. "Para nós, os fornecedores, o pós-venda é muito importante. Desse modo, sabemos como está se comportando o produto e isso nos ajuda no aprimoramento constante dos elementos que estamos fornecendo. Além disso, criamos uma parceria entre cliente e fornecedor. Para o cliente, em qualquer mercado é muito benéfico poder contar com um bom pós-venda", finaliza.


Filtros Para Máquinas De Eletroerosão


Contexto histórico das máquinas de eletroerosão

A eletroerosão sem dúvidas veio para ajudar muitos fabricantes que trabalham com metais leves e pesados. Engana-se quem imagina que essa tecnologia é novidade. O processo existe desde 1953, afirma o gerente comercial da Engemai.
Pela história linear, mais precisamente, em 1955, foi apresentada, na Feira de Milão, a máquina para eletroerosão Charmilles, utilizando servomecanismo hidráulico. Em 1969, desenvolveu-se a primeira máquina de eletroerosão por fio servo controlada com controle numérico. As primeiras máquinas para eletroerosão a Fio foram expostas para comercialização em meados de 1971. De acordo com a Engemai, no Brasil, os principais fabricantes de máquinas de eletroerosão nacionais (Altec, Isotron, IBH, AEGElotherm, Engemaq e Infresa) se estabeleceram nas décadas de 70 e 80.
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