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General Motors produz nos Estados Unidos alguns modelos de picapes sem um módulo de gerenciamento de combustível

Segundo a agência Reuters, veículos saem de fábrica sem itens que melhoram o consumo devido à crise dos semicondutores


REDAÇÃO AB, com informações da Agência Reuters

Segundo reportagem da agência de notícias Reuters, a General Motors está produzindo nos Estados Unidos alguns modelos de picapes sem um módulo de gerenciamento de combustível, o que prejudica a economia de combustível desses veículos.

Ainda de acordo com a Reuters, a informação foi confirmada pela porta-voz da montadora, Michelle Malcho, que explicou, em um e-mail enviado para a agência, que a medida vai reduzir ligeiramente a economia de combustível dos modelos afetados pela decisão, como a Chevrolet Silverado e a GMC Sierra. A porta-voz afirmou que a montadora segue produzindo todos os modelos de picapes, estratégia que a GM garantiu por diversas vezes que se esforçaria em manter, uma vez que esses utilitários estão entre os veículos com maior lucratividade para a empresa.

Em sua mensagem, Michelle Malcho não confirmou a quantidade de unidades afetadas pela decisão da montadora, mas confirmou que a ausência do módulo eletrônico vai se estender à produção de toda linha 2021 das mencionadas picapes leves, equipadas com motor V8 Ecotec de 5,3 litros e câmbio automático de seis ou oito marchas.

“Ao tomarmos essa medida, ganhamos capacidade de atender a forte demanda de clientes e concessionários por nossas picapes, conforme a indústria continua a se recuperar e a se fortalecer”, escreveu Malcho em seu e-mail, no qual também afirma que essa estratégia não deve provocar grande impacto nos números da economia média de combustível corporativa (Cafe, na sigla em inglês) da montadora.

“Nós monitoramos frequentemente as emissões de nossa frota nos Estados Unidos e no Canadá e equilibramos o nosso portfólio de maneira que nos permita gerenciar circunstâncias imprevisíveis como esta, sem comprometermos nossa conformidade com os gases de efeito estufa e a economia de combustível”, afirma Michelle Malcho, porta-voz da GM.

A General Motors já havia revelado, em fevereiro, que a crise dos semicondutores pode reduzir os lucros da empresa em até US$ 2 bilhões neste ano, e espera que o fornecimento global do insumo volte à normalidade no segundo semestre.

A Ford, principal concorrente da GM no mercado americano, também anunciou anteriormente que a escassez de semicondutores poderia prejudicar a lucratividade da empresa neste ano em até US$ 2,5 bilhões, e que já havia reduzido a fabricação de sua picape F-150, a mais vendida naquele país. Já Frank Weber, diretor de tecnologia da BMW, afirmou que o cenário será desafiador no curto prazo.

“Esperamos que essa situação melhore conforme nos aproximamos do verão (no hemisfério norte)”, declarou. “Mas esperamos que os meses de abril e maio sejam muito difíceis. Não posso fazer previsões, porque estamos trabalhando intensamente, semana após semana. Felizmente, até agora, temos tido sucesso e não perdemos um único dia de produção”, garantiu.
 

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