Audi do Brasil lança iniciativa de transformação cultural para fomentar equidade de gênero

Programa Mulheres Audi terá três etapas que vão desde ações internas, mapeamento da participação feminina na organização e debates com público externo


NATÁLIA SCARABOTTO, AB

Para acompanhar o movimento de fomento à diversidade no setor automotivo, a Audi do Brasil lança iniciativa de transformação cultural para fomentar a equidade de gênero. O programa Mulheres Audi consiste em três etapas principais que vão desde ações internas com colaboradores e mapeamento da participação feminina na organização, até a promoção de debates com público externo.

A gerente sênior de recursos humanos da empresa, Karine Fernandes, falou sobre a iniciativa com exclusividade para Automotive Business.

"A Audi tem em seu DN a inovação, então não podemos deixar de acompanhar a demanda por mais participação das mulheres no mercado de trabalho. Queremos trazê-las para o setor automotivo tanto como colaboradoras, quanto como consumidoras, um público que também é importante e influente", diz.

O primeiro passo nesse sentido foi o desenho do Mulheres Audi. A ideia do programa surgiu a partir de conversas entre colaboradoras da companhia e agora será realizado com o suporte da Think Eva, consultoria especializada em diversidade que vai apoiar o mapeamento da organização para identificar possíveis desequilíbrios entre homens e mulheres e, a partir disso, elaborar estratégias para aumentar a equidade de gênero com olhar para a interseccionalidade - a convergência com desafios enfrentados por outros grupos minorizados, como pessoas negras, LGBTI+, ou portadores de algum tipo de deficiência.

De acordo com Karine, “apesar de a empresa contar com uma participação interessante de mulheres na liderança em cargos-chave, como inovação, pós-venda e qualidade, ainda não alcançamos a representatividade ideal”.

DEPOIS DA TRANSFORMAÇÃO INTERNA, O FOMENTO À DIVERSIDADE NOS CANAIS EXTERNOS

Após consolidar a transformação interna, a Audi do Brasil pretende influenciar o público externo. Com a participação da embaixadora da marca, a atriz e ativista Isabelle Drummond, a companhia vai promover debates, os chamados Audi Talks, com clientes e concessionárias.

Apesar de não ser um movimento pioneiro na indústria automotiva, já que uma série de outras marcas vem trabalhando em programas de diversidade nos últimos anos, a iniciativa da Audi surge em momento importante. Durante a pandemia, as mulheres do setor automotivo foram as mais afetadas por sintomas como ansiedade e pelo medo de ter suas carreiras prejudicadas, segundo a pesquisa Pandemia no Setor Automotivo: Trabalho e Sentimento, realizada por Automotive Business e MHD Consultoria.

O levantamento aponta também que trabalhar diversidade e inclusão será desafiador para as empresas do segmento, visto que apenas 34% dos profissionais acreditam que o tema tende a ganhar relevância nas organizações em que trabalham. “Na Audi, não vamos deixar o tema de lado porque é algo latente na companhia. Mesmo diante das dificuldades temos endereçado a questão de gênero com relevância. Sabemos que alcançar equilíbrio e diversidade é importante para as pessoas e para os negócios”, diz Karine.

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