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Grupo ZF divulga seu balanço de 2020

Resultado negativo foi provocado pela pandemia. Empresa contabilizou prejuízo de € 741 milhões no ano passado


REDAÇÃO AB

O grupo ZF divulgou seu balanço de 2020 na quinta-feira, 18, e, de acordo com o comunicado, registrou queda de 11% nas vendas mundiais, somando € 32,6 bilhões no ano passado, contra € 36,5 bilhões obtidos em 2019. Com isso, embora o Ebit (lucro antes de impostos e taxas) tenha sido de € 1 bilhão, foi insuficiente para cobrir as despesas financeiras do grupo, que acabou contabilizando prejuízo de € 741 milhões (em 2019, a empresa obteve lucro de € 400 milhões).

O desempenho da companhia foi diretamente afetado pelos efeitos da pandemia em todo o mundo, mas, de acordo com o comunicado da ZF, o resultado foi provocado principalmente pelas “provisões feitas para a reestruturação e de despesas substanciais para tarefas futuras que a companhia deseja buscar, apesar da rígida disciplina de custos”.

Para Konstantin Sauer, principal executivo financeiro da empresa, o resultado pode ser considerado satisfatório, considerando a situação. “Após o início da pandemia, colocamos rapidamente todas as despesas à prova”, afirmou. “Com um controle rígido de nossos custos e despesas de capital, bem como ajustes de nossas estruturas, conseguimos melhorar significativamente nosso resultado e o fluxo de caixa no segundo semestre do ano; a recuperação do mercado também ajudou”, completou. O bom desempenho do mercado chinês na retomada das atividades foi outro fator mencionado pela ZF como muito importante para a empresa, já que as vendas na região Ásia-Pacífico foram até maiores do que as registradas em 2019.

PROJEÇÃO OTIMISTA PARA ESTE ANO

O grupo alemão informou ainda que mantém as investimentos de pesquisa e desenvolvimento, cujo índice passou de 7,3% em 2019 para 7,7% no ano passado, o que corresponde a € 2,5 bilhões. Já os valores destinados a propriedade, instalações e equipamentos totalizaram € 1,4 bilhão em 2020, contra € 1,9 bilhão no ano anterior. O índice de investimentos foi de 4,4% (5,2% em 2019).

Mesmo com o resultado negativo em 2020, a ZF se mostra confiante e otimista com o seu desempenho em 2021. Baseada na perspectiva de recuperação da economia global, a empresa, de acordo com o comunicado oficial, projeta obter vendas entre € 37 bilhões e € 39 bilhões até o fim do ano e que o fluxo de caixa livre ajustado fique entre € 800 milhões e € 1,2 bilhão. Contudo, o grupo observa que as incertezas com relação à pandemia, com a extensão e a duração das restrições, não podem ser descartadas. Além disso, a escassez de suprimentos – semicondutores, principalmente – representa um desafio que afeta toda a cadeia, e a ZF não é exceção.

“O ano de 2020 foi ambivalente, no entanto, controlado a crise juntos, avançamos ainda mais na transformação da empresa e garantimos novos pedidos substanciais em campos estrategicamente importantes de tecnologias futuras”, declarou Wolf-Henning Scheider, CEO do grupo ZF durante a conferência anual de imprensa da empresa. No início deste ano, a ZF criou a Divisão de Acionamento para Veículos Elétricos, que reúne as tecnologias convencionais, híbridas e totalmente elétricas para veículos de passeio, acelerando seu avanço no campo da eletromobilidade. “Estamos em uma boa posição para oferecer aos nossos clientes toda a gama de mobilidade elétrica de uma única fonte em todas as áreas de mobilidade”, garantiu Scheider.

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