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Mercado de veículos leves aprofunda a desaceleração que vem sendo observada desde o início de 2021

Restrições provocadas pela onda de Covid-19 provocam recuo de 7,2% nos emplacamentos


PEDRO KUTNEY, AB

Como efeito direto das restrições provocadas pela onda de Covid-19, o mercado de veículos leves aprofundou a desaceleração que vem sendo observada desde o início de 2021. O total de 75.154 automóveis e comerciais leves emplacados na primeira quinzena de abril representa queda de 7,2% em relação aos 80.965 registrados nos mesmo 15 dias de março passado. Nos 10 primeiros dias úteis do mês o volume médio de emplacamentos foi de 7.515/dia, quase 600 unidades a menos do que a média de 8.097/dia verificada em março.

No primeiro trimestre o resultado também foi de queda, com 498,5 mil emplacamentos de veículos leves, volume 6,7% abaixo do verificado no mesmo intervalo de 2020.

Para Paulo Cardamone, da Bright Consulting, a retração das vendas neste momento está muito mais relacionada à falta de produtos a entregar, provocada pela falta de componentes, do que por medidas de restrição ao funcionamento do comércio adotadas em alguns estados e municípios para conter o avanço da Covid-19.

“Não temos problema de mercado no momento, porque quem compra carro no Brasil tem dinheiro. Mesmo com os preços nas estrelas, o que falta é volume de veículos para entregar, por causa das dificuldades globais de suprimentos para produzir, que devem se estender pelo menos até junho. Com os estoques baixos como estão, podemos não ter o resultado de vendas que esperávamos. Com a pandemia, essa situação não vai se ajustar em menos de 12 meses, isso se tudo der certo”, avalia Paulo Cardamone.

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