Stellantis e Foxconn se unem para formar empresa de tecnologia para conectividade veicular
Automotive Business -
Joint Venture se chamará Mobile Drive e vai comercializar softwares e hardwares para a própria Stellantis e outras montadoras
REDAÇÃO AB
A Stellantis, o quarto maior grupo automotivo do mundo, e a Foxconn, fabricante do iPhone, anunciaram nesta terça-feira, 18, que vão formar uma empresa para fornecer tecnologia para veículos, com destaque para a conectividade. A joint venture terá 50% de participação de cada companhia e se chamará Mobile Drive, com sede na Holanda.
A Mobile Drive vai operar como um fornecedor tradicional da indústria, comercializando softwares e hardwares para a própria Stellantis, mas também para outras montadoras. Seu foco será em sistemas de infotenimento, plataformas digitais de comunicação veicular e serviços em nuvem.
O presidente mundial do Grupo Stellantis, Carlos Tavares, disse que a parceria com a Foxconn é um dos alicerces do novo plano estratégico, que deve ser divulgado entre o fim deste ano e o início de 2022. "É uma 'obrigação' de nossa direção estratégica futura", disse o CEO. “Por meio dessa joint venture, mudaremos o modo como projetamos nossos carros, o ritmo com o qual fazemos isso e a frequência.”
Young Liu, presidente da Foxconn, disse que os veículos do futuro serão definidos pelo software. "Os clientes de hoje e os de amanhã pedem e esperam soluções mais criativas e baseadas em softwares, soluções que permitam conectar motoristas e passageiros, dentro e fora do veículo. A Mobile Drive pretende superar essas expectativas graças ao envolvimento dos times de design e engenharia de software e hardware", explicou.
A parceria, no entanto, frustrou os analistas do setor, que esperavam planos mais ousados em direção à eletrificação. Essa expectativa se devia ao anúncio que a então FCA (que se fundiu à PSA para formar a atual Stellantis) fez no ano passado, de que estava nos planos da empresa uma joint venture com a Hon Hai Precision, controladora da Foxconn, para produzir carros elétricos e desenvolver tecnologia para veículos conectados na China. Seria uma maneira para a montadora começar a aumentar sua participação no mercado asiático, que hoje responde por apenas 3% da sua receita.