Copel adquire Complexo Eólico Villas no município de Serra do Mel (RN)

Região é considerada uma das melhores do mundo para a geração de energia de fonte eólica e aquisição faz parte do planejamento sustentável da empresa


A Copel assinou, no dia 17 de maio (segunda-feira ), o contrato para aquisição do Complexo Eólico Vilas, no valor de R$ 1,059 bilhão. O empreendimento tem 186,7 MW de capacidade instalada e está localizado no município de Serra do Mel (RN), região considerada uma das melhores do mundo para a geração de energia de fonte eólica. Com mais este complexo, a Copel passa a ter 920,22 MW de capacidade geradora em usinas eólicas no Estado potiguar.

— Na região desse empreendimento, o regime de ventos favorece a geração no período diurno e isso configura uma vantagem estratégica, pois, durante o dia, o preço horário da energia tende a ser maior, aumentando o potencial de ganho do projeto — destaca o presidente da Copel, Daniel Pimentel Slaviero.

O fechamento da transação ocorrerá em 30 de novembro de 2021. Até lá, o complexo formado por cinco parques eólicos, que estão sendo vendidos pela Voltalia Energia do Brasil S/A, estará com todos os 55 aerogeradores produzindo energia. A aquisição está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), de credores e outras condições usuais, incluindo a operação comercial de todos os parques. A participação da Copel no processo de aquisição está em acordo com o que estabelece a Lei 13.303/2016, a Lei das Estatais, para negociação dessa natureza.

— Essa aquisição faz parte da estratégia da Companhia de crescimento sustentável em energia renovável, amplia a diversificação da matriz de geração e está totalmente aderente à recente Política de Investimentos aprovada no início deste ano pelo Conselho de Administração — afirma o diretor de Novos Negócios da Copel, Cassio Santana da Silva. — Investir em usinas prontas minimiza os riscos inerentes ao processo de implantação, pois o empreendimento já foi considerado ambientalmente adequado e estratégico para o sistema elétrico — completa o executivo.

A Copel vem, desde 2015, ampliando a presença no segmento eólico com projetos no Rio Grande do Norte. A empresa já opera no Estado os Complexos Cutia (180,6 MW), Bento Miguel (132,3 MW), Brisa Potiguar (183,6 MW) e São Bento (94 MW) e tem 49% de participação no empreendimento São Miguel do Gostoso I (108 MW). Além disso, está em fase de instalação o Complexo Jandaíra (90,1 MW), com início de operação previsto para 2022.

Com a adição de capacidade do Complexo Vilas, a fonte eólica passará a representar 13% do portfólio de geração de energia da Copel, sinalizando redução na exposição ao risco hidrológico. Outra vantagem é que a capacidade instalada de geração eólica da Companhia será ampliada em 29%, mas a estrutura de gestão operacional que existe atualmente no RN será mantida, como explica o diretor de Geração e Transmissão da Copel, Moacir Carlos Bertol: — Metade dos serviços de operação e manutenção desse novo ativo será prestada pela Copel GeT, proporcionando um incremento na receita do grupo. É essa sinergia que buscamos para acelerar o crescimento da empresa, maximizando os ganhos e reduzindo custos — destaca.

Venda da energia — Parte da energia do Complexo Eólico Vilas foi comercializada no ambiente regulado (ACR), com início de suprimento em 2023 e 2024 e prazo de 20 anos. No ambiente livre (ACL), até 2030, cerca de 51% da energia certificada (P50) já está contratada, restando cerca de 13% da energia disponível para novos contratos. Até o início do suprimento de energia no ambiente regulado em 2023 e 2024, a energia já está comercializada no ambiente livre.

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