Abra Talks: Qualidade Ambiental e a Mobilidade Sustentável

A combinação de avançadas tecnologias de motores mais biocombustíveis pode ser um dos fatores de redução de emissão de dióxido de carbono


Atualmente, a redução da emissão de gases de efeito estufa é a maior preocupação ambiental devido ao aquecimento global. Atividades ligadas à indústria, à área agrícola e desmatamento são algumas das responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa, no entanto, é a queima de combustíveis fósseis a principal geradora do dióxido de carbono, gás de maior abundância na atmosfera. “A preocupação deve ser com todo o ciclo de vida do veículo desde a produção dos automóveis e componentes, bem como de combustíveis, até sua utilização e descarte, e não se atentar somente com o uso do carro, ou seja, tanque-a-roda”, alertou Ricardo Simões de Abreu, consultor da Bright Consulting, no “Abra Talks”, evento virtual mensal da Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais, promovido no dia 13 de maio, onde abordou a “Qualidade Ambiental e a Mobilidade Sustentável”.

Segundo Simões, no caso de transporte, não há emissão zero. “Veículos elétricos não podem ser vistos como de zero emissão, pois, apesar de não lançar gases durante seu uso, emitem durante o processo de fabricação até a reciclagem”, explicou o consultor, alertando para o impacto do dióxido de carbono na produção de baterias.

De acordo com Simões, para a redução da emissão de dióxido de carbono na atmosfera é necessário pensar em três elementos: veículos eletrificados com recuperação de energia via frenagem; escolha de combustível de baixo carbono, como E-Fuel, etanol e biodiesel; e escolha adequada de motorização híbrida, como combinação de eletrificação, célula de combustível ou até mesmo avançado motor a combustão com biocombustível. “A grande solução do futuro é a combinação de tecnologias, tudo junto e misturado”, disse o consultor, ressaltando que, no Brasil, é possível utilizar o biocombustível para prolongar o uso do motor a combustão.

A mobilidade elétrica e o setor de filtros – Com a chegada dos veículos elétricos, Simões afirmou que não há motivo de preocupação para o setor de filtros. Apesar de acreditar que os veículos elétricos ainda vão demorar muito para tomar o mercado no Brasil, o consultor disse que eles precisarão de filtros de ar, no sistema de arrefecimento da bateria, ar-condicionado, de fluidos hidráulicos. Só mudará a configuração. “Mas, antes da eletrificação ainda virão os híbridos que também contam com motor de combustão”, finalizou.

Para João Moura, presidente da Abrafiltros “A tecnologia trazida pelos veículos elétricos é sem dúvidas um ganho ao mercado automobilístico” e destaca “ainda assim, os filtros não perdem sua participação e importância”.

O “Abra Talks” foi dividido em três momentos. Inicialmente, José Alexandre Marques, engenheiro e consultor da JAM Treinamentos, apresentou o tema “Viscosidade: Impacto em dimensionamento de sistemas de filtração”. Em seguida, o engenheiro civil Renato Ramos, abordou “O uso de membranas no processo de filtração de águas e efluentes” e, por fim, Simões.

O próximo “Abra Talks” acontece no dia 10 de junho – Dia Mundial do Meio Ambiente e vai abordar os seguintes temas: Redução da Pegada de Carbono em sistemas de Filtração Industrial, Licenciamento Ambiental e Reciclagem Veicular.

As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas através do link:  https://forms.gle/k5Eom1QfTAAqFwiYA até o dia 09/06.

Sobre a Abrafiltros:

Criada em 2006, a Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros e seus Sistemas – Automotivos e Industriais – tem a missão de promover a integração entre as empresas de filtros e sistemas de filtração para os segmentos automotivo, industrial e tratamento de água e efluentes – ETA e ETE, representando e defendendo de forma ética os interesses comuns e consensuais dos associados.

Publicidade