Pablo Di Si defende o uso do etanol como opção mais racional de combustível para o Brasil

Pablo Di Si afirma que o País deve “pensar grande” e se concentrar em exportar tecnologia, e não apenas etanol, para virar o motor da sustentabilidade


REDAÇÃO AB

Durante evento digital promovido na terça-feira, 25, pelos organizadores da Fenasucro & Agrocana – principal feira de bioenergia e do setor sucroenergético da América Latina –, Pablo Di Si, CEO e presidente da Volkswagen para a América Latina, voltou a defender o uso do etanol como opção mais racional de combustível para o Brasil. O executivo já é conhecido em vários setores por sua posição amplamente favorável ao biocombustível.

“O Brasil precisa pensar grande, precisa se mostrar para o mundo como um importante desenvolvedor de biocombustíveis, exportando tecnologia, e não só o etanol”, afirmou Di Si em sua apresentação. “Isso vai beneficiar as nossas exportações de veículos, sobretudo em mercados da América Latina e também na Índia” completou. Vale lembrar que o país asiático autorizou recentemente o uso do etanol puro como combustível e que o evento contou com a participação de Suresh Reddy, embaixador da Índia no Brasil.

Outro assunto muito comentado no evento foi o programa Combustível do Futuro, lançado pelo Ministério das Minas e Energia no dia 30 de abril. O presidente da VW aproveitou para elogiar o programa, que visa incentivar o uso de biocombustíveis como vantagem competitiva em relação a outras nações.

“Os carros elétricos são uma realidade, mas precisamos e podemos criar a nossa alternativa”, declarou Di Si, que também exibiu um gráfico mostrando que o etanol gera 84% menos emissões de CO2 do que a gasolina, na comparação de todo o ciclo produtivo (do poço à roda, como se diz no meio). Di Si defendeu também que haja uma maior divulgação das emissões baseadas nessa comparação, e não apenas “do tanque à roda”, como é feito atualmente. Ao se analisar todo o ciclo, um veículo híbrido com motor a combustão alimentado por etanol apresenta o menor nível de emissões de CO2 (inferior até que o de carros elétricos), afirmou o executivo, ao exibir um quadro comparativo.

Pablo Di Si disse ainda ser a favor da criação de novas tecnologias baseadas em biocombustíveis que permitam “alavancar o Brasil como motor da sustentabilidade no mundo”. Além disso, o executivo afirmou que o etanol é uma tecnologia complementar para automóveis com motores a combustão, híbridos e elétricos, ressaltando que ela é desenvolvida no Brasil e que tem potencial para ser exportada.

Por fim, o CEO e presidente da VW para a América Latina defendeu a criação de um programa “Rota 2050”, que vá além do atual Rota 2030, além do estímulo à pesquisa de maneira transversal, com participação do Governo, de universidades, de entidades e de empresas ligadas ao setor.

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